Relato de Experiência Fiocruz/ BIREME/OPAS/OMS

Relato de Experiência Fiocruz/ BIREME/OPAS/OMS Em álbum interativo com slides e áudios online: https://www.familysearch.org/photos/gallery/album/1049792?playSlideshow Em texto resumido: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/155345899?cid=mem_copy História da Escola de Abordagem Terapêutica Intercultural Brasileira Sistêmica de Pics: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/155437740?cid=mem_copy

Relato de Experiência "APS Forte"

*Relatório Sistêmico do Laboratório de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Lab-Pics) em 2022* Encaminhado para o prêmio "APS Forte" OBJETIVOS Objetivo Geral Expandir ações da Escola Sistêmica Híbrida de Santa Cruz Cabrália para ofertar cursos, vivências e capacitações de desenvolvimento pessoal e harmonização com a filosofia sistêmica. Objetivo Específico 1 Oferecer inicialmente oito módulos opcionais, com certificação aos participantes, de auto-cuidado, formação de reiki, toque sistêmico, comunicação sistêmica, prática corporal sistêmica, meditação sistêmica, cuidado sistêmico e prática circular sistêmica. 2 Oferecer suporte online através de rodas virtuais nas redes sociais, ligados ao Programa Voluntário de Apoio e Promoção de Saúde Integral. 3 Registrar atividades em conformidade com o laboratório sistêmico ligado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia. 4 Realizar atividades intersetoriais de correlação entre as secretarias de saúde, educação, desenvolvimento social, turismo, cultura, meio ambiente e qualquer outra do interesse da gestão. 5 Realizar vivências terapêuticas com profissionais da prefeitura, cuidadores, trabalhadores das empresas cadastradas na escola sistêmica. MÉTODOS A divulgação e ofertas dos cursos oferecidos foram realizadas na plataforma do Programa de Apoio e Promoção de Saúde Integral, onde também ficaram arquivadas algumas das postagens e documentários produzidos, através de arquivologia digital em nuvem gratuita. As aulas sistêmicas foram executadas via sala no aplicativo gratuito google meet, após divulgar o link nos grupos virtuais institucionais específicos, onde foram reunidos os contatos matriculados nos cursos, nos aplicativos telegram e whats app. O controle do desempenho dos discentes foi feito via planilhas digitais do google, sempre monitoradas pela gestão e por cartões de aprazamento, registrados à mão pelos discentes e rubricados pelo docente após o cumprimento das tarefas. As apresentações, seminários, conferências, oficinas e demais eventos online da rede foram divulgados e realizados através da mesma plataforma e rede virtual. Foi realizado acolhimento e cadastro online através de bancos de dados gratuitos do google, seguido de apoio e acompanhamento através das dinâmicas e anúncios de eventos das rodas virtuais. Foi construída planilha do google com informações sobre o público alvo coletadas por esforços voluntários. Foram promovidas reuniões regulares online ou presenciais com as secretarias envolvidas, de acordo com as possibilidades da gestão. As vivências foram realizadas sob a supervisão do Serviço Social e Enfermagem do NASF/Npics de Santa Cruz Cabrália, tanto no seu respectivo Espaço físico dentro da Clínica Municipal de Reabilitação e Fisioterapia, quanto virtuais e nos Espaços cadastrados no Programa de Saúde Integral, como o Espaço Korihé, Instituto Terra Máter, Espaço Flor de Lótus, Vila Criativa e Base de Canoagem Havaiana da CPP Extreme. Nas redes sociais como whatsapp e Google meet, foram utilizadas a condução de oficinas de auto massagem, meditação reikiana e sistêmica, a abordagem integrativa indígena Korihé, assim como a Terapia Comunitária Integrativa e a Constelação Familiar Sistêmica. As abordagens em Grupo utilizaram os espaços virtuais do whatsapp, facebook, youtube e instagram do Programa Voluntário de Promoção de Saúde Integral, que já atua em parceria online com a Prefeitura de S. C. Cabrália há vários anos. Por conta das demandas dos atendimentos na pandemia, iniciei a realizar abordagens através de listas de transmissão com contatos de moradores cadastrados em Cabrália, divididos entre os temas solicitados, ainda em construção coletiva (Pics em geral, emagrecimento, realização profissional, dor crônica, relacionamentos saudáveis, resiliência, controle da raiva e agressividade, angústia espiritual). Com relação aos atendimentos presenciais, onde foram pactuados e desenvolvidos Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), com a equipe do Nasf e foram acolhidos alguns casos, com sessões terapêuticas sistêmicas. Relatando um pouco mais a respeito dos métodos adaptativos que utilizamos, buscamos priorizar o uso das redes sociais e outros recursos à distância, que conseguissem abranger os princípios da atenção psicossocial. Os técnicos da estratégia de saúde da família e o atendimento online dos psicólogos conseguiram rastrear e captar muitos dos casos que não conseguiram desenvolver a autonomia da cura com medidas caseiras para a resiliência emocional. Alguns precisaram arriscar-se à atendimentos presenciais na Sala do Nasf, na Clínica de fisioterapia, que foram desenvolvidos uma ou mais vezes por semana, quando solicitado pelo Serviço social, em casos prioritários, ou nas Unidades de Saúde da Rede e nestas circunstâncias, em casos classificados como necessários para desenvolvimento de Projeto Terapêutico Singular, foram introduzidas Pics em associação à abordagem psicológica, como exemplo a Auriculoterapia da Medicina Tradicional Chinesa, Shiatsu, Constelação Familiar Sistêmica e Imposição de Mãos/Reiki presencial ou à distância. Foram atendidos presencialmente alguns casos encaminhados, acompanhados pelos Psicólogos, Patrícia e Anderson, com sessões terapêuticas. Foram encaminhados alguns casos também pelos médicos e odontólogos, para avaliações sobre sessões de reiki ou constelação sistêmica. Foram atendidos presencialmente alguns casos, que não aderiam ao atendimento com a psicologia. Foram atendidos casos do Programa "Cuidando do Cuidador", onde não foram abertos prontuários, pois os servidores envolvidos desejavam que não houvessem registros. As sessões terapêuticas sistêmicas presenciais foram executadas para um grupo de pessoas, que nos forneceram o cartão SUS, e receberam acompanhamento diário ou semanal através de rodas sistêmicas no Whats App, tanto do voluntariado do Projeto Social parceiro, quanto grupos criados pela equipe do Nasf, com o propósito de educação popular, incluindo as Pics. De forma sistêmica, foi expressa profunda gratidão, tanto aos gestores, quanto à todas nossas equipes da rede APS e especialmente pela entrega dos que receberam nossos cuidados, científicos, holísticos e tecnológicos. RESULTADOS Do ponto de vista técnico-científico, o ano foi especialmente importante, pois conseguimos expandir ações da monitoria do Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia para a Atenção Básica, adaptando o uso conjunto destas técnicas à novas associações com a abordagem da Psicologia da ACP e da TCC (No Caps, já havíamos integrado as Pics à psicologia transpessoal, à Fisioterapia e ao Serviço Social), assim como à Educação Física. Continuar otimizando a associação das 29 pics cadastradas pelo Ministério com outras abordagens e as intervenções da equipe interdisciplinar, também é uma das metas do Lab-Pics para 2022. A partir do momento em que foi inaugurada a Clínica de Reabilitação e Fisioterapia, com uma sala para o Nasf, as forças, atenção e energias tanto da Enfermagem e Serviço Social do Nasf/Npics como de alguns voluntários e estudantes da Escola Energético- Sistêmica que foi organizada pela Atenção Básica, estiveram voltadas ao desenvolvimento das atividades do Laboratório Sistêmico de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Lab-Pics). Foram ministradas aulas teóricas online e práticas vivenciais de um curso de reiki, toque terapêutico Sistêmico e integrativo, para profissionais, voluntários e usuários do SUS. Foram formadas classes para estudar e praticar aspectos da abordagem sistêmica, como a comunicação, meditação, práticas corporais e cuidado sistêmico. Foram alcançados excelentes resultados, como mérito de um belo esforço coletivo e não egóico. Em meio à uma verdadeira "batalha invisível", a um "combate emocional", vivenciado por nossos pacientes, ainda em período pandêmico, conseguimos coletar explêndidos relatos e evoluções bem sucedidas em casos que foram atendidos utilizando Pics através da internet e especialmente em alguns casos, atuando ao lado da Assistente Social e a Psicóloga do NASF e os demais psicólogos, da Policlínica e Caps. Nossa profunda gratidão, Diego da Rosa Leal Enfermeiro e Professor Sistêmico Laboratório Vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia (Npics/Geppics/UFSB) Prefeitura de Santa Cruz Cabrália

sexta-feira, março 23, 2012

Estudo de Caso com SAE - SAÚDE MENTAL II - ARTENISIA GUEDES DAS VIRGENS

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA. CURSO DE ENFERMAGEM – 7º PERÍODO

