FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA. CURSO DE ENFERMAGEM – 7º PERÍODO
– CASO 1 –
F. F. A., sexo masculino, 23 anos, solteiro, natural de Jacurutú.
Esteve no mesmo Centro em 11/06/2009, como paciente ambulatorial e foi admitido no serviço médico do Centro de Atenção Psicossocial (CAPSIII) no dia 16/06/2009, procedente de sua residência, para dar seqüência ao seu tratamento por estar apresentando crise de reagudização clínica, com sintomas de agressividade e agitação. Já esteve internado em outras ocasiões devido a problemas psiquiátricos(Hospital DIA em Caxias - MA). Vive com a mãe, a irmã e o irmão em casa própria de taipa. Não tem vida social ativa e apresenta dificuldade de relacionamento familiar. Em casa o paciente faz uso de medicamentos há mais ou menos 05 anos, mas a acompanhante não soube especificar quais. Relata não ter nenhum antecedente pessoal mórbido.
É um paciente totalmente independente na satisfação das seguintes necessidades básicas: respirar, comer e beber, eliminar, movimentar-se, vestir-se e despir-se. Desconhece exatamente o seu peso e a sua altura, apresenta um bom estado de hidratação e nutrição.
Acompanhante relata que ele faz três refeições diárias, sem restrição de qualquer alimento de acordo com as possibilidades e também não faz uso de substâncias psicoativas (álcool, tabaco ou outras drogas). Na sua história familiar existem antecedentes psiquiátricos (irmã com transtornos mentais). Mostrou-se calmo e calado durante toda a entrevista de enfermagem. Tem bom padrão de higiene, toma banho diariamente. A sua história patológica pregressa é de Esquizofrenia.
SAE –
Diagnóstico de Enfermagem:
Processo familiar interrompido.
Enfrentamento ineficaz.
Manutenção do lar prejudicado.
Processo de pensamento pertubado.
Intervenção:
Observar os padrões de comunicação dessa família;
Avaliar o grau de sofrimento;
Avaliar os sistemas de apoio existente fora da família;
Avaliar o modo de enfrentamento;
Determinar os padrões de comunicação;
Ajudar o cliente a cooperar com o plano de tratamento estabelecido;
Avaliar os fatores causadores;
Ajudar o cliente a reconhecer que suas próprias ações podem ser respostas ao medo pessoal, à dependência ou ao sentimento de impotência;
Identificar os sentimentos envolvidos quando há o comportamento violento;
Ajudar o cliente a diferenciar entre realidade e alucinações/ilusões;
Avaliar o grau do distúrbio da orientação, da atenção, da capacidade de seguir instruções, de comunicar-se e a conveniência das respostas;
Observar os comportamentos que possam indicar a possibilidade de violência e tomar as medidas apropriadas;
Implementação:
Terapia familiar, aproximação paciente X família;
Planejar um relacionamento breve, freqüente e sem exigências;
Apoio Psicológico;
Manter a consistência e a honestidade nas interações;
Tratar o paciente como adulto, apesar da regressão;
Planejar atividades simples e individuais, baseadas na realidade;
Planejamento de apoio, através de oficinas;
Estabelecer esquema rotineiro para atividades da vida diária;
Evitar focalizar, ou reforçar pensamento de desconfiança ou delírios;
Identificar e responder às necessidades emocionais subjacentes à pensamentos de desconfiança ou delírios;
Tratar as alucinações do paciente, explicando que entende o que ele diz, mas deixando claro que não ver o que ele vê;
Encorajar o cliente de forma gradativa a interagir em situações ameaçadoras;
Possibilitar ao cliente o maior grau possível de autonomia e controle, dentro dos limites do contexto terapêutico.
Usar com cuidado o contato físico, para não considerá-lo ameaçador.
Evolução:
Observar se o cliente identifica sentimentos internos de ansiedade e usa medidas adaptativas aprendidas para reduzir a ansiedade;
Observar se o cliente segue o esquema rotineiro para as atividades da vida diária;
Observar se o cliente demonstra um comportamento apropriado em situações sociais;
Observar se o cliente comunica-se sem evidências de pensamento dissociado;
Observar se a aproximação do cliente X família teve evolução;
Observar se o cliente apresenta delírios, alucinações; e ilusões sob controle;
Observar se o cliente demonstra melhor interação social com as outras pessoas;
Observar se o cliente apresenta menor desconfiança e raiva em dados momentos;
Observar se o cliente participa do plano de tratamento e do atendimento de acompanhamento.
– CASO 2 –
Cliente J.A. S, sexo feminino, 40 anos foi trazida a Unidade de Saúde por seus familiares com história de agressão física e maus tratos.
Segundo relatos a cliente mora com o esposo e seus dois filhos. A mesma conta que seu esposo sempre fica muito nervoso no cotidiano da família e que mesmo não fazendo uso de bebida alcoólica e substâncias, bate muito nela e nas crianças. Ela só resolveu ir a Unidade, pois já não aguenta tamanho sofrimento, sabe que ele irá cumprir com as ameaças de matá-la e sempre teve medo de denunciá-lo, pelos seus filhos que os ama. A cliente vítima de agressão ainda relata que na família de seu esposo também a outras pessoas com esse tipo de comportamento.
– SAE –
Diagnóstico de enfermagem
Risco de violência dirigido a outras pessoas relacionados a história de agressão física e maus tratos
Risco de lesão para esposo e filho, devido a agressividade do esposo.
Medo relacionado ai excesso de hostilidade do pai com as crianças.
Intervenção:
Observar os padrões de comunicação dessa família;
Avaliar os sistemas de apoio existente fora da família;
Avaliar o modo de enfrentamento;
Ajudar o cliente a cooperar com o plano de tratamento estabelecido;
Avaliar os fatores causadores;
Identificar os sentimentos envolvidos quando há o comportamento violento;
Observar os comportamentos que possam indicar a possibilidade de violência e tomar as medidas apropriadas;
Implementação
Separar a vítima do agressor se a violência ou abuso forem eminentes.
Fazer relatórios aos órgãos responsáveis de proteção às crianças e mulheres, conforme a lei.
Proporcionar tratamento antes de a vítima retornar ao meio familiar.
Ajudar a família a compreender os padrões e dinâmicas que possibilitam ou promovem violência ou abuso.
Evolução
O cliente identifica os sentimentos internos ou ansiedade e medidas adaptativas aprendidas para reduzir a ansiedade.
O cliente demonstra comportamentos apropriados em situações sociais.
Cliente demonstra melhor interação social com outras pessoas.
Cliente participa do plano de tratamento de comportamento.
– CASO 3 –
Em uma visita domiciliar do ACS, em conversa com a mãe verificou-se que a mesma estava com um sério problema com sua filha que tinha um grave transtorno psiquiátrico e se negava aderir ao tratamento.
Paciente encontrava-se agressiva, insinuando ameaças, obrigando assim a sua mãe amarrá-la, depois de vários episódios onde se foi quebrado muitos pertences da residência. O ACS comunicou o fato a Unidade de Saúde, mobilizando a equipe a uma visita domiciliar, as quais compareceram: médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e o ACS; os mesmo tentaram de inúmeras formas persuadirem-la para que se tomasse a medicação, dificultando ainda mais o atendimento. Após muita persistência a paciente aceitou a medicação, na condição de ser solta.
Já medicada com Prometazina e Haloperidol a paciente foi solta, pois já se encontrava calma, tranquila, orientada e não apresentava perigo algum a sua mãe, pelo ao menos sob o efeito da medicação.
– SAE –
Diagnóstico de enfermagem
Controle comunitário ineficaz do regime terapêutico relacionado a não adesão tratamento.
Risco de violência dirigida a si e a outras pessoas, relacionado ao comportamento agressivo.
Intervenção:
Avaliar o grau de sofrimento;
Avaliar os sistemas de apoio existente na família;
Avaliar o modo de enfrentamento;
Ajudar o cliente a cooperar com o plano de tratamento estabelecido;
Avaliar os fatores causadores;
Observar os comportamentos que possam indicar a possibilidade de violência e tomar as medidas apropriadas;
Implementação:
Proporcionar ambiente tranqüilo, diminuir os estímulos quando o cliente fica agitado.
Observar quanto às primeiras indicações de agitação.
Se forem necessárias contenções, aplicá-las de modo seguro e não punitivo.
