FACULDADES
INTEGRADAS DO EXTREMO DA BAHIA
DATA:
25/05/2012
DOCENTE:
Diego Leal
DISCENTE:
Araceli Alves Vasconcellos
DISCIPLINA:
Saúde Mental I
CURSO:
Enfermagem, 6º período
EXERCÍCIOS
1) Elabore um diálogo simulado, tentando imaginar
as possíveis respostas de Zequinha, em sua comunicação terapêutica,
identificando entre parênteses cada técnica utilizada.
“Zequinha”, natural de São
José do Paraíso/ BA, 35 anos,
teve sua primeira internação no Hospital São Judas Tadeu/ Itabuna/
BA em 1989, depois de seu primeiro
surto psicótico. Ocorreram outras internações em seguida e o cliente em questão
mudou-se para Porto Seguro em 2004, iniciando acompanhamento ambulatorial em 2004 com
Dr. Nerival, o qual buscou por
expontânea vontade - psiquiatra muito conhecido no município. Atualmente faz
uso de 1 ampola mensal IM de Haloperidol decanoato e de clorpromazina, aplicados
no CAPS II além de 1 comprimido VO de Haloperidol de 5 mg e 1 comprimido de
cloridrato de biperideno 2 mg, diariamente em casa, conforme a prescrição
médica, sem supervisão direta. É muito desinibido socialmente, comunicando-se
com muitas pessoas sempre que recebe atenção, em vários locais públicos, os
quais freqüenta quando falta às oficinas da unidade, da qual é paciente
intensivo. Está excluído em muitos aspectos da convivência familiar, apesar
desta ser numerosa. Dorme em um quarto cedido de um tio, próximo à conhecida
‘Praça da Caixa D’ Água’, localizada no Baianão e, quando não se alimenta na
unidade citada, alimenta-se na casa dos parentes. Refere que seu familiar que
responde como tutor legal, não “repassa” o dinheiro que recebe do governo para
ele - o benefício do INSS. Seus planos consistem em reaver, na justiça, o
dinheiro que lhe foi ‘tomado’ pelos familiares e investir em sua campanha para
vereador pelo Partido Verde – ao qual não é filiado. Em sua idealizada
campanha, também pretende ajudar financeiramente muitas famílias necessitadas.
Resposta:
Enfermeira
diz: _Olá! Tudo bom? Eu me chamo
Araceli, sou enfermeira responsável aqui do Caps [pego na mão como comprimento,
ofereço a cadeira, coloco a minha cadeira de frente para a dele, sem barreira
entre eu e ele]. E você como se chama? (uso o“S” DO SOLER, MOSTRO QUE ESTOU
INTERESSADA NO QUE O CLIENTE TEM A DIZER, ME DISPONHO FRENTE A ELE SEM
BARREIRAS ENTRE NÓS).
Paciente: Eu sou o
Zequinha! (fica em silêncio).
Enfermeira: _O que manda Zequinha!?, Você tem algo para me
dizer? (PERGUNTO COM UMA POSTURA ABERTA, SEM CRUZAR BRAÇOS, LANÇANDO-ME EM
DIREÇÃO AO CLIENTE, MOSTRO QUE ESTOU INTERESSADA) _Fique a vontade para lembrar
o que queria dizer! (uso “O” e “L” do SOLER, DE POSTURA ABERTA, DEMONSTRO QUE
ESTOU PRONTA PARA O DIÁLOGO E ESTOU PRESTANDO
ATENÇÃO).
Zequinha: Sabe o que é
enfermeira... (Pensa).
Enfermeira:
Pode falar Zequinha... [mantenho o olhar atento, demonstrando interesse, relaxo
mais na cadeira demonstrando disposição], (uso o “E” do SOLER mantendo contato
ocular que comunica o meu envolvimento e
disposição).
Zequinha:
é que eu estou muito preocupado, aborrecido com minha família.
Enfermeira:
_Estou ouvindo, continue... (USO A TÉCNICA DE COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA “Ofereço
dicas: dou ao cliente coragem para continuar).
Zequinha:
Minha família esta me roubando e, eu estou com muita raiva deles.
Enfermeira: Será que você pode
explicar essa situação com mais detalhes? (NESSE MOMENTO USO A TÉC. DE
COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA “Explorar”, FAZENDO ELE APROFUNDAR-SE NO TEMA).
Zequinha:
Eles pegam o meu dinheiro e gastam tudo. Eu não vejo a cor do dinheiro. Eles
estão aproveitando de mim, estão me fazendo de bobo.
Enfermeira: Zequinha fique calmo!
(chamo-o pelo nome, demonstrando respeito, olhar positivo tento compreender a
motivação do cliente)
Enfermeira:
Eu entendo como você esta se sentindo. (USO A TÉCNICA DE COMUNICAÇÃO
TERAPÊUTICA “ACEITAR”, uso também a “EMPATIA” me coloco no lugar do outro, ou
seja, no lugar de Zequinha)
Zequinha:
E tem mais enfermeira, quero o dinheiro para investir em minha carreira
política. Me filiei no partido verde, vou ser vereador?
Enfermeira:
Não estou certa de ter entendido o que você disse? Você pode explicar? (NESSE
MOMENTO BUSCO “ESCLARECIMENTO E VALIDAÇÃO”, procuro esclarecer o que foi dito,
tanto para mim quanto para ele)
Zequinha:
sou do partido verde, já sou um vereador. Uma voz me diz que a minha família
não gosta de mim e não quer que eu seja vereador!