– CASO 1 –
F. F. A., sexo masculino, 23 anos, solteiro, natural de Jacurutú.
Esteve no mesmo Centro em 11/06/2009, como paciente ambulatorial e foi admitido no serviço médico do Centro de Atenção Psicossocial (CAPSIII) no dia 16/06/2009, procedente de sua residência, para dar seqüência ao seu tratamento por estar apresentando crise de reagudização clínica, com sintomas de agressividade e agitação. Já esteve internado em outras ocasiões devido a problemas psiquiátricos(Hospital DIA em Caxias - MA). Vive com a mãe, a irmã e o irmão em casa própria de taipa. Não tem vida social ativa e apresenta dificuldade de relacionamento familiar. Em casa o paciente faz uso de medicamentos há mais ou menos 05 anos, mas a acompanhante não soube especificar quais. Relata não ter nenhum antecedente pessoal mórbido.
É um paciente totalmente independente na satisfação das seguintes necessidades básicas: respirar, comer e beber, eliminar, movimentar-se, vestir-se e despir-se. Desconhece exatamente o seu peso e a sua altura, apresenta um bom estado de hidratação e nutrição.
Acompanhante relata que ele faz três refeições diárias, sem restrição de qualquer alimento de acordo com as possibilidades e também não faz uso de substâncias psicoativas (álcool, tabaco ou outras drogas). Na sua história familiar existem antecedentes psiquiátricos (irmã com transtornos mentais). Mostrou-se calmo e calado durante toda a entrevista de enfermagem. Tem bom padrão de higiene, toma banho diariamente. A sua história patológica pregressa é de Esquizofrenia.
SAE –
Diagnóstico de Enfermagem:
Processo familiar interrompido.
Enfrentamento ineficaz.
Manutenção do lar prejudicado.
Processo de pensamento pertubado.
Intervenção:
Observar os padrões de comunicação dessa família;
Avaliar o grau de sofrimento;
Avaliar os sistemas de apoio existente fora da família;
Avaliar o modo de enfrentamento;
Determinar os padrões de comunicação;
Ajudar o cliente a cooperar com o plano de tratamento estabelecido;
Avaliar os fatores causadores;
Ajudar o cliente a reconhecer que suas próprias ações podem ser respostas ao medo pessoal, à dependência ou ao sentimento de impotência;
Identificar os sentimentos envolvidos quando há o comportamento violento;
Ajudar o cliente a diferenciar entre realidade e alucinações/ilusões;
Avaliar o grau  do distúrbio da orientação, da atenção, da capacidade de seguir instruções, de comunicar-se e a conveniência das respostas;
Observar os comportamentos que possam indicar a possibilidade de violência e tomar as medidas apropriadas;
Implementação:
Terapia familiar, aproximação paciente X família;
Planejar um relacionamento breve, freqüente e sem exigências;
Apoio Psicológico;
Manter a consistência e a honestidade nas interações;
Tratar o paciente como adulto, apesar da regressão;
Planejar atividades simples e individuais, baseadas na realidade;
Planejamento de apoio, através de oficinas;
Estabelecer esquema rotineiro para atividades da vida diária;
Evitar focalizar, ou reforçar pensamento de desconfiança ou delírios;
Identificar e responder às necessidades emocionais subjacentes à pensamentos de desconfiança ou delírios;
Tratar as alucinações do paciente, explicando que entende o que ele diz, mas deixando claro que não ver o que ele vê;
Encorajar o cliente de forma gradativa a interagir em situações ameaçadoras;
Possibilitar ao cliente o maior grau possível de autonomia e controle, dentro dos limites do contexto terapêutico.
Usar com cuidado o contato físico, para não considerá-lo ameaçador.
Evolução:
Observar se o cliente identifica sentimentos internos de ansiedade e usa medidas adaptativas aprendidas para reduzir a ansiedade;
Observar se o cliente segue o esquema rotineiro para as atividades da vida diária;
Observar se o cliente demonstra um comportamento apropriado em situações sociais;
Observar se o cliente comunica-se sem evidências de pensamento dissociado;
Observar se a aproximação do cliente X família teve evolução;
Observar se o cliente apresenta delírios, alucinações; e ilusões sob controle;
Observar se o cliente demonstra melhor interação social com as outras pessoas;
Observar se o cliente apresenta menor desconfiança e raiva em dados momentos;
Observar se o cliente participa do plano de tratamento e do atendimento de acompanhamento.

– CASO 2 –
Cliente J.A. S, sexo feminino, 40 anos foi trazida a Unidade de Saúde por seus familiares com história de agressão física e maus tratos.
Segundo relatos a cliente mora com o esposo e seus dois filhos. A mesma conta que seu esposo sempre fica muito nervoso no cotidiano da família e que mesmo não fazendo uso de bebida alcoólica e substâncias, bate muito nela e nas crianças. Ela só resolveu ir a Unidade, pois já não aguenta tamanho sofrimento, sabe que ele irá cumprir com as ameaças de matá-la e sempre teve medo de denunciá-lo, pelos seus filhos que os ama. A cliente vítima de agressão ainda relata que na família de seu esposo também a outras pessoas com esse tipo de comportamento.
– SAE –
Diagnóstico de enfermagem
Risco de violência dirigido a outras pessoas relacionados a história de agressão física e maus tratos
Risco de lesão para esposo e filho, devido a agressividade do esposo.
Medo relacionado ai excesso de hostilidade do pai com as crianças.
Intervenção:
Observar os padrões de comunicação dessa família;
Avaliar os sistemas de apoio existente fora da família;
Avaliar o modo de enfrentamento;
Ajudar o cliente a cooperar com o plano de tratamento estabelecido;
Avaliar os fatores causadores;
Identificar os sentimentos envolvidos quando há o comportamento violento;
Observar os comportamentos que possam indicar a possibilidade de violência e tomar as medidas apropriadas;
Implementação
Separar a vítima do agressor se a violência ou abuso forem eminentes.
Fazer relatórios aos órgãos responsáveis de proteção às crianças e mulheres, conforme a lei.
Proporcionar tratamento antes de a vítima retornar ao meio familiar.
Ajudar a família a compreender os padrões e dinâmicas que possibilitam ou promovem violência ou abuso.
Evolução
O cliente identifica os sentimentos internos ou ansiedade e medidas adaptativas aprendidas para reduzir a ansiedade.
O cliente demonstra comportamentos apropriados em situações sociais.
Cliente demonstra melhor interação social com outras pessoas.
Cliente participa do plano de tratamento de comportamento.

– CASO 3 –
Em uma visita domiciliar do ACS, em conversa com a mãe verificou-se que a mesma estava com um sério problema com sua filha que tinha um grave transtorno psiquiátrico e se negava aderir ao tratamento.
Paciente encontrava-se agressiva, insinuando ameaças, obrigando assim a sua mãe amarrá-la, depois de vários episódios onde se foi quebrado muitos pertences da residência. O ACS comunicou o fato a Unidade de Saúde, mobilizando a equipe a uma visita domiciliar, as quais compareceram: médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e o ACS; os mesmo tentaram de inúmeras formas persuadirem-la para que se tomasse a medicação, dificultando ainda mais o atendimento. Após muita persistência a paciente aceitou a medicação, na condição de ser solta.
Já medicada com Prometazina e Haloperidol a paciente foi solta, pois já se encontrava calma, tranquila, orientada e não apresentava perigo algum a sua mãe, pelo ao menos sob o efeito da medicação.
– SAE –
Diagnóstico de enfermagem

Controle comunitário ineficaz do regime terapêutico relacionado a não adesão tratamento.
Risco de violência dirigida a si e a outras pessoas, relacionado ao comportamento agressivo.
Intervenção:
Avaliar o grau de sofrimento;
Avaliar os sistemas de apoio existente na família;
Avaliar o modo de enfrentamento;
Ajudar o cliente a cooperar com o plano de tratamento estabelecido;
Avaliar os fatores causadores;
Observar os comportamentos que possam indicar a possibilidade de violência e tomar as medidas apropriadas;
Implementação:
Proporcionar ambiente tranqüilo, diminuir os estímulos quando o cliente fica agitado.
Observar quanto às primeiras indicações de agitação.
Se forem necessárias contenções, aplicá-las de modo seguro e não punitivo.
Evolução
O cliente identifica sinais intensos de ansiedade.
O cliente demonstra comportamento apropriado em situações especiais.