Evolução
O cliente identifica sinais intensos de ansiedade.
O cliente demonstra comportamento apropriado em situações especiais.
Eu atuo como um Consultor Sistêmico e as Linhas de Ação em que nosso Programa atua são uma forma de fortalecer o Sistema Único de Saúde Brasileiro, fornecer apoio institucional e motivar a busca por melhorias técnicas e sociais, nos lugares que nossas idéias alcançarem. Quaisquer que sejam seus dons e talentos, vcs podem juntar-se a nós, como força humana e receber nossos conteúdos. Zap (073) 99931-0980 Seu parceiro, Diego R. Leal.
Links p/ página da Unesul
FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA
Vá para o Projeto de Extensão AVANSUS: PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL ATRAVÉS DE TECNOLOGIAS DO CUIDADO!
Este Blog representa os movimentos
Linhas de ação do Programa de Saúde Integral
- Curso de Auto-cuidado e vivências utilizando práti...
- I. Programa AvanSUS: usando a tecnologia para promover saúde!
- II. Programa Virtual de Fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial
- III. Programa Virtual de Educação Popular em Saúde
- IV. Programa de Incentivo à Ações Interdisciplinares relacionadas à Atividades de Pesquisa
- V. Programa de promoção de Cultura de paz e Convivência Cidadã!
- VI. Programa de Promoção de Qualidade de Vida, Saúde Emocional e Envelhecimento Saudável
- VII: Programa de Promoção de Participação Cidadã
- VIII. Programa Virtual de Valorização das riquezas do Brasil, com foco na Cultura, Música, Natureza e Arte.
- IX. Programa de Incentivo às Terapias Complementares no SUS
- X. Programa de Incentivo ao Empreendedorismo, Autossuficiência e Economia Solidária
- XI. Programa Virtual de Apoio à Gestão em Saúde
- XII. Programa de Promoção de Educação Alimentar, Higiene do Sono e Sexualidade
- XIII: Programa Virtual de Apoio e Defesa da Integralidade, Universalidade e Equidade
- XIV: Programa de Arquivologia e Marketing Digital de experiências exitosas
- XV. Programa de Promoção de Motivação, Inspiração e Espiritualidade
- XVI: Programa de Incentivo Virtual à Registros Ancestrais e Pesquisas de História da Família
- Programa de Apoio Virtual 'Varrendo a terra como um dilúvio'
- Programa de apoio aos Grupos de Autossuficiência e Economia Solidária
Relato de Experiência Fiocruz/ BIREME/OPAS/OMS
Relato de Experiência Fiocruz/ BIREME/OPAS/OMS
Em álbum interativo com slides e áudios online:
https://www.familysearch.org/photos/gallery/album/1049792?playSlideshow
Em texto resumido:
https://www.familysearch.org/photos/artifacts/155345899?cid=mem_copy
História da Escola de Abordagem Terapêutica Intercultural Brasileira Sistêmica de Pics:
https://www.familysearch.org/photos/artifacts/155437740?cid=mem_copy
Relato de Experiência "APS Forte"
*Relatório Sistêmico do Laboratório de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Lab-Pics) em 2022*
Encaminhado para o prêmio "APS Forte"
OBJETIVOS
Objetivo Geral
Expandir ações da Escola Sistêmica Híbrida de Santa Cruz Cabrália para ofertar cursos, vivências e capacitações de desenvolvimento pessoal e harmonização com a filosofia sistêmica.
Objetivo Específico
1 Oferecer inicialmente oito módulos opcionais, com certificação aos participantes, de auto-cuidado, formação de reiki, toque sistêmico, comunicação sistêmica, prática corporal sistêmica, meditação sistêmica, cuidado sistêmico e prática circular sistêmica.
2 Oferecer suporte online através de rodas virtuais nas redes sociais, ligados ao Programa Voluntário de Apoio e Promoção de Saúde Integral.
3 Registrar atividades em conformidade com o laboratório sistêmico ligado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia.
4 Realizar atividades intersetoriais de correlação entre as secretarias de saúde, educação, desenvolvimento social, turismo, cultura, meio ambiente e qualquer outra do interesse da gestão.
5 Realizar vivências terapêuticas com profissionais da prefeitura, cuidadores, trabalhadores das empresas cadastradas na escola sistêmica.
MÉTODOS
A divulgação e ofertas dos cursos oferecidos foram realizadas na plataforma do Programa de Apoio e Promoção de Saúde Integral, onde também ficaram arquivadas algumas das postagens e documentários produzidos, através de arquivologia digital em nuvem gratuita.
As aulas sistêmicas foram executadas via sala no aplicativo gratuito google meet, após divulgar o link nos grupos virtuais institucionais específicos, onde foram reunidos os contatos matriculados nos cursos, nos aplicativos telegram e whats app.
O controle do desempenho dos discentes foi feito via planilhas digitais do google, sempre monitoradas pela gestão e por cartões de aprazamento, registrados à mão pelos discentes e rubricados pelo docente após o cumprimento das tarefas.
As apresentações, seminários, conferências, oficinas e demais eventos online da rede foram divulgados e realizados através da mesma plataforma e rede virtual.
Foi realizado acolhimento e cadastro online através de bancos de dados gratuitos do google, seguido de apoio e acompanhamento através das dinâmicas e anúncios de eventos das rodas virtuais.
Foi construída planilha do google com informações sobre o público alvo coletadas por esforços voluntários.
Foram promovidas reuniões regulares online ou presenciais com as secretarias envolvidas, de acordo com as possibilidades da gestão.
As vivências foram realizadas sob a supervisão do Serviço Social e Enfermagem do NASF/Npics de Santa Cruz Cabrália, tanto no seu respectivo Espaço físico dentro da Clínica Municipal de Reabilitação e Fisioterapia, quanto virtuais e nos Espaços cadastrados no Programa de Saúde Integral, como o Espaço Korihé, Instituto Terra Máter, Espaço Flor de Lótus, Vila Criativa e Base de Canoagem Havaiana da CPP Extreme.
Nas redes sociais como whatsapp e Google meet, foram utilizadas a condução de oficinas de auto massagem, meditação reikiana e sistêmica, a abordagem integrativa indígena Korihé, assim como a Terapia Comunitária Integrativa e a Constelação Familiar Sistêmica.
As abordagens em Grupo utilizaram os espaços virtuais do whatsapp, facebook, youtube e instagram do Programa Voluntário de Promoção de Saúde Integral, que já atua em parceria online com a Prefeitura de S. C. Cabrália há vários anos. Por conta das demandas dos atendimentos na pandemia, iniciei a realizar abordagens através de listas de transmissão com contatos de moradores cadastrados em Cabrália, divididos entre os temas solicitados, ainda em construção coletiva (Pics em geral, emagrecimento, realização profissional, dor crônica, relacionamentos saudáveis, resiliência, controle da raiva e agressividade, angústia espiritual).
Com relação aos atendimentos presenciais, onde foram pactuados e desenvolvidos Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), com a equipe do Nasf e foram acolhidos alguns casos, com sessões terapêuticas sistêmicas.
Relatando um pouco mais a respeito dos métodos adaptativos que utilizamos, buscamos priorizar o uso das redes sociais e outros recursos à distância, que conseguissem abranger os princípios da atenção psicossocial. Os técnicos da estratégia de saúde da família e o atendimento online dos psicólogos conseguiram rastrear e captar muitos dos casos que não conseguiram desenvolver a autonomia da cura com medidas caseiras para a resiliência emocional. Alguns precisaram arriscar-se à atendimentos presenciais na Sala do Nasf, na Clínica de fisioterapia, que foram desenvolvidos uma ou mais vezes por semana, quando solicitado pelo Serviço social, em casos prioritários, ou nas Unidades de Saúde da Rede e nestas circunstâncias, em casos classificados como necessários para desenvolvimento de Projeto Terapêutico Singular, foram introduzidas Pics em associação à abordagem psicológica, como exemplo a Auriculoterapia da Medicina Tradicional Chinesa, Shiatsu, Constelação Familiar Sistêmica e Imposição de Mãos/Reiki presencial ou à distância.
