Distúrbios relacionados ao uso de drogas.
Fábio Ramos e Karla Stefani
Eu atuo como um Consultor Sistêmico e as Linhas de Ação em que nosso Programa atua são uma forma de fortalecer o Sistema Único de Saúde Brasileiro, fornecer apoio institucional e motivar a busca por melhorias técnicas e sociais, nos lugares que nossas idéias alcançarem. Quaisquer que sejam seus dons e talentos, vcs podem juntar-se a nós, como força humana e receber nossos conteúdos. Zap (073) 99931-0980 Seu parceiro, Diego R. Leal.
FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA
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Este Blog representa os movimentos
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Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia
Aluna: Marithana Queiroz Santos
Enfermagem 7º período
Professor: Diego Leal
Reforma Psiquiátrica
A humanidade convive com a loucura há séculos e, antes de se tornar um tema essencialmente médico, o louco abitou o imaginário de diversas formas, como motivo de chacota, desprezo, desdém, etc.
No Brasil, o movimento da reforma psiquiátrica iniciou-se no final da década de 70 com a mobilização dos profissionais de saúde mental e dos familiares de pacientes com transtornos mentais. Que, mais do que denunciar os manicômios como instituições de violência, a reforma psiquiátrica sugeriu a construção de uma rede de serviços e estratégias territoriais e comunitárias, solidárias, inclusivas e libertárias.
Na visão da reforma psiquiátrica, esses pacientes, não precisavam passar por tal desprezo, mais tratos, sofrimentos, e limitação da sociedade. E sim, ser um cidadão que lhe tratassem com respeito, que tivesse seus direitos, sua individualidade e seus deveres como cidadão.
Resenha crítica sobre a reforma psiquiátrica baseado na casa dos mortos
A casa dos mortos é um documentário acompanhado pela poesia de Bubu, um poeta que por varias vezes foi internado no manicômio judiciário. O nome a casa dos mortos foi inscrito durante o documentário e ressaltava os mortos que ali eram esquecidos. Este filme contém três cenas, relatando os acontecimentos que foram acontecidos com Jaime, Antônio e Almerindo no manicômio.
O filme mostra a primeira cena com o comportamento do Jaime; ele estava naquele lugar,mas não suportava porque ali era uma tortura. Ele pareceria um usuário de drogas, muito agressivo e mudava de comportamento o tempo todo. Ele compria a pena era solto e por não tomara a medicação em casa, acabava cometendo outros homicídios e era trago novamente para o manicômio e em uma dessas voltas em um dia de chuva, ele se revoltou e se enforcou num lençol, chegando ao seu fim.
O Antônio era um moço estranho, com unhas grandes e era teimoso, respondeu a funcionária do manicômio quando falou que ele teria que cortar as unhas e ainda saiu resmungando.
E o Almerindo um sujeito que atirou uma pedra sobre um adolescente que andava de bicicleta fazendo–o cair no chão sangrando; e por este fato também foi parar no manicômio Justicial, foi internado e o laudo atestava sua incapacidade mental. Ele acabou perdendo todos os vínculos com os familiares e amigos. E em suas falas ele dizia que o Almerindo já havia morrido e que ele era o presidente dos Estados Unidos.
A falta de tratamento pessoal e medicinal adequado naquele lugar e a falta de atividades sociais e trabalho de incentivo a aproximação a família, acabaram levando os doentes mentais a esse cenário.
Era preciso fazer uma reforma psiquiátrica urgente, pois a realidade que o filme mostrou, faltava vigilância, tratamento adequado e interação familiar, para que pudesse impedir um suicício naquele setor.
Por isto a Antropóloga Débora Diniz dizia que os manicômios Judiciários era o grande desafio da reforma psiquiátrica, onde estes locais deveriam ser locais não só de tratamento medicinal, mas também de esperança, afetividade, interação familiar e oportunidades de se sentir bem na sociedade.
Os CAPS é uma estratégia de saúde pública com novos objetivos, que visa reduzir os danos á saúde em consequência de práticas de riscos, devido os avanços da reforma psiquiátrica no brasil. Mas o estado precisa sempre estar atento procurando melhorar ainda mais estes lugares de tratamentos mentais, para que os pacientes se sentem seguros e amados trazendo a se mesmos o equilíbrio.