Estudo de Caso com SAE


Discente: Luisa Silva Oliveira/ Saúde Mental II - Prof. Diego Leal
Respostas dos Estudos de Caso
Caso 1: R. Mineiro de Belo Horizonte, sofreu pedofilia aos 6 anos, descobriu que era filho adotivo, e aos 24 anos desempregado, sob pressão começou a ficar sem dormir por vários dias, ansioso e estressado quando teve seu primeiro surto de esquizofrenia paranóide, mais que inicialmente foi tratado como síndrome do pânico, ficou perdido sem saber onde estava e quando entrou em um ônibus começou a gritar e andar de um lado para o outro, outras vezes ficava calado agachado esperando o tempo passar, tinha medo, ouvia vozes dizendo para pular alambrados e se jogar, e se esforçava pra lembrar onde estava e pra onde ia, dormiu na rua por uma noite quando foi encontrado pela mulher de um tio  foi levado pra casa, em casa também ouvia vozes diziam que os seus pais iriam mata-lo, ele não conseguia dormir e seus pais também não por vários dias pois o mesmo ficava perambulando pela casa e queria ir pra rua os pais só dormiam quando um vizinho podia ir ficar conversando com ele, só depois da consulta com o enfermeiro que descobriu alteração psicológica e do acompanhamento no CAPS com psicólogos é que suspeitou da síndrome do pânico com a medicação sua vida tomou um novo rumo, mais um dia ele resolveu que poderia viver sem o medicamento e teve mais um surto assim descobriu que não pode viver sem a medicação,  R. teve muito apoio do pai, pois a mãe adotiva sofria com depressão e por várias vezes ele e a mãe trocavam ofensas por ele ser filho adotivo, o pai é o esteio da família seu único problema de saúde é hipertensão e não mede esforço para apoiar o filho nem a mulher. R. já foi descriminado, nunca foi agressivo consigo nem com outros, tem uma vida social normal, hoje só faz uso de Resperidona 3mg a noite, acompanham fielmente o tratamento no CAPS em Santa Cruz Cabrália, abandonou o sonho de ser policial como seu pai, pois é consciente que não pode ter contato com armas, tem planos de  se tornar Assistente social, depois de algum tempo desconbriu que R. sofria com esquisofrenia paranoide.

Diagnósticos de Enfermagem:
v     Ansiedade/ Estresse relacionado com o desemprego, descoberta de ser filho adotivo;
v     Padrão do sono prejudicado;
v     Medo relacionado com as vozes que ouve;
v     Desobediência relacionada com a falta de adesão ao plano terapêutico;
v     Processos familiares interrompidos relacionados com a dificuldade no relacionamento família (mãe).

Prescrição de Enfermagem:
·      Ajudar o cliente a identificar afirmações positivas sobre si mesmo;
·      Ajudar o cliente a cooperar com o plano de tratamento estabelecido e concordar em acompanhar o atendimento ambulatorial;
·      Ajudar a família a desenvolver/fortalecer o potencial do crescimento;
·      Avaliar os fatores relacionados ao sono;
·      Realizar comunicação terapêutica;
·      Ajude as clientes a lidar com a situação presente;
·      Permitir que o cliente utilizem suas próprias estratégias de superação;
·      Detectar sinais de ansiedade crescente;
 Implementação:
ü     Avaliar o nível de ansiedade;
ü     Avaliar padrão e disfunção do sono;
ü     Identificar a percepção do cliente quanto á ameaça representada pela situação;
ü     Avaliar fatores do sono à noite;

ü     Ajudar a paciente a lidar com o medo;
ü     Auxiliar no desenvolvimento  de um plano de manutenção da segurança e harmonia familiar;
ü     Ensinar o respeito de relações saudáveis;
ü     Encorajar a interação de cada membro da família com ambientes sociais mais amplos e se envolverem em grupo de apoio.

Evolução:
O cliente identifica sentimentos internos de ansiedade e usa medidas adaptativas aprendidas para reduzir a ansiedade;
A cliente demonstra capacidade autoprotetoras e estratégias de resolução de problemas;
Houve melhora do estresse situacional?
Paciente participa das atividades;
Houve redução nas alterações do sono?
O cliente adere ao regime terapêutico;
Os membros promovem crescimento e desenvolvimento sadios;
O cliente demonstra melhor interação social com as outras pessoas e com a família.

Diagnósticos de Enfermagem: (MÃE)
v     Maternidade prejudicada relacionada ao excesso de hostilidade da mãe com o jovem (mãe adotiva);
v    Processos familiares interrompidos relacionados com a dificuldade no relacionamento família (filho).

Prescrição de Enfermagem:
·      Ajudar a família a desenvolver/fortalecer o potencial do crescimento;
·      Realizar comunicação terapêutica;
·      Ajude as clientes a lidar com a situação presente;
·      Permitir que as clientes utilizem suas próprias estratégias de superação;
·      Reconhecer os anseios e avaliar as percepções do cliente quanto a aceitação do filho adotivo no convívio familiar.

Implementação:
ü     Identificar a percepção do cliente quanto á ameaça representada pela situação;
ü     Promover reuniões grupais 2 ou 3 vezes por semana;

ü     Auxiliar no desenvolvimento  de um plano de manutenção da segurança e harmonia familiar;
ü     Ensinar o respeito de relações saudáveis;
ü     Encorajar a interação de cada membro da família com ambientes sociais mais amplos e se envolverem em grupo de apoio.

Evolução:
O cliente identifica sentimentos internos de ansiedade e usa medidas adaptativas aprendidas para reduzir a ansiedade;
Os membros promovem crescimento e desenvolvimento sadios;
O cliente demonstra melhor interação social com as outras pessoas e com a família.