Foram atendidos presencialmente alguns casos encaminhados, acompanhados pelos Psicólogos, Patrícia e Anderson, com sessões terapêuticas. Foram encaminhados alguns casos também pelos médicos e odontólogos, para avaliações sobre sessões de reiki ou constelação sistêmica. Foram atendidos presencialmente alguns casos, que não aderiam ao atendimento com a psicologia. Foram atendidos casos do Programa "Cuidando do Cuidador", onde não foram abertos prontuários, pois os servidores envolvidos desejavam que não houvessem registros.
As sessões terapêuticas sistêmicas presenciais foram executadas para um grupo de pessoas, que nos forneceram o cartão SUS, e receberam acompanhamento diário ou semanal através de rodas sistêmicas no Whats App, tanto do voluntariado do Projeto Social parceiro, quanto grupos criados pela equipe do Nasf, com o propósito de educação popular, incluindo as Pics.
De forma sistêmica, foi expressa profunda gratidão, tanto aos gestores, quanto à todas nossas equipes da rede APS e especialmente pela entrega dos que receberam nossos cuidados, científicos, holísticos e tecnológicos.
RESULTADOS
Do ponto de vista técnico-científico, o ano foi especialmente importante, pois conseguimos expandir ações da monitoria do Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia para a Atenção Básica, adaptando o uso conjunto destas técnicas à novas associações com a abordagem da Psicologia da ACP e da TCC (No Caps, já havíamos integrado as Pics à psicologia transpessoal, à Fisioterapia e ao Serviço Social), assim como à Educação Física. Continuar otimizando a associação das 29 pics cadastradas pelo Ministério com outras abordagens e as intervenções da equipe interdisciplinar, também é uma das metas do Lab-Pics para 2022.
A partir do momento em que foi inaugurada a Clínica de Reabilitação e Fisioterapia, com uma sala para o Nasf, as forças, atenção e energias tanto da Enfermagem e Serviço Social do Nasf/Npics como de alguns voluntários e estudantes da Escola Energético- Sistêmica que foi organizada pela Atenção Básica, estiveram voltadas ao desenvolvimento das atividades do Laboratório Sistêmico de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Lab-Pics). Foram ministradas aulas teóricas online e práticas vivenciais de um curso de reiki, toque terapêutico Sistêmico e integrativo, para profissionais, voluntários e usuários do SUS. Foram formadas classes para estudar e praticar aspectos da abordagem sistêmica, como a comunicação, meditação, práticas corporais e cuidado sistêmico.
Foram alcançados excelentes resultados, como mérito de um belo esforço coletivo e não egóico. Em meio à uma verdadeira "batalha invisível", a um "combate emocional", vivenciado por nossos pacientes, ainda em período pandêmico, conseguimos coletar explêndidos relatos e evoluções bem sucedidas em casos que foram atendidos utilizando Pics através da internet e especialmente em alguns casos, atuando ao lado da Assistente Social e a Psicóloga do NASF e os demais psicólogos, da Policlínica e Caps.
Nossa profunda gratidão,
Diego da Rosa Leal
Enfermeiro e Professor Sistêmico
Laboratório Vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia (Npics/Geppics/UFSB)
Prefeitura de Santa Cruz Cabrália
sexta-feira, março 23, 2012
Estudo de Caso com SAE
Respostas dos Estudos de Caso
Caso 1: R. Mineiro de Belo Horizonte, sofreu pedofilia aos 6 anos, descobriu que era filho adotivo, e aos 24 anos desempregado, sob pressão começou a ficar sem dormir por vários dias, ansioso e estressado quando teve seu primeiro surto de esquizofrenia paranóide, mais que inicialmente foi tratado como síndrome do pânico, ficou perdido sem saber onde estava e quando entrou em um ônibus começou a gritar e andar de um lado para o outro, outras vezes ficava calado agachado esperando o tempo passar, tinha medo, ouvia vozes dizendo para pular alambrados e se jogar, e se esforçava pra lembrar onde estava e pra onde ia, dormiu na rua por uma noite quando foi encontrado pela mulher de um tio foi levado pra casa, em casa também ouvia vozes diziam que os seus pais iriam mata-lo, ele não conseguia dormir e seus pais também não por vários dias pois o mesmo ficava perambulando pela casa e queria ir pra rua os pais só dormiam quando um vizinho podia ir ficar conversando com ele, só depois da consulta com o enfermeiro que descobriu alteração psicológica e do acompanhamento no CAPS com psicólogos é que suspeitou da síndrome do pânico com a medicação sua vida tomou um novo rumo, mais um dia ele resolveu que poderia viver sem o medicamento e teve mais um surto assim descobriu que não pode viver sem a medicação, R. teve muito apoio do pai, pois a mãe adotiva sofria com depressão e por várias vezes ele e a mãe trocavam ofensas por ele ser filho adotivo, o pai é o esteio da família seu único problema de saúde é hipertensão e não mede esforço para apoiar o filho nem a mulher. R. já foi descriminado, nunca foi agressivo consigo nem com outros, tem uma vida social normal, hoje só faz uso de Resperidona 3mg a noite, acompanham fielmente o tratamento no CAPS em Santa Cruz Cabrália, abandonou o sonho de ser policial como seu pai, pois é consciente que não pode ter contato com armas, tem planos de se tornar Assistente social, depois de algum tempo desconbriu que R. sofria com esquisofrenia paranoide.
Diagnósticos de Enfermagem:
v Ansiedade/ Estresse relacionado com o desemprego, descoberta de ser filho adotivo;
v Padrão do sono prejudicado;
v Medo relacionado com as vozes que ouve;
v Desobediência relacionada com a falta de adesão ao plano terapêutico;
v Processos familiares interrompidos relacionados com a dificuldade no relacionamento família (mãe).
Prescrição de Enfermagem:
· Ajudar o cliente a identificar afirmações positivas sobre si mesmo;
· Ajudar o cliente a cooperar com o plano de tratamento estabelecido e concordar em acompanhar o atendimento ambulatorial;
· Ajudar a família a desenvolver/fortalecer o potencial do crescimento;
· Avaliar os fatores relacionados ao sono;
· Realizar comunicação terapêutica;
· Ajude as clientes a lidar com a situação presente;
· Permitir que o cliente utilizem suas próprias estratégias de superação;
· Detectar sinais de ansiedade crescente;
Implementação:
ü Avaliar o nível de ansiedade;
ü Avaliar padrão e disfunção do sono;
ü Identificar a percepção do cliente quanto á ameaça representada pela situação;
ü Avaliar fatores do sono à noite;
ü Ajudar a paciente a lidar com o medo;
ü Auxiliar no desenvolvimento de um plano de manutenção da segurança e harmonia familiar;
ü Ensinar o respeito de relações saudáveis;
ü Encorajar a interação de cada membro da família com ambientes sociais mais amplos e se envolverem em grupo de apoio.
Evolução:
O cliente identifica sentimentos internos de ansiedade e usa medidas adaptativas aprendidas para reduzir a ansiedade;
A cliente demonstra capacidade autoprotetoras e estratégias de resolução de problemas;
Houve melhora do estresse situacional?
Paciente participa das atividades;
Houve redução nas alterações do sono?
O cliente adere ao regime terapêutico;
Os membros promovem crescimento e desenvolvimento sadios;
O cliente demonstra melhor interação social com as outras pessoas e com a família.
Diagnósticos de Enfermagem: (MÃE)
v Maternidade prejudicada relacionada ao excesso de hostilidade da mãe com o jovem (mãe adotiva);
v Processos familiares interrompidos relacionados com a dificuldade no relacionamento família (filho).
· Ajudar a família a desenvolver/fortalecer o potencial do crescimento;
· Realizar comunicação terapêutica;
· Ajude as clientes a lidar com a situação presente;
· Permitir que as clientes utilizem suas próprias estratégias de superação;
· Reconhecer os anseios e avaliar as percepções do cliente quanto a aceitação do filho adotivo no convívio familiar.
Implementação:
ü Identificar a percepção do cliente quanto á ameaça representada pela situação;
ü Promover reuniões grupais 2 ou 3 vezes por semana;
ü Auxiliar no desenvolvimento de um plano de manutenção da segurança e harmonia familiar;
ü Ensinar o respeito de relações saudáveis;
ü Encorajar a interação de cada membro da família com ambientes sociais mais amplos e se envolverem em grupo de apoio.
Evolução:
O cliente identifica sentimentos internos de ansiedade e usa medidas adaptativas aprendidas para reduzir a ansiedade;
Os membros promovem crescimento e desenvolvimento sadios;
O cliente demonstra melhor interação social com as outras pessoas e com a família.
sexta-feira, março 16, 2012
Roteiro de Exame Psíquico - CAPS Santa Cruz Cabrália - BA
1.