Aluna: Laísa Abade do Nasciemento
A Reforma Psiquiátrica se inicia no Brasil na década de 70, tendo como base a mobilização dos profissionais da área de saúde mental e dos familiares de pacientes com transtornos mentais, que se insere no contexto de redemocratização do país e na mobilização político-social.
A reforma é entendida como processo social complexo, que envolve mudança na assistência de acordo com os novos pressupostos étnicos e técnicos a incorporação cultural desses valores e a convalidação jurídico-legal. A partir da Lei nº 10.126, de abril de 2001, que rege sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona a assistência em saúde mental. A lei também indica uma direção para a assistência psiquiátrica e estabelece uma gama e direitos das pessoas portadoras de distúrbios mentais, regulamentando as interações involuntárias, colocando-as sob a supervisão do Ministério Publico.
Através dessa lei, surgiu a Política de Saúde Mental no qual, visa garantir os cuidados ao paciente com transtorno mental em serviços de hospitais psiquiátricos, promovendo redução programada de leitos de longa permanência, constituindo-se de uma rede de dispositivos diferenciados que permitem a atenção ao portador de sofrimento mental no seu território, realizando ações que permitam a reabilitação psicossocial por meio de trabalho, cultura e lazer.
Portanto, a Reforma Psiquiátrica é como um conjunto de transformações de praticas, valores culturais e sociais, que se originou de transtornos mentais, para melhor atender pessoas que apresentassem algum problema psiquiátrico perante a sociedade.
A Reforma psiquiátrica no Brasil iniciou-se ao final da ditadura militar, o qual teve como objetivo mudar o processo de tratamento clínico do doente mental, abolindo a internação como forma de exclusão social, ou seja, acabando com os manicômios e clínicas psiquiátricas os quais tratavam o individuo portador de doença mental como um indigente, “animais enjaulados”, isolados da comunidade. A reforma veio com uma nova visão, tendo como objetivo modificar a forma errônea de prestar assistência ao paciente com deficiência mental, fazendo com que este saia do ambiente isolador dos hospícios e manicômios, integrando-o à sociedade. Surgem assim os Centros de Atenção Psicossocial - CAPS com novas perspectivas de atendimentos, inclusive um melhor atendimento de enfermagem com responsabilidade ao enfermo, buscando diminuir as conseqüências físicas e comportamentais que estes pacientes sofriam, visando também reduzir o estigma que estes enfrentavam, onde o doente mental é tratado como um cidadão, melhorando sua expectativa de vida e sua integração na sociedade, incluindo a participação da família, onde antes não era visto. Com isso o doente pode ser tratado no CAPS e voltar para sua casa e se socializar.
O filme “A casa dos mortos” retrata bem como era a realidade dos pacientes portadores de doença mental nos manicômios e hospitais psiquiátricos, conta historias ocorridas no manicômio judiciário de Salvador, onde observamos um cotidiano carregado e sem esperança, de pessoas com uma vida totalmente abandonada pela família, excluídas da sociedade e vitimas de sua própria mente.
Contudo, hoje esses tratamentos que eram usados aos portadores de deficiência mental não são mais aceitáveis, de acordo com a lei federal 10.216 todos os indivíduos com doenças mentais devem ser asseguradas sem qualquer forma de discriminação, ser tratados como cidadãos de direito, com respeito e dignidade, tendo direito a saúde. Aluna Bárbara P. Guimarães, 7º Enfermagem
Lorena Rabelo
7º Enfermagem
Antes da reforma psiquiátrica, as pessoas com transtornos mentais eram excluídas da sociedade, mantidas em casas chamadas de manicômios, essas casas não possuía nenhum tipo de higiene nem de tratamento adequado, os pacientes eram tratados como loucos. Muitas vezes usavam meios violentos de tratamento, como choques, sangrias, chicotadas e dosagem altas de remédios. As pessoas eram esquecidas nos manicômios, as famílias dos pacientes muitas vezes por vergonha e também pela falta de conhecimento sobre a psiquiatria, e sobre a mente humana, achavam que pessoas com transtornos mentais deveriam ser isoladas do meio social, mantidas nessas casas por toda vida, sendo mal tradadas e presas.