sexta-feira, março 16, 2012

Roteiro de Exame Psíquico - CAPS Santa Cruz Cabrália - BA

1.  APRESENTAÇÃO:
Aspecto geral e cuidados (ex: higiene, cabelo, barba, vestes, presença de adornos), fáscies (ex: marmórea, melancólica), porte (ex: encurvado, retraído), atitude em relação ao investigador (ex: adequação,colaboração, hostilidade, oposição, desconfiança);
2. CONSCIÊNCIA:
Quantitativa ou Nível de consciência: vigil/ hipervigil (aumentada), alerta(normal), obnulado, comatoso / flutuação (diminuição); - Qualitativa: estados crepusculares,estados dissociativos, transe. Fenômenos da Consciência do Eu (continuidade, atividade, oposição, identidade).
3. ORIENTAÇÃO:
Alopsíquica: Tempo (ano /mês /dia /hora); Espaço (lugar caminho realizado); Autopsíquica: (nome, idade, sexo, profissão, estado civil).
4. ATENÇÃO:
Voluntária (concentração / tenacidade) - avaliação: soletrar “MUNDO” em ordem inversa.  Espontânea (reação aos estímulos externos- prosexia).
Obs: distrailbilidade:atenção voluntária ↓ e espontânea ↑(ex: mania, delirium).
5. MEMÓRIA:
Alterações quantitativas: Fixação (pesquisar fatos recentes/avaliar aquisição de informações novas; ex: “teste das 3 palavras”); Evocação (pesquisar fatos antigos/autobiográficos). Alterações Qualitativas: confabulação (preenchimento artificial de lacunas presentes na Sd. Korsakoff), amnésia dissociativa (presente na histeria), rememorações delirantes (ex: delírios persistentes, esquizofrenia). 
6. AFETIVIDADE: Componentes do afeto:
a. Tônus (quantidade, carga); b. Modulação (variação); c. Ressonância: aos estímulos + ou – ;
Tipos: embotamento afetivo (afeto hipotônico, hipomodulante pouco ressonante característico da esquizofrenia); labilidade afetiva (passagem súbita de um estado afetivo para outro); dissociação do afeto (incoerência entre a idéia expressa e o afeto presente presente na histeria - “La belle indifference”); ambivalência (amor / ódio ao objeto vivenciado na esquizofrenia).
Humor (estado basal do afeto): Tipos: eutímico (normal); depressivo, elado/elevado (ex:hipomania), eufórico (ex: mania / intoxicação exógena), disfórico (instável, depressivo e irritável); ex: personalidade borderline), ansioso, irritável,delirante ou tremático (perplexidade característica das fases prodrômicas das psicoses); 
7. PENSAMENTO/ DISCURSO: Componentes do Pensamento:
1. Curso: aceleração, lentificação,bloqueio / roubo do pensamento.
2. Forma: organizada (lógica), arboriforme (intensionalidade /meta preservada) → “fuga de idéias” / “descarrilhamento” (pensamento mais veloz que articulaçãodas palavras, conexão dos elementos por assonância, perda da meta) → desorganizado /desagregado (falta de conexão entre as idéias, “salada de palavras”);
3- Conteúdo (tema): desvalia, ruína, niilista, grandiosidade, persecutoriedade, místico / religioso. Obs: o pensamento é inferido indiretamente pelo discurso. Discurso (manifestação explicita da linguagem): logorréia / pressão de discurso (ex: mania), prolixo / barroco (ex: obsessivo, epilepsia), concreto (ex: crianças, retardo mental), perseverante (ex: lesão lobo frontal); lacônico (pouco,conciso), neologismos (esquizofrenia hebefrênica),ecolalia (catatonia, síndrome de tiques), coprolalia (idem).
8. SENSOPERCEPÇÃO:
Ilusão: distorção de um percepto real, não necessariamente patológica (ex:ilusão óptica);  Alucinações (verdadeiras): percepção nítida, objetiva e externa na ausência de um percepto real (ex: “Doutor, são vozes de mulher vindas da sala que comentam as minhas ações”);
Obs: alucinações auditivas são as mais comuns; visuais, tácteis e cinestésicas: afastar transtorno orgânico (ex: delirium, epilepsia, tumor);
Pseudo-alucinações: localizadas no espaço subjetivo interno (ex: “vozes dentro da cabeça”). Alucinose: crítica do indivíduo em relação ao fenômeno (ex: alucinose alcoólica)
9. JUÍZO:
·        Capacidade de criticar / ajuizar / avaliar satisfatoriamente a realidade vivida. Gradações:
·        Idéias sobrevaloradas (ex: fundamentalismo religioso, apaixonamentos);
·        Idéias deliróides (ex: idéias de grandeza em mania)
·        Delírio: alteração patológica do juízo: pensamento errôneo, fato improvável caracterizado por uma certeza subjetiva, irrefutabilidade pela lógica e impossibilidade de ser compartilhado;
·        Tipos: ciúme, persecutórios, ruína, grandeza, místico (ex: esquizofrenia e delírios persistentes).
10. VONTADE / CONAÇÃO - ETAPAS:
1º: Representações: volitivas = intenção (vontade / desejo / interesse): Alterações quantitativas: hipobulia (ex: depressão), hiperbulia (ex: mania); Qualitativas: piromania, parafilias (ex: pedofilia).
2º: Tomada de decisão (envolve juízos, deliberação); ex: alteração: hesitação enfrentada em estados depressivos e obsessivos;
3º: Pragmatismo: capacidade de praticar ou interromper ações (ex: cessar um vício); capacidade de manter atividades gerais da vida prática (ex: banhar-se, estudar).
11. PSICOMOTRICIDADE:
lentificação (ex: Parkinson, depressão), inquietude (ex: ansiedade),agitação (ex: mania), movimentos repetitivos e estereotipados (ex: tiques, ecopraxia), flexibilidade cerúlea (ex: catatonia), distonias, acatisia e discinesia tardia (ocasionada pelo uso de neurolépticos). 
12. INTELIGÊNCIA:
“Função psíquica complexa que determina resolução de problemas e adaptação do indivíduo”.
Avaliar histórico escolar, profissão; considerar nível cultural e regionalismos. Medida quantitativa (QI); cálculo, resolução de equações, capacidade de abstração (ex: compreensão de ditados populares).
13. PERSONALIDADE:
“Função psíquica complexa que determina o ajustamento do indivíduo e seu padrão de resposta às condições impostas” - “Organização dinâmica dos sistemas psicofísicos do indivíduo que determinam seu ajustamento (único) ao (seu próprio ambiente” (Gordon Allport). Determinada por 4 componentes:
1.Temperamento (componente afetivo): predominantemente herdado (“ele é explosivo como o pai”);
2.Caráter (componente conativo): predominantemente adquirido (“ele ficou egoísta depois que saiu do orfanato”);
3.Componente Intelectivo (Inteligência);
4.Componente somático/ biológico (estatura, genética).
Avaliação do padrão “gatilho-resposta”, diversas entrevistas, convocação de familiares.

TRABALHO DE DEMÊNCIAS - Dalgalarrondo (2000)


   Caracteriza as síndromes demências ou, na terminologia, psicossíndrome orgânica difusa por um empobrecimento e uma simplificação progressiva de todos os processos psíquicos,cognitivos e afetivos.
   As síndromes demências definem-se portanto ,pelas perdas de múltiplas habilidades cognitivas e funcionais.
1.Perda da memória é o  elemento central das síndromes demências. O déficit de memória é , de modo geral ,multimodal ,abarcando várias modalidades de memória . A perda de memória concentra-se principalmente na memória recente, de fixação .Apenas em fases avançadas há  perda da memória remota e da capacidade de evocação.
2.Perda de múltiplas funções cognitivas, além da memória como: alterações da linguagem (no ínicio, dificuldade em encontrar as palavras ,dificuldade ou incapacidade de reconhecer pessoas conhecidas  ou locais de sua cidade, das atividades gestuais no vestisse , contruir objetos, do raciocínio complexo, de habilidades aritméticas, da capacidade de julgamento, da orientação direita-esquerda.
3.Alterações das funções executivas associadas ao lóbulo frontal :  Perda da capacidade de planejamento e monitorização de atos complexos , da capacidade para solução de problemas novos, diminuição da fluência verbal, perseveração, perda da flexibilidade cognitiva, dificuldades com o pensamento abstrato, etc.
4.Alterações da personalidade, como a perda dos hábitos sociais mais refinados e do controle emocional, com atitudes grosseiras e inadequadas. Verifique-se também progressivo desleixo com higiene pessoal, vestimenta, alimentação, atividades fisiológicas e de toalete.
5.O curso é insidioso e progressivo, frequentemente  também irreversível . Embora representem uma pequena minoria, existem formas tratáveis e reversíveis de demência.
6.Presença de alterações difulsas do tecido cerebral, sobretudo do córtex dos hemisférios cerebrais. A símdrome demêncial  é , portanto , decorrente de corrente  cerebral difulsa , crônica, e geralmente  progressiva .
7.Em geral o nível de consciência apresenta-se normal ; o paciente esta desperto, vigil, seu sensório é claro. Não há obnubilação de consciência             ( ausência do delírium na maior parte do tempo ).
8.Podem surgir sintomas psiquiátricos associados , como idéias  paranoides, depressão, ansiedade, alucinações , delírios e heteroagressividade.
   As demências implicam, portanto, uma progressiva e, com o tempo profunda desorganização da vida mental e social do sujeito.


DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA SÍNDROME DEMENCIAL
1.Transtorno depressivo produzindo déficit cognitivo  transitório e funcionalmente derivável da alteração do humor. Denomina-se pseudodemência depressiva a perda de memória de pacientes deprimidos, secundária a déficit de atenção, concentração e motivação. As perdas de mémoria são revertidas após o tratamento existoso da depressão .
2.O quadro de delírium ( símdrome confusional aguda ) também revela-se déficit cognitvo . Há sempre alteração do nível de consciência, que esta na base das alterações cognitivas do delírium .
3. Retardo mental leve ou moderado :  Quando não se tem a história clínica do paciente pode-se cair no equivoco de atribuir as dificuldades cognitivas de um paciente com retardo  mental congênito  à símdrome demêncial .
CAUSAS  ETIOLÓGICAS MAIS FREQUENTES DAS DEMÊNCIAS
Doença de Alzheimer
   A doença de Alzheimer é uma condição progressiva ,decorrente de processo neurodegenerativo, que se manifesta por perdas cognitivas, em particular da memória, da linguagem e das funções visuoespaciais, com empobrecimento progressivo das habilidades e atividades diárias. É questionável se, com o avançar da idade ,a doença de Alzheimer seria algo inexorável (se envelhecêssemos o suficiente todos chegaríamos a tê-la).As perdas cognitiva e da personalidade ocorrem associadas ao processo degenerativo do tecido cerebral ,de etiologia ainda não totalmente esclarecida.
   A instalação do quadro é insidiosa; e a evolução ,lenta (geralmente por mais de dois anos).
   Início na velhice, principalmente a partir dos 60 anos de idade; se o início ocorrer antes dos 65, denomina-se de subforma pré-senil; se ocorrer após os 65 anos, denomina-se subforma senil. A subforma  pré-senil tem componente genético –familiar mais evidente, além de curso mais rápido e mais grave.
   Alterações histoquímicas características da doença de Alzheimer (entre outras, a produção e o acúmulo no cérebro no peptídeo beta-amilóide) .
   Sintomas psicopatológicos não cognitivos ocorrem com  frequências na doença de Alzheimer;  alterações de humor e da valição (depressão, desinibição) surgem precocemente na doença e acompanham o seu curso. Sintomas psicóticos (delírios, ilusões, e alucinações), assim como agitação psicomotora, ocorre mais nas fases intermediárias e finais da doença.
Demência Vascular
   Atualmente ,utiliza o termo demência vascular para agrupar o conjunto  de quadros de perdas cognitivas e alterações da personalidade associadas a certas e doenças cerebrovasculares. Tem sido proposto o termo comprometimento cognitivo vascular(CCV).
   A demência vascular é expressão de uma doença vascular esquêmica subcortical(36 a 67% das demências vasculares). Trata-se de um quadro demencial secundário a infartos lacunares e lesões esquêmicas da substância branca, de efeito cumulatico decorrente de alteraçães degenerativas de pequenos vasos arteriais grandes em regiões corticais( as demências após acidentes vasculares corticossubcorticais de grandes vasos- AVC- representão 20 a 30% das demências vasculares). Mais raramente pode ocorrer quadros demênciais associados a encefalopatia anóxico-isquêmica difusa e isquemia após vasoespasmo na hemorragia subaracnóide. Além disso nas demências vasculares são mais frequentes algumas condições associadas à patologia vascular disseminada, como hipertensão arterial, soprocarótideo, doença cardiovascular, diabete e dislipidemias.
Demência por corpos de Lewy
   Esta demência ocorre devido a uma alteração neuropatológica denominada corpos de Lewy. Trata-se  de inclusões citoplasmáticas esféricas intraneuronais espalhadas por todos os núcleos subcorticais, substancia negra e córtex. Nessa forma de demência , ocorre os seguintes sinais e sintomasL
1.     Síndrome demencial progressiva;
2.     Prejuízo cognitivo flutuante(flutuação do nível de consciência e da capacidade atencional);
3.     Sintomas extrapiramidais( rigidez hipocinesia);
4.     Alucinações visuais(tipicamente de contorno nítidos).
   Os sintomas extrapiramidais precedem ou acompanham as perdas cognitivas. Esses pacientes eram diagnosticados contendo demência associada à doença de Parkinson, pois apresentam menos tremor de repouso mais mioclonias, alterações de memória, alterações visuoespaciais e frontais, assim como mais alucinações, delírios  e pior resposta à L-dopa.

Demência subcortical
   Clinicamente além das perdas cognitivas globais, chamam atenção os sintomas afetivos, em especial apatia, abulia, as vezes irritabilidade, depressão ou mania e mudanças na personalidade( desconfiança, comportamento excêntrico ou bizarro, perda da inibição social, arrogância, aumento da religiosidade,etc.) e lentificação psicomotora. A demência subcortical origina-se frequentemente de lesões e processos degenerativos da substância branca subcortical( em geral doenças vasculares ou desmielinizantes), dos núcleos da base( síndromes Parkinsonianas ou coréias.
As causas mais comuns de demências subcortical são:
- Complexo cognitivo-motor associado á AIDS ;
- Síndrome de doença de Parkinson;
- Coréia de Huntington;
- Doença de Wilson;
- Infartos talâmicos e no núcleo caudado;
- Pequenos e múltiplos infartos da substância branca periventricular.

Demências frontotemporais
   São quadros extremamente graves pois ocorre na faixa etária entre quarenta a sessenta e cinco anos e produzem alterações marcantes da personalidade, o comportamento, de funções cognitivas como julgamento e planejamento, assim como distúrbios significativos da linguagem. Clinicamente as alterações  de personalidades típicas de desinibição, perda de tato social, rudeza emocional, além disso a também apatia, dificuldade de manter relações afetivas empáticas.
   Existem três subtipos de demências frontotemporal: um com predomínio da desinibição, outro com afasia progressiva não fluente emultismo e, finalmente, um terceiro denominado demência semântica com perda do significado de palavras e do reconhecimento de rostos e objetos. Mutações do cromossomo 17 corresponde a 20 a 40% dos casos da forma familiar das demências frontotemporais.

Outras formas de demência
   Denomina-se outras formas demência mista a co-ocorrência de Alzheimer e alterações vasculares compatíveis com a demência vascular. Outras condições associadas as demências são: paralisia nuclear progressiva, doença de Fahr, doença de Hallervorden-Spartz, degeneração coticobasal, atrofias de múltiplos sistemas, demências hidrocefálicas, encefalopatias espongiformes subagudas (a mais comum é a doença de Creutzfeldt-Jakob).

SINDROMES PSICO-ORGÂNICAS FOCAIS OU LOCALIZADAS
    As síndromes e psico-orgânicas localizadas caracterizam-se por lesões circunscritas a determinadas áreas cerebrais, que geralmente produzem perturbações predominantes na esfera do humor, dos impulsos instintivos e da personalidade, com certa manutenção das funções cognitivas globais, assim a inteligência e a cognição global do paciente podem não gravemente prejudicadas como na síndrome demências.As principais síndromes psíquico orgânicas focais são apresentadas a seguir:

 Síndrome amnéstica
    A síndrome amnéstica, caractetiza-se pela perda da memória de fixação. Nos casos graves, o doente é incapaz de reter qualquer informação nova; não aprende nada; segundo após se apresentado ao médico, não sabe dizer quem é ele nem o seu nome.
   A síndrome de Wernike-korsakoff, é decorrente da vitamina B1(tamina), em indivíduos desnutridos, alcoolistas crônicos, caquéticos, etc. a síndrome de Wernike manifesta-se pela tríade:
1.      Oftalmoplegias( paresias de diversos músculos orbitários, com ou sem nistagmo);
2.      Ataxia;
3.      Confusão mental.
   Já a síndrome de korsakoff, corresponde ao componente crônico , é classificamente definida pela tríade:
1.     Perda da memória de fixação;
2.     Desorientação tempoespacial;
3.     Confabulaçães.
    Tanto a desorientação como as confabulações são hipoteticamente consideradas consequências  da grave incapacidade do paciente em reter novas informações; ele se desorienta, pois não assimila a passagem do tempo, não fixa os lugares por onde passa, ele confabula e , perplexo diante de suas falhas de memória, preenche  inadvertidamente tais falhas com conteúdo inventado colhidos de suas fantasias.
SÍNDROMES FRONTAIS
As diversas  lesões que acomentem as grandes áreas frontais produzem alterações mentais e comportamentais de extrema relevância para psicopatologia , sendo de grande importância para funções psíquicas próprias do ser humano :  Abstração , capacidade de resolver problemas novos, de planejar ação futura , de adiar gratificações e lidar com as frustações.
PRINCIPAIS  SINDROMES FRONTAIS
   Na síndrome orbitofrontal a lesão situa-se na região frontal supra-orbitária, o indivíduo torna-se desinibido, grosseiro, perde a sensibilidade social, faz comentários e piadas inadequadas, não demostra empatia e pode apresentar-se muito irritável e lábil, tendendo, as vezes, a reações explosivas.
   Na síndrome frontomedial, ocorre alterações comportamentais significativas, sendo a inibição comportamental e a indiferença afetiva dos elementos mais característicos. De modo geral , indíviduos  com  lesões em áreas mediais dos lóbulos frontais apresentam apatia, diminuição da iniciativa e da mímica e motivação reduzida.
   Na síndrome da convexidade frontal predominam os sintomas cognitivos relativos às chamadas funções executivas frontais, como : Resolução de problemas novos, planejamento do futuro e realização de atividades sequenciadas. Os pacientes apresentam perserverações dificuldades nos comportamentos sequenciais, impersistência. Apresentam também o empobrecimento da capacidade de julgar e a tendência a respostas concretas quando se avalia o pensamento abstrato. A depressão frequentemente acompanha as síndromes da convexidade frontal.
SINDROMES TEMPORAIS E PARIENTAIS
   Os quadros com lesões temporais frontais não são tão característicos como os quadros frontais. Sintomas como impulsividade, tendências a reações explosivas, agressividade, hiper ou hipossexualidade, hiper-religiosidade, medo de origem orgânica, alucinações auditivas ou visuais, depressão e delírios , assim como certos tipos de compulsões, são descritos em alguns pacientes com lesões temporais. A síndrome de Kluver-Bucy, revela importantes implicações dos lóbulos temporais no comportamento, principalmente nas esferas do comportamento alimentar, da sexualidade e do reconhecimento. Em alguns quadros de epilepsia do lobo temporal , podem observar a síndrome de Geschwind, com viscosidade nos relacionamentos interpessoais, tendência a hipergrafia ( tendência exagerada a escrever ) , circunstâncialidade( O individuo é prolixo; seu pensamento é tangencial, não chega aos fins desejados), hiper-religiosidade e hipossexualidade.
    Lesões temporoparietais esquerdas estão associadas com afasia fluente; e lesões mediotemporais esquerdas, com amnésia verbal. Lesões temporoparietais direitas relacionam-se com perda da capacidade musical e aprosoidia ( perda da prosoidia da música da fala ); e lesões mediotemporais direitas, com amnésia não verbal. As lesões dos lóbulos parietais chamam atenção pela perda da capacidade de reconhecimento ( agnosias ) e pela negligencia de importantes aspectos da realidade. Assim as síndromes psicoorgânicas focais afetivas ( depressivas, maníacas, ansiosas , etc ) , delirantes , alucinatórias da personalidade com disfunção sexual, etc.  A tendência atual é denominá-las “ Transtornos mentais devidos a condições médicas gerais” .

CID 10 - Sessão "F" (Saúde Mental)