APRESENTAÇÃO:
Aspecto geral e cuidados (ex: higiene, cabelo, barba, vestes,
presença de adornos), fáscies (ex: marmórea, melancólica), porte (ex: encurvado, retraído), atitude em relação ao investigador (ex: adequação,colaboração, hostilidade, oposição,
desconfiança);
2. CONSCIÊNCIA:
Quantitativa ou Nível de consciência: vigil/ hipervigil (aumentada), alerta(normal), obnulado,
comatoso / flutuação (diminuição); - Qualitativa: estados crepusculares,estados
dissociativos, transe. Fenômenos da Consciência do Eu (continuidade, atividade, oposição,
identidade).
3. ORIENTAÇÃO:
Alopsíquica: Tempo (ano /mês /dia /hora); Espaço (lugar
caminho realizado); Autopsíquica: (nome, idade, sexo, profissão, estado
civil).
4. ATENÇÃO:
Voluntária (concentração / tenacidade) - avaliação: soletrar “MUNDO” em ordem inversa. Espontânea (reação aos estímulos externos- prosexia).
Obs: distrailbilidade:atenção voluntária ↓ e
espontânea ↑(ex: mania,
delirium).
5. MEMÓRIA:
Alterações quantitativas: Fixação (pesquisar fatos recentes/avaliar
aquisição de informações novas; ex: “teste das 3 palavras”); Evocação (pesquisar fatos antigos/autobiográficos). Alterações Qualitativas: confabulação (preenchimento artificial de lacunas
presentes na Sd. Korsakoff), amnésia
dissociativa (presente
na histeria), rememorações delirantes (ex: delírios persistentes,
esquizofrenia).
6. AFETIVIDADE: Componentes do afeto:
a. Tônus (quantidade, carga); b.
Modulação (variação); c. Ressonância: aos estímulos + ou – ;
Tipos: embotamento afetivo (afeto hipotônico, hipomodulante
pouco ressonante característico da esquizofrenia); labilidade afetiva (passagem súbita de um estado afetivo para outro); dissociação do afeto (incoerência entre a idéia expressa e o afeto
presente presente na histeria - “La belle indifference”); ambivalência (amor / ódio ao objeto vivenciado na esquizofrenia).
Humor (estado basal do afeto):
Tipos: eutímico (normal); depressivo, elado/elevado (ex:hipomania), eufórico (ex: mania / intoxicação exógena), disfórico (instável, depressivo e irritável); ex: personalidade
borderline), ansioso,
irritável,delirante ou tremático (perplexidade característica das fases prodrômicas das
psicoses);
7. PENSAMENTO/ DISCURSO: Componentes do Pensamento:
1. Curso: aceleração, lentificação,bloqueio / roubo
do pensamento.
2. Forma: organizada (lógica),
arboriforme (intensionalidade
/meta preservada) → “fuga de idéias” /
“descarrilhamento” (pensamento
mais veloz que articulaçãodas palavras, conexão dos elementos por assonância,
perda da meta) → desorganizado
/desagregado (falta de
conexão entre as idéias, “salada de palavras”);
3- Conteúdo (tema): desvalia,
ruína, niilista, grandiosidade, persecutoriedade, místico / religioso. Obs: o pensamento é inferido
indiretamente pelo discurso. Discurso (manifestação explicita da
linguagem): logorréia / pressão de
discurso (ex: mania), prolixo / barroco (ex: obsessivo, epilepsia), concreto (ex:
crianças, retardo mental), perseverante (ex: lesão lobo frontal); lacônico (pouco,conciso),
neologismos (esquizofrenia
hebefrênica),ecolalia (catatonia, síndrome de tiques), coprolalia (idem).
8. SENSOPERCEPÇÃO:
Ilusão: distorção de um percepto real, não
necessariamente patológica (ex:ilusão óptica); Alucinações (verdadeiras):
percepção nítida, objetiva e externa na ausência de um percepto real (ex: “Doutor, são vozes de mulher
vindas da sala que comentam as minhas ações”);
Obs: alucinações auditivas são as mais comuns;
visuais, tácteis e cinestésicas: afastar transtorno orgânico (ex: delirium, epilepsia, tumor);
Pseudo-alucinações: localizadas no espaço subjetivo
interno (ex: “vozes
dentro da cabeça”). Alucinose: crítica
do indivíduo em relação ao fenômeno (ex: alucinose alcoólica)
9. JUÍZO:
·
Capacidade de
criticar / ajuizar / avaliar satisfatoriamente a realidade vivida. Gradações:
·
Idéias
sobrevaloradas (ex:
fundamentalismo religioso, apaixonamentos);
·
Idéias deliróides
(ex: idéias de grandeza
em mania)
·
Delírio:
alteração patológica do juízo: pensamento errôneo, fato improvável
caracterizado por uma certeza subjetiva, irrefutabilidade pela lógica e
impossibilidade de ser compartilhado;
·
Tipos: ciúme,
persecutórios, ruína, grandeza, místico (ex: esquizofrenia e delírios persistentes).
10. VONTADE / CONAÇÃO - ETAPAS:
1º: Representações: volitivas = intenção (vontade / desejo / interesse): Alterações quantitativas: hipobulia (ex: depressão), hiperbulia (ex: mania);
Qualitativas: piromania, parafilias (ex: pedofilia).
2º: Tomada de decisão (envolve juízos, deliberação); ex: alteração: hesitação enfrentada em estados
depressivos e obsessivos;
3º: Pragmatismo: capacidade de praticar ou interromper
ações (ex: cessar um
vício); capacidade de manter atividades
gerais da vida prática (ex:
banhar-se, estudar).
11. PSICOMOTRICIDADE:
lentificação (ex: Parkinson, depressão), inquietude (ex:
ansiedade),agitação (ex: mania), movimentos repetitivos e estereotipados (ex: tiques, ecopraxia), flexibilidade cerúlea (ex: catatonia), distonias, acatisia e discinesia tardia (ocasionada pelo uso de neurolépticos).
12. INTELIGÊNCIA:
“Função psíquica complexa que determina resolução de
problemas e adaptação do indivíduo”.
Avaliar histórico escolar, profissão; considerar
nível cultural e regionalismos. Medida quantitativa (QI); cálculo, resolução de
equações, capacidade de abstração (ex: compreensão de ditados populares).
13. PERSONALIDADE:
“Função psíquica complexa que determina o ajustamento
do indivíduo e seu padrão de resposta às condições impostas” - “Organização
dinâmica dos sistemas psicofísicos do indivíduo que determinam seu ajustamento
(único) ao (seu próprio ambiente” (Gordon Allport). Determinada
por 4 componentes:
1.Temperamento (componente afetivo):
predominantemente herdado (“ele é explosivo como o pai”);
2.Caráter (componente conativo): predominantemente
adquirido (“ele ficou
egoísta depois que saiu do orfanato”);
3.Componente Intelectivo (Inteligência);
4.Componente somático/ biológico (estatura, genética).
Avaliação do padrão “gatilho-resposta”, diversas
entrevistas, convocação de familiares.
TRABALHO DE DEMÊNCIAS - Dalgalarrondo (2000)
Caracteriza
as síndromes demências ou, na terminologia, psicossíndrome orgânica difusa por
um empobrecimento e uma simplificação progressiva de todos os processos
psíquicos,cognitivos e afetivos.
As
síndromes demências definem-se portanto ,pelas perdas de múltiplas habilidades
cognitivas e funcionais.
1.Perda da memória é o elemento central das síndromes demências. O
déficit de memória é , de modo geral ,multimodal ,abarcando várias modalidades
de memória . A perda de memória concentra-se principalmente na memória recente,
de fixação .Apenas em fases avançadas há
perda da memória remota e da capacidade de evocação.
2.Perda de múltiplas funções cognitivas,
além da memória como: alterações da linguagem (no ínicio, dificuldade em
encontrar as palavras ,dificuldade ou incapacidade de reconhecer pessoas
conhecidas ou locais de sua cidade, das
atividades gestuais no vestisse , contruir objetos, do raciocínio complexo, de
habilidades aritméticas, da capacidade de julgamento, da orientação
direita-esquerda.
