Relato de Experiência Fiocruz/ BIREME/OPAS/OMS

Relato de Experiência Fiocruz/ BIREME/OPAS/OMS Em álbum interativo com slides e áudios online: https://www.familysearch.org/photos/gallery/album/1049792?playSlideshow Em texto resumido: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/155345899?cid=mem_copy História da Escola de Abordagem Terapêutica Intercultural Brasileira Sistêmica de Pics: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/155437740?cid=mem_copy

Relato de Experiência "APS Forte"

*Relatório Sistêmico do Laboratório de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Lab-Pics) em 2022* Encaminhado para o prêmio "APS Forte" OBJETIVOS Objetivo Geral Expandir ações da Escola Sistêmica Híbrida de Santa Cruz Cabrália para ofertar cursos, vivências e capacitações de desenvolvimento pessoal e harmonização com a filosofia sistêmica. Objetivo Específico 1 Oferecer inicialmente oito módulos opcionais, com certificação aos participantes, de auto-cuidado, formação de reiki, toque sistêmico, comunicação sistêmica, prática corporal sistêmica, meditação sistêmica, cuidado sistêmico e prática circular sistêmica. 2 Oferecer suporte online através de rodas virtuais nas redes sociais, ligados ao Programa Voluntário de Apoio e Promoção de Saúde Integral. 3 Registrar atividades em conformidade com o laboratório sistêmico ligado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia. 4 Realizar atividades intersetoriais de correlação entre as secretarias de saúde, educação, desenvolvimento social, turismo, cultura, meio ambiente e qualquer outra do interesse da gestão. 5 Realizar vivências terapêuticas com profissionais da prefeitura, cuidadores, trabalhadores das empresas cadastradas na escola sistêmica. MÉTODOS A divulgação e ofertas dos cursos oferecidos foram realizadas na plataforma do Programa de Apoio e Promoção de Saúde Integral, onde também ficaram arquivadas algumas das postagens e documentários produzidos, através de arquivologia digital em nuvem gratuita. As aulas sistêmicas foram executadas via sala no aplicativo gratuito google meet, após divulgar o link nos grupos virtuais institucionais específicos, onde foram reunidos os contatos matriculados nos cursos, nos aplicativos telegram e whats app. O controle do desempenho dos discentes foi feito via planilhas digitais do google, sempre monitoradas pela gestão e por cartões de aprazamento, registrados à mão pelos discentes e rubricados pelo docente após o cumprimento das tarefas. As apresentações, seminários, conferências, oficinas e demais eventos online da rede foram divulgados e realizados através da mesma plataforma e rede virtual. Foi realizado acolhimento e cadastro online através de bancos de dados gratuitos do google, seguido de apoio e acompanhamento através das dinâmicas e anúncios de eventos das rodas virtuais. Foi construída planilha do google com informações sobre o público alvo coletadas por esforços voluntários. Foram promovidas reuniões regulares online ou presenciais com as secretarias envolvidas, de acordo com as possibilidades da gestão. As vivências foram realizadas sob a supervisão do Serviço Social e Enfermagem do NASF/Npics de Santa Cruz Cabrália, tanto no seu respectivo Espaço físico dentro da Clínica Municipal de Reabilitação e Fisioterapia, quanto virtuais e nos Espaços cadastrados no Programa de Saúde Integral, como o Espaço Korihé, Instituto Terra Máter, Espaço Flor de Lótus, Vila Criativa e Base de Canoagem Havaiana da CPP Extreme. Nas redes sociais como whatsapp e Google meet, foram utilizadas a condução de oficinas de auto massagem, meditação reikiana e sistêmica, a abordagem integrativa indígena Korihé, assim como a Terapia Comunitária Integrativa e a Constelação Familiar Sistêmica. As abordagens em Grupo utilizaram os espaços virtuais do whatsapp, facebook, youtube e instagram do Programa Voluntário de Promoção de Saúde Integral, que já atua em parceria online com a Prefeitura de S. C. Cabrália há vários anos. Por conta das demandas dos atendimentos na pandemia, iniciei a realizar abordagens através de listas de transmissão com contatos de moradores cadastrados em Cabrália, divididos entre os temas solicitados, ainda em construção coletiva (Pics em geral, emagrecimento, realização profissional, dor crônica, relacionamentos saudáveis, resiliência, controle da raiva e agressividade, angústia espiritual). Com relação aos atendimentos presenciais, onde foram pactuados e desenvolvidos Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), com a equipe