F00 Demencia na doenc de Alzheimer 
F00.0 Demencia doenc Alzheimer inicio precoce 
F00.1 Demencia doenc Alzheimer inicio tard 
F00.2 Demencia doenc Alzheimer form atipica mista 
F00.9 Demencia NE na doenc de Alzheimer 
F01 Demencia vascular 
F01.0 Demencia vascular de inicio agudo 
F01.1 Demencia p/infartos mult 
F01.2 Demencia vascular subcortical 
F01.3 Demencia vascular mista cortical subcortical 
F01.8 Outr demencia vascular 
F01.9 Demencia vascular NE 
F02 Demencia em outr doenc COP 
F02.0 Demencia da doenc de Pick 
F02.1 Demencia na doenc de Creutzfeldt-Jakob 
F02.2 Demencia na doenc de Huntington 
F02.3 Demencia na doenc de Parkinson 
F02.4 Demencia na doenc do HIV 
F02.8 Demencia em outr doenc espec COP 
F03 Demencia NE 
F04 Sindr amnes org n ind alcool out subst psic 
F05 Delirium nao induz alcool outr subst psicoat 
F05.0 Delirium nao superposto demencia assim descr 
F05.1 Delirium superposto demencia 
F05.8 Outr delirium 
F05.9 Delirium NE 
F06 Outr transt ment lesao disf cereb doenc fis 
F06.0 Alucinose organica 
F06.1 Estado catatonico organico 
F06.2 Transt delirante organico 
F06.3 Transt do humor organicos 
F06.4 Transt da ansiedade organicos 
F06.5 Transt dissociativo organico 
F06.6 Transt de labilidade emocional organico 
F06.7 Transt cognitivo leve 
F06.8 Out trans ment esp dev les disf cer doen fis 
F06.9 Transt ment NE dev lesao disf cereb doen fis 
F07 Transt pers comport dev doen lesao disf cer 
F07.0 Transt organico da personalidade 
F07.1 Sindr pos-encefalitica 
F07.2 Sindr pos-traum 
F07.8 Out trans org pers comp doen cer lesao disf 
F07.9 Transt org NE pers comp doen cer lesao disf 
F09 Transt mental organico ou sintomatico NE 
F10 Transt mentais comport dev uso alcool 
F10.0 Intox aguda 
F10.1 Uso nocivo p/a saude 
F10.2 Sindr de dependencia 
F10.3 Sindr de abstinencia 
F10.4 Sindr de abstinencia c/delirium 
F10.5 Transt psicotico 
F10.6 Sindr amnesica 
F10.7 Trans psicotico residual instalacao tard 
F10.8 Outr transt mentais ou comport 
F10.9 Transt mental ou comport NE 
F11 Transt mentais e comport dev uso de opiaceos 
F11.0 Intox aguda 
F11.1 Uso nocivo p/a saude 
F11.2 Sindr de dependencia 
F11.3 Sindr de abstinencia 
F11.4 Sindr de abstinencia c/delirium 
F11.5 Transt psicotico 
F11.6 Sindr amnesica 
F11.7 Trans psicotico residual instalacao tard 
F11.8 Outr transt mentais ou comport 
F11.9 Transt mental ou comport NE 
F12 Transt mentais comport dev uso canabinoides 
F12.0 Intox aguda 
F12.1 Uso nocivo p/a saude 
F12.2 Sindr de dependencia 
F12.3 Sindr de abstinencia 
F12.4 Sindr de abstinencia c/delirium 
F12.5 Transt psicotico 
F12.6 Sindr amnesica 
F12.7 Trans psicotico residual instalacao tard 
F12.8 Outr transt mentais ou comport 
F12.9 Transt mental ou comport NE 
F13 Transt mentais comport dev uso sedat hipnot 
F13.0 Intox aguda 
F13.1 Uso nocivo p/a saude 
F13.2 Sindr de dependencia 
F13.3 Sindr de abstinencia 
F13.4 Sindr de abstinencia c/delirium 
F13.5 Transt psicotico 
F13.6 Sindr amnesica 
F13.7 Trans psicotico residual instalacao tard 
F13.8 Outr transt mentais ou comport 
F13.9 Transt mental ou comport NE 
F14 Transt mentais e comport dev uso da cocaina 
F14.0 Intox aguda 
F14.1 Uso nocivo p/a saude 
F14.2 Sindr de dependencia 
F14.3 Sindr de abstinencia 
F14.4 Sindr de abstinencia c/delirium 
F14.5 Transt psicotico 
F14.6 Sindr amnesica 
F14.7 Trans psicotico residual instalacao tard 
F14.8 Outr transt mentais ou comport 
F14.9 Transt mental ou comport NE 
F15 Transt ment comp uso outr estim incl cafeina 
F15.0 Intox aguda 
F15.1 Uso nocivo p/a saude 
F15.2 Sindr de dependencia 
F15.3 Sindr de abstinencia 
F15.4 Sindr de abstinencia c/delirium 
F15.5 Transt psicotico 
F15.6 Sindr amnesica 
F15.7 Trans psicotico residual instalacao tard 
F15.8 Outr transt mentais ou comport 
F15.9 Transt mental ou comport NE 
F16 Transt mentais comport dev uso alucinogenos 
F16.0 Intox aguda 
F16.1 Uso nocivo p/a saude 
F16.2 Sindr de dependencia 
F16.3 Sindr de abstinencia 
F16.4 Sindr de abstinencia c/delirium 
F16.5 Transt psicotico 
F16.6 Sindr amnesica 
F16.7 Trans psicotico residual instalacao tard 
F16.8 Outr transt mentais ou comport 
F16.9 Transt mental ou comport NE 
F17 Transt mentais e comport dev uso de fumo 
F17.0 Intox aguda 
F17.1 Uso nocivo p/a saude 
F17.2 Sindr de dependencia 
F17.3 Sindr de abstinencia 
F17.4 Sindr de abstinencia c/delirium 
F17.5 Transt psicotico 
F17.6 Sindr amnesica 
F17.7 Trans psicotico residual instalacao tard 
F17.8 Outr transt mentais ou comport 
F17.9 Transt mental ou comport NE 
F18 Transt mentais comport dev uso solv volateis 
F18.0 Intox aguda 
F18.1 Uso nocivo p/a saude 
F18.2 Sindr de dependencia 
F18.3 Sindr de abstinencia 
F18.4 Sindr de abstinencia c/delirium 
F18.5 Transt psicotico 
F18.6 Sindr amnesica 
F18.7 Trans psicotico residual instalacao tard 
F18.8 Outr transt mentais ou comport 
F18.9 Transt mental ou comport NE 
F19 Transt ment comp mult drog out subst psicoat 
F19.0 Intox aguda 
F19.1 Uso nocivo p/a saude 
F19.2 Sindr de dependencia 
F19.3 Sindr de abstinencia 
F19.4 Sindr de abstinencia c/delirium 
F19.5 Transt psicotico 
F19.6 Sindr amnesica 
F19.7 Trans psicotico residual instalacao tard 
F19.8 Outr transt mentais ou comport 
F19.9 Transt mental ou comport NE 
F20 Esquizofrenia 
F20.0 Esquizofrenia paranoide 
F20.1 Esquizofrenia hebefrenica 
F20.2 Esquizofrenia catatonica 
F20.3 Esquizofrenia indiferenciada 
F20.4 Depressao pos-esquizofrenica 
F20.5 Esquizofrenia residual 
F20.6 Esquizofrenia simples 
F20.8 Outr esquizofrenias 
F20.9 Esquizofrenia NE 
F21 Transt esquizotipico 
F22 Transt delirantes persistentes 
F22.0 Transt delirante 
F22.8 Outr transt delirantes persistentes 
F22.9 Transt delirante persistente NE 
F23 Transt psicoticos agudos e transitorios 
F23.0 Transt psicot agudo polimorf s/sint esquizof 
F23.1 Transt psicot agudo polimorf c/sint esquizof 
F23.2 Transt psicotico agudo tipo esquizofrenico 
F23.3 Outr transt psicot agudos essenc delirantes 
F23.8 Outr transt psicoticos agudos e transitorios 
F23.9 Transt psicotico agudo e transitorio NE 
F24 Transt delirante induz 
F25 Transt esquizoafetivos 
F25.0 Transt esquizoafetivo do tipo maniaco 
F25.1 Transt esquizoafetivo do tipo depressivo 
F25.2 Transt esquizoafetivo do tipo misto 
F25.8 Outr transt esquizoafetivos 
F25.9 Transt esquizoafetivo NE 
F28 Outr transt psicoticos nao-organicos 
F29 Psicose nao-organica NE 
F30 Episodio maniaco 
F30.0 Hipomania 
F30.1 Mania s/sint psicoticos 
F30.2 Mania c/sint psicoticos 
F30.8 Outr episodios maniacos 
F30.9 Episodio maniaco NE 
F31 Transt afetivo bipolar 
F31.0 Transt afet bipolar episodio atual hipoman 
F31.1 Trans afet bip epis atual man s/sint psicot 
F31.2 Trans afet bip epis atual man c/sint psicot 
F31.3 Trans afet bip epis atual depr leve/ moderad 
F31.4 Trans afet bip atual depr grav s/sint psicot 
F31.5 Trans afet bip atual depr grav c/sint psicot 
F31.6 Transt afetivo bipolar episodio atual misto 
F31.7 Transt afet bipolar atualmente em remissao 
F31.8 Outr transt afetivos bipolares 
F31.9 Transt afetivo bipolar NE 
F32 Episodios depressivos 
F32.0 Episodio depressivo leve 
F32.1 Episodio depressivo moderado 
F32.2 Episodio depressivo grave s/sint psicoticos 
F32.3 Episodio depressivo grave c/sint psicoticos 
F32.8 Outr episodios depressivos 
F32.9 Episodio depressivo NE 
F33 Transt depressivo recorrente 
F33.0 Transt depressivo recorr episodio atual leve 
F33.1 Transt depress recorr episodio atual moderad 
F33.2 Trans depr recor epis atual grav s/sint psic 
F33.3 Trans depr recor epis atual grav c/sint psic 
F33.4 Transt depress recorr atualmente em remissao 
F33.8 Outr transt depressivos recorrentes 
F33.9 Transt depressivo recorrente s/especificacao 
F34 Transt de humor persistentes 
F34.0 Ciclotimia 
F34.1 Distimia 
F34.8 Outr transt do humor persistentes 
F34.9 Transt do humor persistente NE 
F38 Outr transt do humor 
F38.0 Outr transt do humor isolados 
F38.1 Outr transt do humor recorrentes 
F38.8 Outr transt espec do humor 
F39 Transt do humor NE 
F40 Transt fobico-ansiosos 
F40.0 Agorafobia 
F40.1 Fobias sociais 
F40.2 Fobias especificas 
F40.8 Outr transt fobico-ansiosos 
F40.9 Transt fobico-ansioso NE 
F41 Outr transt ansiosos 
F41.0 Transt de panico 
F41.1 Ansiedade generalizada 
F41.2 Transt misto ansioso e depressivo 
F41.3 Outr transt ansiosos mistos 
F41.8 Outr transt ansiosos espec 
F41.9 Transt ansioso NE 
F42 Transt obsessivo-compulsivo 
F42.0 Com predom ideias ou ruminacoes obsessivas 
F42.1 Com predom de comport compulsivos 