3.Alterações das funções executivas
associadas ao lóbulo frontal : Perda da
capacidade de planejamento e monitorização de atos complexos , da capacidade
para solução de problemas novos, diminuição da fluência verbal, perseveração,
perda da flexibilidade cognitiva, dificuldades com o pensamento abstrato, etc.
4.Alterações da personalidade, como a perda
dos hábitos sociais mais refinados e do controle emocional, com atitudes
grosseiras e inadequadas. Verifique-se também progressivo desleixo com higiene
pessoal, vestimenta, alimentação, atividades fisiológicas e de toalete.
5.O curso é insidioso e progressivo,
frequentemente também irreversível .
Embora representem uma pequena minoria, existem formas tratáveis e reversíveis
de demência.
6.Presença de alterações difulsas do tecido
cerebral, sobretudo do córtex dos hemisférios cerebrais. A símdrome
demêncial é , portanto , decorrente de
corrente cerebral difulsa , crônica, e
geralmente progressiva .
7.Em geral o nível de consciência
apresenta-se normal ; o paciente esta desperto, vigil, seu sensório é claro.
Não há obnubilação de consciência ( ausência do delírium na maior
parte do tempo ).
8.Podem surgir sintomas psiquiátricos
associados , como idéias paranoides,
depressão, ansiedade, alucinações , delírios e heteroagressividade.
As
demências implicam, portanto, uma progressiva e, com o tempo profunda
desorganização da vida mental e social do sujeito.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA SÍNDROME
DEMENCIAL
1.Transtorno depressivo produzindo déficit
cognitivo transitório e funcionalmente
derivável da alteração do humor. Denomina-se pseudodemência depressiva a perda
de memória de pacientes deprimidos, secundária a déficit de atenção,
concentração e motivação. As perdas de mémoria são revertidas após o tratamento
existoso da depressão .
2.O quadro de delírium ( símdrome
confusional aguda ) também revela-se déficit cognitvo . Há sempre alteração do
nível de consciência, que esta na base das alterações cognitivas do delírium .
3. Retardo mental leve ou moderado : Quando não se tem a história clínica do
paciente pode-se cair no equivoco de atribuir as dificuldades cognitivas de um
paciente com retardo mental congênito à símdrome demêncial .
CAUSAS
ETIOLÓGICAS MAIS FREQUENTES DAS DEMÊNCIAS
Doença de Alzheimer
A
doença de Alzheimer é uma condição progressiva ,decorrente de processo
neurodegenerativo, que se manifesta por perdas cognitivas, em particular da
memória, da linguagem e das funções visuoespaciais, com empobrecimento
progressivo das habilidades e atividades diárias. É questionável se, com o
avançar da idade ,a doença de Alzheimer seria algo inexorável (se
envelhecêssemos o suficiente todos chegaríamos a tê-la).As perdas cognitiva e
da personalidade ocorrem associadas ao processo degenerativo do tecido cerebral
,de etiologia ainda não totalmente esclarecida.
A
instalação do quadro é insidiosa; e a evolução ,lenta (geralmente por mais de
dois anos).
Início
na velhice, principalmente a partir dos 60 anos de idade; se o início ocorrer
antes dos 65, denomina-se de subforma pré-senil; se ocorrer após os 65 anos,
denomina-se subforma senil. A subforma
pré-senil tem componente genético –familiar mais evidente, além de curso
mais rápido e mais grave.
Alterações
histoquímicas características da doença de Alzheimer (entre outras, a produção
e o acúmulo no cérebro no peptídeo beta-amilóide) .
Sintomas
psicopatológicos não cognitivos ocorrem com
frequências na doença de Alzheimer;
alterações de humor e da valição (depressão, desinibição) surgem precocemente
na doença e acompanham o seu curso. Sintomas psicóticos (delírios, ilusões, e
alucinações), assim como agitação psicomotora, ocorre mais nas fases
intermediárias e finais da doença.
Demência Vascular
Atualmente
,utiliza o termo demência vascular para agrupar o conjunto de quadros de perdas cognitivas e alterações
da personalidade associadas a certas e doenças cerebrovasculares. Tem sido
proposto o termo comprometimento cognitivo vascular(CCV).
A demência vascular é expressão de uma
doença vascular esquêmica subcortical(36 a 67% das demências vasculares). Trata-se de
um quadro demencial secundário a infartos lacunares e lesões esquêmicas da
substância branca, de efeito cumulatico decorrente de alteraçães degenerativas
de pequenos vasos arteriais grandes em regiões corticais( as demências após
acidentes vasculares corticossubcorticais de grandes vasos- AVC- representão 20 a 30% das demências
vasculares). Mais raramente pode ocorrer quadros demênciais associados a
encefalopatia anóxico-isquêmica difusa e isquemia após vasoespasmo na
hemorragia subaracnóide. Além disso nas demências vasculares são mais
frequentes algumas condições associadas à patologia vascular disseminada, como
hipertensão arterial, soprocarótideo, doença cardiovascular, diabete e
dislipidemias.
Demência por corpos
de Lewy
Esta demência ocorre devido a uma alteração
neuropatológica denominada corpos de Lewy. Trata-se de inclusões citoplasmáticas esféricas
intraneuronais espalhadas por todos os núcleos subcorticais, substancia negra e
córtex. Nessa forma de demência , ocorre os seguintes sinais e sintomasL
1.
Síndrome demencial progressiva;
2.
Prejuízo cognitivo flutuante(flutuação do nível de
consciência e da capacidade atencional);
3.
Sintomas extrapiramidais( rigidez hipocinesia);
4.
Alucinações visuais(tipicamente de contorno nítidos).
Os sintomas extrapiramidais precedem ou
acompanham as perdas cognitivas. Esses pacientes eram diagnosticados contendo
demência associada à doença de Parkinson, pois apresentam menos tremor de
repouso mais mioclonias, alterações de memória, alterações visuoespaciais e
frontais, assim como mais alucinações, delírios
e pior resposta à L-dopa.
Demência
subcortical
Clinicamente além das perdas cognitivas
globais, chamam atenção os sintomas afetivos, em especial apatia, abulia, as
vezes irritabilidade, depressão ou mania e mudanças na personalidade(
desconfiança, comportamento excêntrico ou bizarro, perda da inibição social,
arrogância, aumento da religiosidade,etc.) e lentificação psicomotora. A
demência subcortical origina-se frequentemente de lesões e processos
degenerativos da substância branca subcortical( em geral doenças vasculares ou
desmielinizantes), dos núcleos da base( síndromes Parkinsonianas ou coréias.
As causas mais
comuns de demências subcortical são:
- Complexo
cognitivo-motor associado á AIDS ;
- Síndrome de
doença de Parkinson;
- Coréia de Huntington;
- Doença de Wilson;
- Infartos
talâmicos e no núcleo caudado;
- Pequenos e
múltiplos infartos da substância branca periventricular.
Demências
frontotemporais
São quadros extremamente graves pois ocorre
na faixa etária entre quarenta a sessenta e cinco anos e produzem alterações
marcantes da personalidade, o comportamento, de funções cognitivas como
julgamento e planejamento, assim como distúrbios significativos da linguagem.
Clinicamente as alterações de
personalidades típicas de desinibição, perda de tato social, rudeza emocional,
além disso a também apatia, dificuldade de manter relações afetivas empáticas.
Existem três subtipos de demências
frontotemporal: um com predomínio da desinibição, outro com afasia progressiva
não fluente emultismo e, finalmente, um terceiro denominado demência semântica
com perda do significado de palavras e do reconhecimento de rostos e objetos.
Mutações do cromossomo 17 corresponde a 20 a 40% dos casos da forma familiar das
demências frontotemporais.
Outras formas de
demência
Denomina-se outras formas demência mista a
co-ocorrência de Alzheimer e alterações vasculares compatíveis com a demência
vascular. Outras condições associadas as demências são: paralisia nuclear
progressiva, doença de Fahr, doença de Hallervorden-Spartz, degeneração
coticobasal, atrofias de múltiplos sistemas, demências hidrocefálicas, encefalopatias
espongiformes subagudas (a mais comum é a doença de Creutzfeldt-Jakob).