do Nasf e foram acolhidos alguns casos, com sessões terapêuticas sistêmicas. Relatando um pouco mais a respeito dos métodos adaptativos que utilizamos, buscamos priorizar o uso das redes sociais e outros recursos à distância, que conseguissem abranger os princípios da atenção psicossocial. Os técnicos da estratégia de saúde da família e o atendimento online dos psicólogos conseguiram rastrear e captar muitos dos casos que não conseguiram desenvolver a autonomia da cura com medidas caseiras para a resiliência emocional. Alguns precisaram arriscar-se à atendimentos presenciais na Sala do Nasf, na Clínica de fisioterapia, que foram desenvolvidos uma ou mais vezes por semana, quando solicitado pelo Serviço social, em casos prioritários, ou nas Unidades de Saúde da Rede e nestas circunstâncias, em casos classificados como necessários para desenvolvimento de Projeto Terapêutico Singular, foram introduzidas Pics em associação à abordagem psicológica, como exemplo a Auriculoterapia da Medicina Tradicional Chinesa, Shiatsu, Constelação Familiar Sistêmica e Imposição de Mãos/Reiki presencial ou à distância. Foram atendidos presencialmente alguns casos encaminhados, acompanhados pelos Psicólogos, Patrícia e Anderson, com sessões terapêuticas. Foram encaminhados alguns casos também pelos médicos e odontólogos, para avaliações sobre sessões de reiki ou constelação sistêmica. Foram atendidos presencialmente alguns casos, que não aderiam ao atendimento com a psicologia. Foram atendidos casos do Programa "Cuidando do Cuidador", onde não foram abertos prontuários, pois os servidores envolvidos desejavam que não houvessem registros. As sessões terapêuticas sistêmicas presenciais foram executadas para um grupo de pessoas, que nos forneceram o cartão SUS, e receberam acompanhamento diário ou semanal através de rodas sistêmicas no Whats App, tanto do voluntariado do Projeto Social parceiro, quanto grupos criados pela equipe do Nasf, com o propósito de educação popular, incluindo as Pics. De forma sistêmica, foi expressa profunda gratidão, tanto aos gestores, quanto à todas nossas equipes da rede APS e especialmente pela entrega dos que receberam nossos cuidados, científicos, holísticos e tecnológicos. RESULTADOS Do ponto de vista técnico-científico, o ano foi especialmente importante, pois conseguimos expandir ações da monitoria do Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia para a Atenção Básica, adaptando o uso conjunto destas técnicas à novas associações com a abordagem da Psicologia da ACP e da TCC (No Caps, já havíamos integrado as Pics à psicologia transpessoal, à Fisioterapia e ao Serviço Social), assim como à Educação Física. Continuar otimizando a associação das 29 pics cadastradas pelo Ministério com outras abordagens e as intervenções da equipe interdisciplinar, também é uma das metas do Lab-Pics para 2022. A partir do momento em que foi inaugurada a Clínica de Reabilitação e Fisioterapia, com uma sala para o Nasf, as forças, atenção e energias tanto da Enfermagem e Serviço Social do Nasf/Npics como de alguns voluntários e estudantes da Escola Energético- Sistêmica que foi organizada pela Atenção Básica, estiveram voltadas ao desenvolvimento das atividades do Laboratório Sistêmico de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Lab-Pics). Foram ministradas aulas teóricas online e práticas vivenciais de um curso de reiki, toque terapêutico Sistêmico e integrativo, para profissionais, voluntários e usuários do SUS. Foram formadas classes para estudar e praticar aspectos da abordagem sistêmica, como a comunicação, meditação, práticas corporais e cuidado sistêmico. Foram alcançados excelentes resultados, como mérito de um belo esforço coletivo e não egóico. Em meio à uma verdadeira "batalha invisível", a um "combate emocional", vivenciado por nossos pacientes, ainda em período pandêmico, conseguimos coletar explêndidos relatos e evoluções bem sucedidas em casos que foram atendidos utilizando Pics através da internet e especialmente em alguns casos, atuando ao lado da Assistente Social e a Psicóloga do NASF e os demais psicólogos, da Policlínica e Caps. Nossa profunda gratidão, Diego da Rosa Leal Enfermeiro e Professor Sistêmico Laboratório Vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia (Npics/Geppics/UFSB) Prefeitura de Santa Cruz Cabrália

sexta-feira, março 23, 2012

Estudo de Caso com SAE - SAÚDE MENTAL II - ARTENISIA GUEDES DAS VIRGENS

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA. CURSO DE ENFERMAGEM – 7º PERÍODO