Enfermeira:
quando você ouviu esta voz?
Zequinha:
Agora mesmo enfermeira, ela acabou de mandar eu acabar com a minha família, só
assim vou ter o dindin!
Enfermeira:
Mais Zequinha! Não há mais ninguém aqui na sala, a não se você e eu. (NESSE
MOMENTO A TÉC. TERAPÊUTICA PARA “EXPRESSAR DÚVIDA”).
Zequinha:
Hum, sei não...!!!! (fica mudo).
Enfermeira:
Você parece confuso! (NESSA HORA USO A TÉC. TERAPÊUTICA DO “ENCORAJAR
OBSERVAÇÃO” VERBALIZO O QUE É OBSERVADO, ISSO ENCORAJA O CLIENTE A RECONHECER COMPORTAMENTOS
ESPECÍFICOS E A COMPARAR COM AS PERCEPÇÕES).
Zequinha:
Sabe enfermeira, é que eu já sou candidato ganho.
Enfermeira:
Como assim Zequinha!!???
Zequinha:
é que eu peguei um caderno e sair pelas ruas la do meu bairro e todo mundo que
eu perguntei falou que vai votar em mim. Anotei os nomes aqui e já enchi o
caderno. Você acha que devo pegar mais assinaturas ou já esta ganha?
Enfermeira: você acredita mesmo
que essas pessoas estão falando a verdade? Que vão votar em você? (NESSE
MOMENTO USO A TÉC. DE COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA “REFLETIR”, PERGUNTAS E
SENTIMNTOS SÃO VOLTADAS PARA O CLINETE, uma técnica boa para usar quando o
cliente pede conselhos).
Zequinha:
Hum!! Não tinha pensado nisso!! (fica na dúvida, pensativo).
Enfermeira:
Fico em silêncio, presto atenção no comportamento dele. [de forma descritiva e
não avaliativa]. (como manda o FEEDBACK).
Zequinha:
Vou pensar direito na minha carreira política.
Enfermeira:
Observo que você também deve pensar na sua família que gosta muito de você, que
não deixa faltar comida, roupa e outras coisas que você usa no dia a dia, é pra
isso que o governo manda o dinheiro. Se você usar para outros fins, talvez o
governo pare de mandar. (NESSE MOMENTO DEMONSTRO QUE ELE PODE MODIFICAR O SEU
PENSAMENTO PARA COM A SUA FAMÍLIA – FEEDBACK).
Zequinha:
Prometo pensar em tudo.
Enfermeira:
você quer voltar para conversarmos mais? Fique a vontade, eu gostei de
conversar com você.
Zequinha:
Ok, então eu vou vim de novo pra gente conversar.
Enfermeira:
Então te aguardo.
1ª)
Observação feita à enfermeira na aplicação da técnica de comunicação
terapêutica ao paciente depressivo suicida.
A enfermeira Eliária foi bem receptiva. De início
aplicou-se a técnica de ouvir
atentamente mostrou-se interessada no que o cliente veio para dizer. Demonstrou
postura aberta, segura ao se lançar par o cliente prestando atenção, demonstrou
disposição, estando atenta e com olhar seguro.
Usou a técnica do aceitar
e teve empatia, quando disse que
entendia o que eu estava passando ou sentindo, explicou que já atendeu outros
pacientes em situação parecida. Usou a técnica
do silêncio, deixando-me pensar no que eu ia dizer. Foi usada a técnica do refletir quando foi me
enviado perguntas de volta, o que me levou a refletir no meu problema.
Em um momento foi usada a técnica do explorar, pedindo para que eu explicasse de novo o que
eu falei, tentando buscar mais informações. Para finalizar foi usada a técnica de formular um plano de ação, me
convidando para voltar e me perguntando o que eu poderia fazer para melhorar o
meu convívio familiar.
OBSERVAÇÃO:
Eu observei que ela poderia ter usado a técnica de expressar dúvida, quando eu
falei que estava ouvindo vozes, ficou parecendo que ela estava concordando que
eu estava ouvindo vozes.
FACULDADES INTEGRADAS
DO EXTREMO DA BAHIA
DATA: 20/06/2012
DOCENTE: Diego Leal
DISCENTE: Araceli Alves
Vasconcellos
DISCIPLINA: Saúde Mental I
CURSO: Enfermagem, 6º período
Comportamento incomum:
A
jovem Eliária pedia sempre dinheiro ao seu pai. Esse comportamento se repetia
todos os dias em sua residência porque Eliária não trabalhava para sustentar
o seu vício. Seu pai cansado de tanto lhe dar dinheiro um dia negou dizendo:
Eu não tenho dinheiro, estou cansado de lhe sustentar. Eliária ficou muito
furiosa e começou a quebrar tudo dentro de casa, causando prejuízos enormes.
Agrediu seu pai e os vizinhos chamaram a polícia que a conteve e foi levada
ao CAPS.
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Aplicando o feedback
(retorno): (aplicado por Araceli)
Eu observei que você quebrou tudo em sua casa,
agrediu seu pai em um momento de muita raiva.
Há várias formas de você extravasar sua raiva, como
andar um pouco, contar até 100, respirar fundo, assistir televisão.
Avaliando o feedback (retorno) aplicado acima: (avaliado por Eliária)
A enfermeira Araceli fez um feedbach descritivo,
soube esperar um momento oportuno para comunicar meus comportamentos
agressivos, e disse que isso não foi legal e eu entendi e não fiquei chateada.