SINDROMES
PSICO-ORGÂNICAS FOCAIS OU LOCALIZADAS
As síndromes e psico-orgânicas localizadas
caracterizam-se por lesões circunscritas a determinadas áreas cerebrais, que
geralmente produzem perturbações predominantes na esfera do humor, dos impulsos
instintivos e da personalidade, com certa manutenção das funções cognitivas
globais, assim a inteligência e a cognição global do paciente podem não
gravemente prejudicadas como na síndrome demências.As principais síndromes
psíquico orgânicas focais são apresentadas a seguir:
Síndrome amnéstica
A síndrome amnéstica, caractetiza-se pela
perda da memória de fixação. Nos casos graves, o doente é incapaz de reter
qualquer informação nova; não aprende nada; segundo após se apresentado ao
médico, não sabe dizer quem é ele nem o seu nome.
A síndrome de Wernike-korsakoff, é
decorrente da vitamina B1(tamina), em indivíduos desnutridos, alcoolistas
crônicos, caquéticos, etc. a síndrome de Wernike manifesta-se pela tríade:
1.
Oftalmoplegias( paresias de diversos músculos orbitários,
com ou sem nistagmo);
2.
Ataxia;
3.
Confusão mental.
Já a síndrome de korsakoff, corresponde ao
componente crônico , é classificamente definida pela tríade:
1. Perda da memória de
fixação;
2. Desorientação
tempoespacial;
3. Confabulaçães.
Tanto a desorientação como as confabulações
são hipoteticamente consideradas consequências
da grave incapacidade do paciente em reter novas informações; ele se
desorienta, pois não assimila a passagem do tempo, não fixa os lugares por onde
passa, ele confabula e , perplexo diante de suas falhas de memória,
preenche inadvertidamente tais falhas
com conteúdo inventado colhidos de suas fantasias.
SÍNDROMES FRONTAIS
As diversas lesões que acomentem as grandes áreas
frontais produzem alterações mentais e comportamentais de extrema relevância
para psicopatologia , sendo de grande importância para funções psíquicas
próprias do ser humano : Abstração ,
capacidade de resolver problemas novos, de planejar ação futura , de adiar
gratificações e lidar com as frustações.
PRINCIPAIS SINDROMES FRONTAIS
Na síndrome orbitofrontal a lesão situa-se
na região frontal supra-orbitária, o indivíduo torna-se desinibido, grosseiro,
perde a sensibilidade social, faz comentários e piadas inadequadas, não
demostra empatia e pode apresentar-se muito irritável e lábil, tendendo, as
vezes, a reações explosivas.
Na síndrome frontomedial, ocorre alterações
comportamentais significativas, sendo a inibição comportamental e a indiferença
afetiva dos elementos mais característicos. De modo geral , indíviduos com
lesões em áreas mediais dos lóbulos frontais apresentam apatia,
diminuição da iniciativa e da mímica e motivação reduzida.
Na síndrome da convexidade frontal
predominam os sintomas cognitivos relativos às chamadas funções executivas
frontais, como : Resolução de problemas novos, planejamento do futuro e
realização de atividades sequenciadas. Os pacientes apresentam perserverações
dificuldades nos comportamentos sequenciais, impersistência. Apresentam também
o empobrecimento da capacidade de julgar e a tendência a respostas concretas
quando se avalia o pensamento abstrato. A depressão frequentemente acompanha as
síndromes da convexidade frontal.
SINDROMES TEMPORAIS
E PARIENTAIS
Os quadros com lesões temporais frontais não
são tão característicos como os quadros frontais. Sintomas como impulsividade,
tendências a reações explosivas, agressividade, hiper ou hipossexualidade,
hiper-religiosidade, medo de origem orgânica, alucinações auditivas ou visuais,
depressão e delírios , assim como certos tipos de compulsões, são descritos em
alguns pacientes com lesões temporais. A síndrome de Kluver-Bucy, revela
importantes implicações dos lóbulos temporais no comportamento, principalmente
nas esferas do comportamento alimentar, da sexualidade e do reconhecimento. Em
alguns quadros de epilepsia do lobo temporal , podem observar a síndrome de
Geschwind, com viscosidade nos relacionamentos interpessoais, tendência a
hipergrafia ( tendência exagerada a escrever ) , circunstâncialidade( O
individuo é prolixo; seu pensamento é tangencial, não chega aos fins
desejados), hiper-religiosidade e hipossexualidade.
Lesões temporoparietais esquerdas estão
associadas com afasia fluente; e lesões mediotemporais esquerdas, com amnésia
verbal. Lesões temporoparietais direitas relacionam-se com perda da capacidade
musical e aprosoidia ( perda da prosoidia da música da fala ); e lesões
mediotemporais direitas, com amnésia não verbal. As lesões dos lóbulos
parietais chamam atenção pela perda da capacidade de reconhecimento ( agnosias
) e pela negligencia de importantes aspectos da realidade. Assim as síndromes
psicoorgânicas focais afetivas ( depressivas, maníacas, ansiosas , etc ) ,
delirantes , alucinatórias da personalidade com disfunção sexual, etc. A tendência atual é denominá-las “
Transtornos mentais devidos a condições médicas gerais” .
CID 10 - Sessão "F" (Saúde Mental)
F00 Demencia na doenc de Alzheimer F00.0 Demencia doenc Alzheimer inicio precoce F00.1 Demencia doenc Alzheimer inicio tard F00.2 Demencia doenc Alzheimer form atipica mista F00.9 Demencia NE na doenc de Alzheimer F01 Demencia vascular F01.0 Demencia vascular de inicio agudo F01.1 Demencia p/infartos mult F01.2 Demencia vascular subcortical F01.3 Demencia vascular mista cortical subcortical F01.8 Outr demencia vascular F01.9 Demencia vascular NE F02 Demencia em outr doenc COP F02.0 Demencia da doenc de Pick F02.1 Demencia na doenc de Creutzfeldt-Jakob F02.2 Demencia na doenc de Huntington F02.3 Demencia na doenc de Parkinson F02.4 Demencia na doenc do HIV F02.8 Demencia em outr doenc espec COP F03 Demencia NE F04 Sindr amnes org n ind alcool out subst psic F05 Delirium nao induz alcool outr subst psicoat F05.0 Delirium nao superposto demencia assim descr F05.1 Delirium superposto demencia F05.8 Outr delirium F05.9 Delirium NE F06 Outr transt ment lesao disf cereb doenc fis F06.0 Alucinose organica F06.1 Estado catatonico organico F06.2 Transt delirante organico F06.3 Transt do humor organicos F06.4 Transt da ansiedade organicos F06.5 Transt dissociativo organico F06.6 Transt de labilidade emocional organico F06.7 Transt cognitivo leve F06.8 Out trans ment esp dev les disf cer doen fis F06.9 Transt ment NE dev lesao disf cereb doen fis F07 Transt pers comport dev doen lesao disf cer F07.0 Transt organico da personalidade F07.1 Sindr pos-encefalitica F07.2 Sindr pos-traum F07.8 Out trans org pers comp doen cer lesao disf F07.9 Transt org NE pers comp doen cer lesao disf F09 Transt mental organico ou sintomatico NE F10 Transt mentais comport dev uso alcool F10.0 Intox aguda F10.1 Uso nocivo p/a saude F10.2 Sindr de dependencia F10.3 Sindr de abstinencia F10.4 Sindr de abstinencia c/delirium F10.5 Transt psicotico F10.6 Sindr amnesica F10.7 Trans psicotico residual instalacao tard F10.8 Outr transt mentais ou comport F10.9 Transt mental ou comport NE F11 Transt mentais e comport dev uso de opiaceos F11.0 Intox aguda F11.1 Uso nocivo p/a saude F11.2 Sindr de dependencia F11.3 Sindr de abstinencia F11.4 Sindr de abstinencia c/delirium F11.5 Transt psicotico F11.6 Sindr amnesica F11.7 Trans psicotico residual instalacao