Profissionais de saúde mental e familiares de pacientes com transtorno mental começaram uma luta antimanicomial, levando a uma reforma psiquiátrica que muda a assistência ao portador de transtornos mentais, levando em consideração preceitos éticos e sociais. Hoje é sabido que o tipo de tratamento usado em manicômios é abominável, os pacientes com transtornos mentais devem ser tratados com respeito, com dignidade e sem violência, e inseridos na sociedade para que não se sintam isolados e nem um fardo para seus familiares, isso ajuda consideravelmente na melhora da sua saúde.
No Brasil a reforma psiquiátrica é inicia no final dos anos 70, sendo um conjunto de transformações de praticas, valores culturais e sociais. Nasce assim o CAPS, um lugar comunitário, solidário, inclusivas e libertárias, que atende as pessoas com transtorno mentais em geral, incluindo usuário de crack, álcool e outras drogas, é um lugar que tem como objetivo a inclusão social de usuários e seus familiares.
Em 2001 é aprovada a lei Federal 10.216 que garante a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais e visa garantir o cuidado a esse paciente.
A política de saúde mental no Brasil evita que se prolongue a permanência do paciente em leitos psiquiátricos, que seja dada uma maior atenção ao portador de transtorno mental, e promove também a inclusão deste no meio social, proporcionando lazer e cultura ao paciente.
FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL BAHIA- 7º ENFERMAGEM
TATIANA JOSÉ CURVELO SANTANA FONSECA
REFORMA PSIQUIÁTRICA
O processo de assistência psiquiátrica no Brasil iniciou-se, a partir da chegada da Família Real, no século XIX, com intuito de afastar das ruas os doentes mentais, considerados naquela época como "loucos", que tinham sido estigmatizados pela sociedade ou familiares. Assim surgiu os primeiros manicômios, sendo caracterizados como prisões ao envies de hospitais, devido à falta de humanização, conhecimento, diagnóstico e tratamento adequado.
Devido a precariedade do atendimento aos portadores de transtornos mentais nasceu o movimento de Reforma Psiquiátrica. Na qual entendia-se como ação social complexa, que estabelecia mudanças na assistência nos pressupostos técnicos e éticos, na inclusão cultural desses estimas e convalidação jurídico-legal de uma nova resolução.
O Sistema Único de Saúde buscou soluções eficazes, sustentadas por fortes movimentos sociais e com diretrizes compactuadas nas conferências nacionais de 1987, 1992, 2001 e 2010. Surgindo assim as constituições que baseava-se na implantação de novos modelos de assistência psiquiátrica e estabelecia-se uma series de direitos as pessoas portadoras de transtornos mentais, dispondo-as sob a supervisão do Ministério Público.
Dando seguimento ao contexto da luta antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica Brasileira, ressalta-se a oficialização dos Centros de Atenção Psicossocial-CAPS, pela Portaria GM 224/92, como uma das emendas propostas pela Reforma. Esta Portaria abrangeu os CAPS no Sistema Único de Saúde-SUS, reconhecendo sua complexidade na atuação dos serviços prestados e sua amplitude. De acordo com as diretrizes o CAPS é caracterizado como um local de atendimento ao cliente com grave sofrimento psíquico, tendo como finalidade diminuir e evitar internações psiquiátricas, e articular com a rede de serviços da comunidade, de tal modo que beneficie a reinserção na sociedade.
Atualmente, pode ser observado que a Reforma Psiquiátrica Brasileira e os avanços na psiquiatria tem sido de grande valia, proporcionando impactos positivos nos portadores de transtornos mentais. Mas ainda existem distintos lugares que acometem negativamente os pacientes com transtornos psíquicos, reservando-os à intermináveis internações, suicídio ou a sobrevivência em locais desumanos. Tais situações devem ser denunciadas e melhoradas para que haja uma boa saúde mental.
Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia
Curso:7º Enfermagem
Discente: Edson Costa da Silva
Docente: Prof. Diego leal
Resenha crítica sobre o documentário “a casa dos mortos”
A casa dos mortos é um filme brasileiro, produzindo em Salvador e mostra a condição humana, social, médica e jurídica, no qual vive homens sob custódia nos hospitais de tratamento psiquiátrico, onde relaciona o tratamento com uma prisão interminável intitulada de “medida de segurança”. O filme começa com os presos mostrando o documento de soltura em regime hospitalar psiquiátrico. Através daí o autor busca, no documentário trazer a realidade dos hospitais psiquiátricos que deveriam ter o papel de recuperar esses doentes que embora, sejam presidiários, são seres humanos que precisam ser humanizados , reabilitados e ter condições de viver em sociedade . Na trajetória da casa dos mortos, o autor mostra os pontos estruturais, como superlotação e leitos pelos corredores, em seguida ele aponta, que o hospital nada mais é do que “a casa dos mortos”. Insuflando o esquecimento e o descaso com que é tratado os pacientes vítimas do ônus social, gerido por uma política punitória e repulsiva justificada pelo sistema como mecanismo de segurança. No documentário, o autor apresenta o suicídio de Jaime, usuário de drogas, agressivo, no qual relata sua trajetória como viciado, descompensado. Cometeu um homicídio e vários outros crimes, indo parar no hospital psiquiátrico. O autor narra a morte de Jaime, onde o mesmo confessa já ter matado vinte e ele seria o vigésimo primeiro. Vivendo isolado dos outros, ele mentaliza e orquestra a própria morte, uma cena de suicídio num lugar onde a mente é o seu pior inimigo. Depois, ele faz um paradoxo com a vida de Antônio também usuário de drogas, cometeu vários crimes. O autor mostra a mentalidade desses homens. A maioria deles possuía pensamentos desordenados e ideologias fragmentadas e desconectadas do tempo. A ultima cena narra a vida de Almerindo um homem com problema psiquiátrico que foi parar no hospital psiquiátrico, na vida de Almerindo, o autor mostra o esquecimento da família do doente, sem casa, sem parentes, sem vida social, a casa dos mortos se justifica, por hospedar seres humanos devastados mentalmente e setencionados a viverem enjaulados pela sociedade. Desse modo fica uma Duvida, o que fazer para sanar esse problema social? Se o retorno ao convívio social, leva-os a riscos ou a inapetência da família que muitas vezes são humildes e sem posses, não podendo tratá-las. A resposta é um problema de saúde, cuja fórmula não está acessível às politicas de saúde pública atual, que embora, sejam bonitas no papel, são difícil de se executar...
A REFORMA PSIQUIÁTRICA - Percepção da Acadêmica de enfermagem Eliani Silva Santos, 7º Período de Enfermagem.
A Reforma Psiquiátrica surge com uma política de qualidade de vida para pessoas com deficiência mental, respeitando e garantindo-as o direito de ser tratado como um cidadão normal. Porém, observa-se, na atualidade que no passado as pessoas portadoras de transtorno mental eram excluídas e retiradas da sociedade. Sem nenhum tipo de planejamento e conhecimento do real diagnóstico, sendo, assim, mandada a manicômios que não possuíam estrutura física, higiene, alimentação adequada, os tratamentos eram através de torturas e altas doses de fármacos, as famílias abandonavam-nos lá e nunca mais voltavam, os pacientes cada dia mais marginalizados sofriam o preconceito e especialmente não haviam profissionais da saúde capacitados e comprometidos em amparar na reabilitação dos pacientes, uma vez que pouco se compreendiam sobre a mente humana, chegando até mesmo ao ponto de acreditar que as pessoas com transtorno mental eram possuídas por espíritos ruins. Como retrata A Casa dos Mortos, onde podemos ver histórias de um cotidiano sombrio e sem esperança, pessoas com uma vida totalmente desoladas e vitimas de sua própria mente. Visualizando o vídeo não é difícil compreender que as condições dos moradores da Casa dos Mortos não é uma das mais salubres, a tristeza e a revolta fazem parte da rotina das pessoas que ali se encontram.
Para acalentar o sentimento dessas pessoas e trazer o respeito e a dignidade, a reforma psiquiátrica vem com um desígnio de acabar com manicômios e fazer com que esses pacientes sejam respeitados na sua individualidade, resgatando assim seus diretos de cidadão e excluindo a internação como forma de exclusão da sociedade. Nesse aspecto essa reforma traz a reintegração por meio de oficinas, CAPS, cooperativas de trabalho, e entre outros. Então podemos observar que a Reforma Psiquiátrica luta por uma melhoria das condições de vida para as pessoas com transtornos mentais, visando mudar o quadro da saúde mental dessas pessoas, e por isso a luta antimanicomial continua em busca cada vez mais do respeito aos direitos humanos. Excluir
A Reforma Psiquiátrica
A loucura existe há séculos hoje tratada como um caso médico outrora pessoas portadoras da loucura propriamente dita eram motivo de chacotas, pois a população os intitulava comopossuídos pelo demônio, marginais por não se enquadrarem nos padrõesmorais sociais, e daí acabavam internados nas casas de recuperação, manicômios e etc. osverdadeiros depósitos humanos.