F42.2 Form mista c/ideias obsess e comport compuls 
F42.8 Outr transt obsessivo-compulsivos 
F42.9 Transt obsessivo-compulsivo NE 
F43 Reacoes ao stress grave e transt adaptacao 
F43.0 Reacao aguda ao stress 
F43.1 Estado de stress pos-traum 
F43.2 Transt de adaptacao 
F43.8 Outr reacoes ao stress grave 
F43.9 Reacao NE a um stress grave 
F44 Transt dissociativos 
F44.0 Amnesia dissociativa 
F44.1 Fuga dissociativa 
F44.2 Estupor dissociativo 
F44.3 Estados de transe e de possessao 
F44.4 Transt dissociativos do movimento 
F44.5 Convulsoes dissociativas 
F44.6 Anestesia e perda sensorial dissociativas 
F44.7 Transt dissociativo misto 
F44.8 Outr transt dissociativos 
F44.9 Transt dissociativo NE 
F45 Transt somatoformes 
F45.0 Transt de somatizacao 
F45.1 Transt somatoforme indiferenciado 
F45.2 Transt hipocondriaco 
F45.3 Transt neurovegetativo somatoforme 
F45.4 Transt doloroso somatoforme persistente 
F45.8 Outr transt somatoformes 
F45.9 Transt somatoforme NE 
F48 Outr transt neuroticos 
F48.0 Neurastenia 
F48.1 Sindr de despersonalizacao-desrealizacao 
F48.8 Outr transt neuroticos espec 
F48.9 Transt neurotico NE 
F50 Transt da alimentacao 
F50.0 Anorexia nervosa 
F50.1 Anorexia nervosa atipica 
F50.2 Bulimia nervosa 
F50.3 Bulimia nervosa atipica 
F50.4 Hiperfagia assoc outr disturb psicologicos 
F50.5 Vomitos assoc a outr disturbios psicologicos 
F50.8 Outr transt da alimentacao 
F50.9 Transt de alimentacao NE 
F51 Transt nao-organicos sono dev fat emocionais 
F51.0 Insonia nao-organica 
F51.1 Hipersonia nao-organica 
F51.2 Transt ciclo vigilia-sono dev fat nao-organ 
F51.3 Sonambulismo 
F51.4 Terrores noturnos 
F51.5 Pesadelos 
F51.8 Outr transt do sono dev fat nao-organicos 
F51.9 Transt do sono dev fatores nao-organicos NE 
F52 Disfuncao sexual n caus p/transt doenc organ 
F52.0 Ausencia ou perda do desejo sexual 
F52.1 Aversao sexual e ausencia de prazer sexual 
F52.2 Falha de resposta genital 
F52.3 Disfuncao orgasmica 
F52.4 Ejaculacao precoce 
F52.5 Vaginismo nao-organico 
F52.6 Dispareunia nao-organica 
F52.7 Apetite sexual excessivo 
F52.8 Outr disfunc sex n dev transt doenc organ 
F52.9 Disfuncao sexual n dev transt doenc organ NE 
F53 Transt mentais comport assoc puerperio NCOP 
F53.0 Transt ment comport leves assoc puerp NCOP 
F53.1 Transt ment comport graves assoc puerp NCOP 
F53.8 Outr transt mentais comport assoc puerp NCOP 
F53.9 Transt mental e comport assoc puerperio NE 
F54 Fat psicolog comport assoc doenc transt COP 
F55 Abuso de subst que nao produzem dependencia 
F59 Sindr comp ass trans func fisio fat fisic NE 
F60 Transt especificos da personalidade 
F60.0 Personalidade paranoica 
F60.1 Personalidade esquizoide 
F60.2 Personalidade dissocial 
F60.3 Transt de personalidade c/instab emocional 
F60.4 Personalidade histrionica 
F60.5 Personalidade anancastica 
F60.6 Personalidade ansiosa 
F60.7 Personalidade dependente 
F60.8 Outr transt especificos da personalidade 
F60.9 Transt NE da personalidade 
F61 Transt mistos personal outr transt personal 
F62 Modif durad pers n atrib lesao doenc cerebr 
F62.0 Modif durad personalid apos exper catastr 
F62.1 Modif durad personalid apos doenc psiquiatr 
F62.8 Outr modificacoes duradouras personalidade 
F62.9 Modificacao duradoura da personalidade NE 
F63 Transt dos habitos e dos impulsos 
F63.0 Jogo patologico 
F63.1 Piromania 
F63.2 Roubo patologico 
F63.3 Tricotilomania 
F63.8 Outr transt dos habitos e dos impulsos 
F63.9 Transt dos habitos e impulsos NE 
F64 Transt da identidade sexual 
F64.0 Transexualismo 
F64.1 Travestismo bivalente 
F64.2 Transt de identidade sexual na infancia 
F64.8 Outr transt da identidade sexual 
F64.9 Transt NE da identidade sexual 
F65 Transt da preferencia sexual 
F65.0 Fetichismo 
F65.1 Travestismo fetichista 
F65.2 Exibicionismo 
F65.3 Voyeurismo 
F65.4 Pedofilia 
F65.5 Sadomasoquismo 
F65.6 Transt mult da preferencia sexual 
F65.8 Outr transt da preferencia sexual 
F65.9 Transt da preferencia sexual NE 
F66 Transt psic comp assoc desenv sex e orient 
F66.0 Transt da maturacao sexual 
F66.1 Orientacao sexual egodistonica 
F66.2 Transt do relacionamento sexual 
F66.8 Outr transt do desenvolv psicossexual 
F66.9 Transt do desenvolv sexual NE 
F68 Outr transt personalidade e comport adulto 
F68.0 Sint fisicos aument p/fatores psicologicos 
F68.1 Prod delib ou simul sint incapac fisic psic 
F68.8 Outr transt espec personal e comport adulto 
F69 Transt personalidade e comport adulto NE 
F70 Retardo mental leve 
F70.0 Mencao ausencia de ou compr minimo comport 
F70.1 Compr signif comport req vigilancia ou trat 
F70.8 Outr comprometimentos do comport 
F70.9 S/mencao de compr do comport 
F71 Retardo mental moderado 
F71.0 Mencao ausencia de ou compr minimo comport 
F71.1 Compr signif comport req vigilancia ou trat 
F71.8 Outr comprometimentos do comport 
F71.9 S/mencao de compr do comport 
F72 Retardo mental grave 
F72.0 Mencao ausencia de ou compr minimo comport 
F72.1 Compr signif comport req vigilancia ou trat 
F72.8 Outr comprometimentos do comport 
F72.9 S/mencao de compr do comport 
F73 Retardo mental profundo 
F73.0 Mencao ausencia de ou compr minimo comport 
F73.1 Compr signif comport req vigilancia ou trat 
F73.8 Outr comprometimentos do comport 
F73.9 S/mencao de compr do comport 
F78 Outr retardo mental 
F78.0 Mencao ausencia de ou compr minimo comport 
F78.1 Compr signif comport req vigilancia ou trat 
F78.8 Outr comprometimentos do comport 
F78.9 S/mencao de compr do comport 
F79 Retardo mental NE 
F79.0 Mencao ausencia de ou compr minimo comport 
F79.1 Compr signif comport req vigilancia ou trat 
F79.8 Outr comprometimentos do comport 
F79.9 S/mencao de compr do comport 
F80 Transt especificos desenvolv fala linguagem 
F80.0 Transt especifico da articulacao da fala 
F80.1 Transt expressivo de linguagem 
F80.2 Transt receptivo da linguagem 
F80.3 Afasia adquir c/epilepsia 
F80.8 Outr transt desenvolv fala ou linguagem 
F80.9 Transt NE do desenvolv da fala ou linguagem 
F81 Transt especif desenvolv habilidade escolar 
F81.0 Transt especifico de leitura 
F81.1 Transt especifico da soletracao 
F81.2 Transt especifico habilidade em aritmetica 
F81.3 Transt misto de habilidades escolares 
F81.8 Outr transt do desenvolv habilidade escolar 
F81.9 Transt NE do desenvolv habilidades escolares 
F82 Transt especifico do desenvolv motor 
F83 Transt especificos misto do desenvolv 
F84 Transt globais do desenvolv 
F84.0 Autismo infantil 
F84.1 Autismo atipico 
F84.2 Sindr de Rett 
F84.3 Outr transt desintegrativo da infancia 
F84.4 Transt c/hipercin ass ret ment mov estereot 
F84.5 Sindr de Asperger 
F84.8 Outr transt globais do desenvolv 
F84.9 Transt globais NE do desenvolv 
F88 Outr transt do desenvolv psicologico 
F89 Transt do desenvolv psicologico NE 
F90 Transt hipercineticos 
F90.0 Disturbios da atividade e da atencao 
F90.1 Transt hipercinetico de conduta 
F90.8 Outr transt hipercineticos 
F90.9 Transt hipercinetico NE 
F91 Disturbios de conduta 
F91.0 Disturbio conduta restrito contexto familiar 
F91.1 Disturbio de conduta nao-socializado 
F91.2 Disturbio de conduta do tipo socializado 
F91.3 Disturbio desafiador e de oposicao 
F91.8 Outr transt de conduta 
F91.9 Transt de conduta NE 
F92 Transt mistos de conduta e das emocoes 
F92.0 Disturbio depressivo de conduta 
F92.8 Outr transt mistos da conduta e das emocoes 
F92.9 Transt misto da conduta e das emocoes NE 
F93 Transt emocionais c/inicio especif infancia 
F93.0 Transt ligado a angustia de separacao 
F93.1 Transt fobico ansioso da infancia 
F93.2 Disturbio de ansiedade social da infancia 
F93.3 Transt de rivalidade entre irmaos 
F93.8 Outr transt emocionais da infancia 
F93.9 Transt emocional da infancia NE 
F94 Transt func soc c/inicio infancia adolesc 
F94.0 Mutismo eletivo 
F94.1 Disturbio reativo de vinculacao da infancia 
F94.2 Transt de fixacao da infancia c/desinibicao 
F94.8 Outr transt do funcionamento social infancia 
F94.9 Transt do funcionamento social infancia NE 
F95 Tiques 
F95.0 Tique transitorio 
F95.1 Tique motor ou vocal cronico 
F95.2 Tiques vocais e motores mult combinados 
F95.8 Outr tiques 
F95.9 Tique NE 
F98 Outr transt comp emoc c/inicio inf adolesc 
F98.0 Enurese orig nao-organica 
F98.1 Encoprese orig nao-organica 
F98.2 Transt de alimentacao na infancia 
F98.3 Pica do lactente ou da crianca 
F98.4 Estereotipias motoras 
F98.5 Gagueira 
F98.6 Linguagem precipitada 
F98.8 Outr trans comp emoc espec c/inic inf adoles 
F98.9 Transt comp emoc NE c/inicio infanc adolesc 
F99 Transt mental NE em outr parte