tard F11.8 Outr transt mentais ou comport F11.9 Transt mental ou comport NE F12 Transt mentais comport dev uso canabinoides F12.0 Intox aguda F12.1 Uso nocivo p/a saude F12.2 Sindr de dependencia F12.3 Sindr de abstinencia F12.4 Sindr de abstinencia c/delirium F12.5 Transt psicotico F12.6 Sindr amnesica F12.7 Trans psicotico residual instalacao tard F12.8 Outr transt mentais ou comport F12.9 Transt mental ou comport NE F13 Transt mentais comport dev uso sedat hipnot F13.0 Intox aguda F13.1 Uso nocivo p/a saude F13.2 Sindr de dependencia F13.3 Sindr de abstinencia F13.4 Sindr de abstinencia c/delirium F13.5 Transt psicotico F13.6 Sindr amnesica F13.7 Trans psicotico residual instalacao tard F13.8 Outr transt mentais ou comport F13.9 Transt mental ou comport NE F14 Transt mentais e comport dev uso da cocaina F14.0 Intox aguda F14.1 Uso nocivo p/a saude F14.2 Sindr de dependencia F14.3 Sindr de abstinencia F14.4 Sindr de abstinencia c/delirium F14.5 Transt psicotico F14.6 Sindr amnesica F14.7 Trans psicotico residual instalacao tard F14.8 Outr transt mentais ou comport F14.9 Transt mental ou comport NE F15 Transt ment comp uso outr estim incl cafeina F15.0 Intox aguda F15.1 Uso nocivo p/a saude F15.2 Sindr de dependencia F15.3 Sindr de abstinencia F15.4 Sindr de abstinencia c/delirium F15.5 Transt psicotico F15.6 Sindr amnesica F15.7 Trans psicotico residual instalacao tard F15.8 Outr transt mentais ou comport F15.9 Transt mental ou comport NE F16 Transt mentais comport dev uso alucinogenos F16.0 Intox aguda F16.1 Uso nocivo p/a saude F16.2 Sindr de dependencia F16.3 Sindr de abstinencia F16.4 Sindr de abstinencia c/delirium F16.5 Transt psicotico F16.6 Sindr amnesica F16.7 Trans psicotico residual instalacao tard F16.8 Outr transt mentais ou comport F16.9 Transt mental ou comport NE F17 Transt mentais e comport dev uso de fumo F17.0 Intox aguda F17.1 Uso nocivo p/a saude F17.2 Sindr de dependencia F17.3 Sindr de abstinencia F17.4 Sindr de abstinencia c/delirium F17.5 Transt psicotico F17.6 Sindr amnesica F17.7 Trans psicotico residual instalacao tard F17.8 Outr transt mentais ou comport F17.9 Transt mental ou comport NE F18 Transt mentais comport dev uso solv volateis F18.0 Intox aguda F18.1 Uso nocivo p/a saude F18.2 Sindr de dependencia F18.3 Sindr de abstinencia F18.4 Sindr de abstinencia c/delirium F18.5 Transt psicotico F18.6 Sindr amnesica F18.7 Trans psicotico residual instalacao tard F18.8 Outr transt mentais ou comport F18.9 Transt mental ou comport NE F19 Transt ment comp mult drog out subst psicoat F19.0 Intox aguda F19.1 Uso nocivo p/a saude F19.2 Sindr de dependencia F19.3 Sindr de abstinencia F19.4 Sindr de abstinencia c/delirium F19.5 Transt psicotico F19.6 Sindr amnesica F19.7 Trans psicotico residual instalacao tard F19.8 Outr transt mentais ou comport F19.9 Transt mental ou comport NE F20 Esquizofrenia F20.0 Esquizofrenia paranoide F20.1 Esquizofrenia hebefrenica F20.2 Esquizofrenia catatonica F20.3 Esquizofrenia indiferenciada F20.4 Depressao pos-esquizofrenica F20.5 Esquizofrenia residual F20.6 Esquizofrenia simples F20.8 Outr esquizofrenias F20.9 Esquizofrenia NE F21 Transt esquizotipico F22 Transt delirantes persistentes F22.0 Transt delirante F22.8 Outr transt delirantes persistentes F22.9 Transt delirante persistente NE F23 Transt psicoticos agudos e transitorios F23.0 Transt psicot agudo polimorf s/sint esquizof F23.1 Transt psicot agudo polimorf c/sint esquizof F23.2 Transt psicotico agudo tipo esquizofrenico F23.3 Outr transt psicot agudos essenc delirantes F23.8 Outr transt psicoticos agudos e transitorios F23.9 Transt psicotico agudo e transitorio NE F24 Transt delirante induz F25 Transt esquizoafetivos F25.0 Transt esquizoafetivo do tipo maniaco F25.1 Transt esquizoafetivo do tipo depressivo F25.2 Transt esquizoafetivo do tipo misto F25.8 Outr transt esquizoafetivos F25.9 Transt esquizoafetivo NE F28 Outr transt psicoticos nao-organicos F29 Psicose nao-organica NE F30 Episodio maniaco F30.0 Hipomania F30.1 Mania s/sint psicoticos F30.2 Mania c/sint psicoticos F30.8 Outr episodios maniacos F30.9 Episodio maniaco NE F31 Transt afetivo bipolar F31.0 Transt afet bipolar episodio atual hipoman F31.1 Trans afet bip epis atual man s/sint psicot F31.2 Trans afet bip epis atual man c/sint psicot F31.3 Trans afet bip epis atual depr leve/ moderad F31.4 Trans afet bip atual depr grav s/sint psicot F31.5 Trans afet bip atual depr grav c/sint psicot F31.6 Transt afetivo bipolar episodio atual misto F31.7 Transt afet bipolar atualmente em remissao F31.8 Outr transt afetivos bipolares F31.9 Transt afetivo bipolar NE F32 Episodios depressivos F32.0 Episodio depressivo leve F32.1 Episodio depressivo moderado F32.2 Episodio depressivo grave s/sint psicoticos F32.3 Episodio depressivo grave c/sint psicoticos F32.8 Outr episodios depressivos F32.9 Episodio depressivo NE F33 Transt depressivo recorrente F33.0 Transt depressivo recorr episodio atual leve F33.1 Transt depress recorr episodio atual moderad F33.2 Trans depr recor epis atual grav s/sint psic F33.3 Trans depr recor epis atual grav c/sint psic F33.4 Transt depress recorr atualmente em remissao F33.8 Outr transt depressivos recorrentes F33.9 Transt depressivo recorrente s/especificacao F34 Transt de humor persistentes F34.0 Ciclotimia F34.1 Distimia F34.8 Outr transt do humor persistentes F34.9 Transt do humor persistente NE F38 Outr transt do humor F38.0 Outr transt do humor isolados F38.1 Outr transt do humor recorrentes F38.8 Outr transt espec do humor F39 Transt do humor NE F40 Transt fobico-ansiosos F40.0 Agorafobia F40.1 Fobias sociais F40.2 Fobias especificas F40.8 Outr transt fobico-ansiosos F40.9 Transt fobico-ansioso NE F41 Outr transt ansiosos F41.0 Transt de panico F41.1 Ansiedade generalizada F41.2 Transt misto ansioso e depressivo F41.3 Outr transt ansiosos mistos F41.8 Outr transt ansiosos espec F41.9 Transt ansioso NE F42 Transt obsessivo-compulsivo F42.0 Com predom ideias ou ruminacoes obsessivas F42.1 Com predom de comport compulsivos F42.2 Form mista c/ideias obsess e comport compuls F42.8 Outr transt obsessivo-compulsivos F42.9 Transt obsessivo-compulsivo NE F43 Reacoes ao stress grave e transt adaptacao F43.0 Reacao aguda ao stress F43.1 Estado de stress pos-traum F43.2 Transt de adaptacao F43.8 Outr reacoes ao stress grave F43.9 Reacao NE a um stress grave F44 Transt dissociativos F44.0 Amnesia dissociativa F44.1 Fuga dissociativa F44.2 Estupor dissociativo F44.3 Estados de transe e de possessao F44.4 Transt dissociativos do movimento F44.5 Convulsoes dissociativas F44.6 Anestesia e perda sensorial dissociativas F44.7 Transt dissociativo misto F44.8 Outr transt dissociativos F44.9 Transt dissociativo NE F45 Transt somatoformes F45.0 Transt de somatizacao F45.1 Transt somatoforme indiferenciado F45.2 Transt hipocondriaco F45.3 Transt neurovegetativo somatoforme F45.4 Transt doloroso somatoforme persistente F45.8 Outr transt somatoformes F45.9 Transt somatoforme NE F48 Outr transt neuroticos F48.0 Neurastenia F48.1 Sindr de despersonalizacao-desrealizacao F48.8 Outr transt neuroticos espec F48.9 Transt neurotico NE F50 Transt da alimentacao F50.0 Anorexia nervosa F50.1 Anorexia