INTRODUÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
TOWNSEND, M. C. Enfermagem Psiquiátrica: conceitos de cuidados. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
A comunicação ao estar presente e ao prevalecer em todos os atos da vida do
ser humano é considerada como uma dimensão de grande relevância no contexto da vida social. No que se reporta à prática da enfermagem, a comunicação representa a base e o fundamento para as relações enfermeiro/doente, constituindo dessa maneira um instrumento básico para a profissão. É o suporte de todas as ações dos enfermeiros, pois é através da comunicação com o paciente, que o compreendemos como um todo, a sua visão do mundo, maneira de pensar, sentir e tomar decisões. Só através de uma comunicação terapêutica com o paciente somos capazes de identificar os seus problemas, com base na sua própria atribuição de significados aos fatos que lhe ocorrem, na tentativa de o ajudar a encontrar maneiras de manter ou restabelecer a saúde.
DESENVOLVIMENTO
A comunicação terapêutica é utilizada para facilitar a interação do enfermeiro com o paciente. Através delas o enfermeiro cria um vínculo com o paciente, demonstra respeito e o aceita do jeito que ele é, sem descriminá-lo, conseguindo assim sua confiança. Para que essa comunicação seja efetiva deve-se ouvir atentamente o que o paciente diz, prestar atenção em tudo que ele fala.(TOWNSEND, 2002)
Uma das técnicas utilizadas para facilitar o ouvir é o SOLER, onde deve se observar uma postura de interesse, sentado em frente ao paciente, sem braços e pernas cruzados, lançando o corpo para frente interagindo, estabelecendo um contato ocular e relaxando durante a consulta.
É importante utilizar o RARECSI que é um resumo das técnicas de comunicação terapêutica devendo reconhecer e identificar o problema do paciente, averiguar, reformular, mostrar empatia e falar das crenças comuns, supor uma solução para o problema e dar importância para que o paciente falar. Existe ainda as técnicas de comunicação não-terapêutica, que criam uma barreira na interação enfermeiro/paciente. O enfermeiro deve estar atento para evitá-las, algumas delas são: dar reconforto, dar aprovação e reprovação, dar conselho, sondar, entre outros.
Outro método de comunicação é o feedback, que é utilizado para mostrar ao cliente a sua atitude inadequada e fazer com que ele entenda e modifique seu comportamento, onde se avalia a atitude do paciente, focaliza seu comportamento, é específico, dirigido ao comportamento que possa modificar e apenas transmite informações,e não críticas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As aulas da disciplina de Saúde Mental I, ministradas pelo professor Diego leal e embasadas em TOWNSEND, mostraram que os pacientes com transtornos mentais necessitam de atendimento diferenciado, o enfermeiro tem que estar preparado para atender todas as suas necessidades, principalmente adquirir sua confiança, que é a base para que o atendimento seja efetivo.
Nas vivências em sala de aula, nas dramatizações, observei que para um bom atendimento é necessário o treinamento das técnicas de comunicação terapêutica, pois só com a prática iremos aprendê-las realmente. Verifiquei que quando participava das dramatizações ficava mais fácil de aprender, nos feedbacks realizados nesses momentos o que eu mais gostei foi feito com minha amiga e colega Anna Paula, ela era uma paciente maníaca com alucinações de grandeza, poder e importância social, e utilizando as técnicas de comunicação terapêutica conseguir fazer com que ela entendesse que era uma alucinação.
Percebir que as técnicas mais usadas foram a do SOLER, pois ela é essencial ao primeiro contato com o cliente. Usar o silêncio dando oportunidade para o cliente, aceitar o que ele diz, fazer aberturas amplas dando a possibilidade do cliente iniciar o diálogo, recolocar ou seja, repetir a idéia principal, buscar esclarecimento e validação, assim o enfermeiro compreende exatamente a mensagem recebida, e reformular um plano de ação para que a situação seja resolvida.
Pelo descrito, torna-se claro que uma efetiva comunicação terapêutica com o paciente funciona como uma espécie de ferramenta útil, no sentido de promover uma melhor adesão ao tratamento e otimizar os nossos cuidados.
Deste modo, todos os pacientes necessitam e merecem todo o nosso carinho, bem como, ser tratados com dignidade e máximo respeito. Não é demais reforçar que dada a especificidade e complexidade destas doenças, o enfermeiro deve estar minimamente familiarizado e atualizado para que o seu desempenho seja eficiente e eficaz.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
TOWNSEND, M. C. Enfermagem Psiquiátrica: conceitos de cuidados. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.