– CASO 1 –
F. F. A., sexo masculino, 23 anos, solteiro, natural de Jacurutú.
Esteve no mesmo Centro em 11/06/2009, como paciente ambulatorial e foi admitido no serviço médico do Centro de Atenção Psicossocial (CAPSIII) no dia 16/06/2009, procedente de sua residência, para dar seqüência ao seu tratamento por estar apresentando crise de reagudização clínica, com sintomas de agressividade e agitação. Já esteve internado em outras ocasiões devido a problemas psiquiátricos(Hospital DIA em Caxias - MA). Vive com a mãe, a irmã e o irmão em casa própria de taipa. Não tem vida social ativa e apresenta dificuldade de relacionamento familiar. Em casa o paciente faz uso de medicamentos há mais ou menos 05 anos, mas a acompanhante não soube especificar quais. Relata não ter nenhum antecedente pessoal mórbido.
É um paciente totalmente independente na satisfação das seguintes necessidades básicas: respirar, comer e beber, eliminar, movimentar-se, vestir-se e despir-se. Desconhece exatamente o seu peso e a sua altura, apresenta um bom estado de hidratação e nutrição.
Acompanhante relata que ele faz três refeições diárias, sem restrição de qualquer alimento de acordo com as possibilidades e também não faz uso de substâncias psicoativas (álcool, tabaco ou outras drogas). Na sua história familiar existem antecedentes psiquiátricos (irmã com transtornos mentais). Mostrou-se calmo e calado durante toda a entrevista de enfermagem. Tem bom padrão de higiene, toma banho diariamente. A sua história patológica pregressa é de Esquizofrenia.
SAE –
Diagnóstico de Enfermagem:
Processo familiar interrompido.
Enfrentamento ineficaz.
Manutenção do lar prejudicado.
Processo de pensamento pertubado.
Intervenção:
Observar os padrões de comunicação dessa família;
Avaliar o grau de sofrimento;
Avaliar os sistemas de apoio existente fora da família;
Avaliar o modo de enfrentamento;
Determinar os padrões de comunicação;
Ajudar o cliente a cooperar com o plano de tratamento estabelecido;
Avaliar os fatores causadores;
Ajudar o cliente a reconhecer que suas próprias ações podem ser respostas ao medo pessoal, à dependência ou ao sentimento de impotência;
Identificar os sentimentos envolvidos quando há o comportamento violento;
Ajudar o cliente a diferenciar entre realidade e alucinações/ilusões;
Avaliar o grau  do distúrbio da orientação, da atenção, da capacidade de seguir instruções, de comunicar-se e a conveniência das respostas;
Observar os comportamentos que possam indicar a possibilidade de violência e tomar as medidas apropriadas;
Implementação:
Terapia familiar, aproximação paciente X família;
Planejar um relacionamento breve, freqüente e sem exigências;
Apoio Psicológico;
Manter a consistência e a honestidade nas interações;
Tratar o paciente como adulto, apesar da regressão;
Planejar atividades simples e individuais, baseadas na realidade;
Planejamento de apoio, através de oficinas;
Estabelecer esquema rotineiro para atividades da vida diária;
Evitar focalizar, ou reforçar pensamento de desconfiança ou delírios;
Identificar e responder às necessidades emocionais subjacentes à pensamentos de desconfiança ou delírios;
Tratar as alucinações do paciente, explicando que entende o que ele diz, mas deixando claro que não ver o que ele vê;
Encorajar o cliente de forma gradativa a interagir em situações ameaçadoras;
Possibilitar ao cliente o maior grau possível de autonomia e controle, dentro dos limites do contexto terapêutico.
Usar com cuidado o contato físico, para não considerá-lo ameaçador.
Evolução:
Observar se o cliente identifica sentimentos internos de ansiedade e usa medidas adaptativas aprendidas para reduzir a ansiedade;
Observar se o cliente segue o esquema rotineiro para as atividades da vida diária;
Observar se o cliente demonstra um comportamento apropriado em situações sociais;
Observar se o cliente comunica-se sem evidências de pensamento dissociado;
Observar se a aproximação do cliente X família teve evolução;
Observar se o cliente apresenta delírios, alucinações; e ilusões sob controle;
Observar se o cliente demonstra melhor interação social com as outras pessoas;
Observar se o cliente apresenta menor desconfiança e raiva em dados momentos;
Observar se o cliente participa do plano de tratamento e do atendimento de acompanhamento.