nervosa atipica F50.2 Bulimia nervosa F50.3 Bulimia nervosa atipica F50.4 Hiperfagia assoc outr disturb psicologicos F50.5 Vomitos assoc a outr disturbios psicologicos F50.8 Outr transt da alimentacao F50.9 Transt de alimentacao NE F51 Transt nao-organicos sono dev fat emocionais F51.0 Insonia nao-organica F51.1 Hipersonia nao-organica F51.2 Transt ciclo vigilia-sono dev fat nao-organ F51.3 Sonambulismo F51.4 Terrores noturnos F51.5 Pesadelos F51.8 Outr transt do sono dev fat nao-organicos F51.9 Transt do sono dev fatores nao-organicos NE F52 Disfuncao sexual n caus p/transt doenc organ F52.0 Ausencia ou perda do desejo sexual F52.1 Aversao sexual e ausencia de prazer sexual F52.2 Falha de resposta genital F52.3 Disfuncao orgasmica F52.4 Ejaculacao precoce F52.5 Vaginismo nao-organico F52.6 Dispareunia nao-organica F52.7 Apetite sexual excessivo F52.8 Outr disfunc sex n dev transt doenc organ F52.9 Disfuncao sexual n dev transt doenc organ NE F53 Transt mentais comport assoc puerperio NCOP F53.0 Transt ment comport leves assoc puerp NCOP F53.1 Transt ment comport graves assoc puerp NCOP F53.8 Outr transt mentais comport assoc puerp NCOP F53.9 Transt mental e comport assoc puerperio NE F54 Fat psicolog comport assoc doenc transt COP F55 Abuso de subst que nao produzem dependencia F59 Sindr comp ass trans func fisio fat fisic NE F60 Transt especificos da personalidade F60.0 Personalidade paranoica F60.1 Personalidade esquizoide F60.2 Personalidade dissocial F60.3 Transt de personalidade c/instab emocional F60.4 Personalidade histrionica F60.5 Personalidade anancastica F60.6 Personalidade ansiosa F60.7 Personalidade dependente F60.8 Outr transt especificos da personalidade F60.9 Transt NE da personalidade F61 Transt mistos personal outr transt personal F62 Modif durad pers n atrib lesao doenc cerebr F62.0 Modif durad personalid apos exper catastr F62.1 Modif durad personalid apos doenc psiquiatr F62.8 Outr modificacoes duradouras personalidade F62.9 Modificacao duradoura da personalidade NE F63 Transt dos habitos e dos impulsos F63.0 Jogo patologico F63.1 Piromania F63.2 Roubo patologico F63.3 Tricotilomania F63.8 Outr transt dos habitos e dos impulsos F63.9 Transt dos habitos e impulsos NE F64 Transt da identidade sexual F64.0 Transexualismo F64.1 Travestismo bivalente F64.2 Transt de identidade sexual na infancia F64.8 Outr transt da identidade sexual F64.9 Transt NE da identidade sexual F65 Transt da preferencia sexual F65.0 Fetichismo F65.1 Travestismo fetichista F65.2 Exibicionismo F65.3 Voyeurismo F65.4 Pedofilia F65.5 Sadomasoquismo F65.6 Transt mult da preferencia sexual F65.8 Outr transt da preferencia sexual F65.9 Transt da preferencia sexual NE F66 Transt psic comp assoc desenv sex e orient F66.0 Transt da maturacao sexual F66.1 Orientacao sexual egodistonica F66.2 Transt do relacionamento sexual F66.8 Outr transt do desenvolv psicossexual F66.9 Transt do desenvolv sexual NE F68 Outr transt personalidade e comport adulto F68.0 Sint fisicos aument p/fatores psicologicos F68.1 Prod delib ou simul sint incapac fisic psic F68.8 Outr transt espec personal e comport adulto F69 Transt personalidade e comport adulto NE F70 Retardo mental leve F70.0 Mencao ausencia de ou compr minimo comport F70.1 Compr signif comport req vigilancia ou trat F70.8 Outr comprometimentos do comport F70.9 S/mencao de compr do comport F71 Retardo mental moderado F71.0 Mencao ausencia de ou compr minimo comport F71.1 Compr signif comport req vigilancia ou trat F71.8 Outr comprometimentos do comport F71.9 S/mencao de compr do comport F72 Retardo mental grave F72.0 Mencao ausencia de ou compr minimo comport F72.1 Compr signif comport req vigilancia ou trat F72.8 Outr comprometimentos do comport F72.9 S/mencao de compr do comport F73 Retardo mental profundo F73.0 Mencao ausencia de ou compr minimo comport F73.1 Compr signif comport req vigilancia ou trat F73.8 Outr comprometimentos do comport F73.9 S/mencao de compr do comport F78 Outr retardo mental F78.0 Mencao ausencia de ou compr minimo comport F78.1 Compr signif comport req vigilancia ou trat F78.8 Outr comprometimentos do comport F78.9 S/mencao de compr do comport F79 Retardo mental NE F79.0 Mencao ausencia de ou compr minimo comport F79.1 Compr signif comport req vigilancia ou trat F79.8 Outr comprometimentos do comport F79.9 S/mencao de compr do comport F80 Transt especificos desenvolv fala linguagem F80.0 Transt especifico da articulacao da fala F80.1 Transt expressivo de linguagem F80.2 Transt receptivo da linguagem F80.3 Afasia adquir c/epilepsia F80.8 Outr transt desenvolv fala ou linguagem F80.9 Transt NE do desenvolv da fala ou linguagem F81 Transt especif desenvolv habilidade escolar F81.0 Transt especifico de leitura F81.1 Transt especifico da soletracao F81.2 Transt especifico habilidade em aritmetica F81.3 Transt misto de habilidades escolares F81.8 Outr transt do desenvolv habilidade escolar F81.9 Transt NE do desenvolv habilidades escolares F82 Transt especifico do desenvolv motor F83 Transt especificos misto do desenvolv F84 Transt globais do desenvolv F84.0 Autismo infantil F84.1 Autismo atipico F84.2 Sindr de Rett F84.3 Outr transt desintegrativo da infancia F84.4 Transt c/hipercin ass ret ment mov estereot F84.5 Sindr de Asperger F84.8 Outr transt globais do desenvolv F84.9 Transt globais NE do desenvolv F88 Outr transt do desenvolv psicologico F89 Transt do desenvolv psicologico NE F90 Transt hipercineticos F90.0 Disturbios da atividade e da atencao F90.1 Transt hipercinetico de conduta F90.8 Outr transt hipercineticos F90.9 Transt hipercinetico NE F91 Disturbios de conduta F91.0 Disturbio conduta restrito contexto familiar F91.1 Disturbio de conduta nao-socializado F91.2 Disturbio de conduta do tipo socializado F91.3 Disturbio desafiador e de oposicao F91.8 Outr transt de conduta F91.9 Transt de conduta NE F92 Transt mistos de conduta e das emocoes F92.0 Disturbio depressivo de conduta F92.8 Outr transt mistos da conduta e das emocoes F92.9 Transt misto da conduta e das emocoes NE F93 Transt emocionais c/inicio especif infancia F93.0 Transt ligado a angustia de separacao F93.1 Transt fobico ansioso da infancia F93.2 Disturbio de ansiedade social da infancia F93.3 Transt de rivalidade entre irmaos F93.8 Outr transt emocionais da infancia F93.9 Transt emocional da infancia NE F94 Transt func soc c/inicio infancia adolesc F94.0 Mutismo eletivo F94.1 Disturbio reativo de vinculacao da infancia F94.2 Transt de fixacao da infancia c/desinibicao F94.8 Outr transt do funcionamento social infancia F94.9 Transt do funcionamento social infancia NE F95 Tiques F95.0 Tique transitorio F95.1 Tique motor ou vocal cronico F95.2 Tiques vocais e motores mult combinados F95.8 Outr tiques F95.9 Tique NE F98 Outr transt comp emoc c/inicio inf adolesc F98.0 Enurese orig nao-organica F98.1 Encoprese orig nao-organica F98.2 Transt de alimentacao na infancia F98.3 Pica do lactente ou da crianca F98.4 Estereotipias motoras F98.5 Gagueira F98.6 Linguagem precipitada F98.8 Outr trans comp emoc espec c/inic inf adoles F98.9 Transt comp emoc NE c/inicio infanc adolesc F99 Transt mental NE em outr parte
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