– CASO 2 –
Cliente J.A. S, sexo feminino, 40 anos foi trazida a Unidade de Saúde por seus familiares com história de agressão física e maus tratos.
Segundo relatos a cliente mora com o esposo e seus dois filhos. A mesma conta que seu esposo sempre fica muito nervoso no cotidiano da família e que mesmo não fazendo uso de bebida alcoólica e substâncias, bate muito nela e nas crianças. Ela só resolveu ir a Unidade, pois já não aguenta tamanho sofrimento, sabe que ele irá cumprir com as ameaças de matá-la e sempre teve medo de denunciá-lo, pelos seus filhos que os ama. A cliente vítima de agressão ainda relata que na família de seu esposo também a outras pessoas com esse tipo de comportamento.
– SAE –
Diagnóstico de enfermagem
Risco de violência dirigido a outras pessoas relacionados a história de agressão física e maus tratos
Risco de lesão para esposo e filho, devido a agressividade do esposo.
Medo relacionado ai excesso de hostilidade do pai com as crianças.
Intervenção:
Observar os padrões de comunicação dessa família;
Avaliar os sistemas de apoio existente fora da família;
Avaliar o modo de enfrentamento;
Ajudar o cliente a cooperar com o plano de tratamento estabelecido;
Avaliar os fatores causadores;
Identificar os sentimentos envolvidos quando há o comportamento violento;
Observar os comportamentos que possam indicar a possibilidade de violência e tomar as medidas apropriadas;
Implementação
Separar a vítima do agressor se a violência ou abuso forem eminentes.
Fazer relatórios aos órgãos responsáveis de proteção às crianças e mulheres, conforme a lei.
Proporcionar tratamento antes de a vítima retornar ao meio familiar.
Ajudar a família a compreender os padrões e dinâmicas que possibilitam ou promovem violência ou abuso.
Evolução
O cliente identifica os sentimentos internos ou ansiedade e medidas adaptativas aprendidas para reduzir a ansiedade.
O cliente demonstra comportamentos apropriados em situações sociais.
Cliente demonstra melhor interação social com outras pessoas.
Cliente participa do plano de tratamento de comportamento.

– CASO 3 –
Em uma visita domiciliar do ACS, em conversa com a mãe verificou-se que a mesma estava com um sério problema com sua filha que tinha um grave transtorno psiquiátrico e se negava aderir ao tratamento.
Paciente encontrava-se agressiva, insinuando ameaças, obrigando assim a sua mãe amarrá-la, depois de vários episódios onde se foi quebrado muitos pertences da residência. O ACS comunicou o fato a Unidade de Saúde, mobilizando a equipe a uma visita domiciliar, as quais compareceram: médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e o ACS; os mesmo tentaram de inúmeras formas persuadirem-la para que se tomasse a medicação, dificultando ainda mais o atendimento. Após muita persistência a paciente aceitou a medicação, na condição de ser solta.
Já medicada com Prometazina e Haloperidol a paciente foi solta, pois já se encontrava calma, tranquila, orientada e não apresentava perigo algum a sua mãe, pelo ao menos sob o efeito da medicação.
– SAE –
Diagnóstico de enfermagem

Controle comunitário ineficaz do regime terapêutico relacionado a não adesão tratamento.
Risco de violência dirigida a si e a outras pessoas, relacionado ao comportamento agressivo.
Intervenção:
Avaliar o grau de sofrimento;
Avaliar os sistemas de apoio existente na família;
Avaliar o modo de enfrentamento;
Ajudar o cliente a cooperar com o plano de tratamento estabelecido;
Avaliar os fatores causadores;
Observar os comportamentos que possam indicar a possibilidade de violência e tomar as medidas apropriadas;
Implementação:
Proporcionar ambiente tranqüilo, diminuir os estímulos quando o cliente fica agitado.
Observar quanto às primeiras indicações de agitação.
Se forem necessárias contenções, aplicá-las de modo seguro e não punitivo.
Evolução
O cliente identifica sinais intensos de ansiedade.
O cliente demonstra comportamento apropriado em situações especiais.

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