Se olharmos um pouco atrás veremos que os doentes mentais eram tratados como pedras no sapato da sociedade e claro, incomodavam bastante e assim eram banidos da convivência social, familiar e etc. o que sem dúvidas agravavam seu estado mental sem o tratamento adequado. Durante o documentário A casa dos mortos, fica explícito o grau de acometimento da saúde mental dos internos o que deixa bem claro a grande necessidade de uma reforma psiquiátrica propriamente dita para um tratamento humanista e apropriado aos portadores de distúrbios mentais.
A reforma psiquiátricapretende construir um novo estatuto social para o doente mental, que lhe garanta cidadania, o respeito a seus direitos e sua individualidade. Mas embora o Brasil já tenha dado um grande passo quanto a essa problemática com a criação dos CAPS, por exemplo, o meio com qual se tem para alcançar êxito nesta luta é um tanto quanto árduo,visto que ainda existem os famosos manicômios espalhados por todo o Brasil e a pouca ou quase nenhuma capacitação profissional para este tipos de transtorno.
A REFORMA PSIQUIÁTRICA - Percepção da Acadêmica de enfermagem Eliani Silva Santos, 7º Período de Enfermagem.
A Reforma Psiquiátrica surge com uma política de qualidade de vida para pessoas com deficiência mental, respeitando e garantindo-as o direito de ser tratado como um cidadão normal. Porém, observa-se, na atualidade que no passado as pessoas portadoras de transtorno mental eram excluídas e retiradas da sociedade. Sem nenhum tipo de planejamento e conhecimento do real diagnóstico, sendo, assim, mandada a manicômios que não possuíam estrutura física, higiene, alimentação adequada, os tratamentos eram através de torturas e altas doses de fármacos, as famílias abandonavam-nos lá e nunca mais voltavam, os pacientes cada dia mais marginalizados sofriam o preconceito e especialmente não haviam profissionais da saúde capacitados e comprometidos em amparar na reabilitação dos pacientes, uma vez que pouco se compreendiam sobre a mente humana, chegando até mesmo ao ponto de acreditar que as pessoas com transtorno mental eram possuídas por espíritos ruins. Como retrata A Casa dos Mortos, onde podemos ver histórias de um cotidiano sombrio e sem esperança, pessoas com uma vida totalmente desoladas e vitimas de sua própria mente. Visualizando o vídeo não é difícil compreender que as condições dos moradores da Casa dos Mortos não é uma das mais salubres, a tristeza e a revolta fazem parte da rotina das pessoas que ali se encontram.
Para acalentar o sentimento dessas pessoas e trazer o respeito e a dignidade, a reforma psiquiátrica vem com um desígnio de acabar com manicômios e fazer com que esses pacientes sejam respeitados na sua individualidade, resgatando assim seus diretos de cidadão e excluindo a internação como forma de exclusão da sociedade. Nesse aspecto essa reforma traz a reintegração por meio de oficinas, CAPS, cooperativas de trabalho, e entre outros. Então podemos observar que a Reforma Psiquiátrica luta por uma melhoria das condições de vida para as pessoas com transtornos mentais, visando mudar o quadro da saúde mental dessas pessoas, e por isso a luta antimanicomial continua em busca cada vez mais do respeito aos direitos humanos. Excluir
O documentário “A Casa dos Mortos” foi realizado pelo Ministério da Saúde, no ano de 2010, com base no poema de mesmo nome escrito por Bubu, cliente com doze internações em manicômios judiciários. A produção traz uma reflexão sobre os hospitais-presídios em vários aspectos, ressaltando a história de vida/morte de três clientes do Hospital Judiciário de Salvador / BA – HCT.
Inicialmente, e durante todo o documentário, há auto-apresentações dos pacientes onde relatam quem são, o que gostam de fazer, o motivo pelo qual estão inseridos na instituição, além de reclamações sobre o fato de já terem pago tempo de cadeia e ainda não sofrerem remoção. Há ainda a vontade de voltar às suas casas, para cuidarem ou estarem perto de seus familiares, e a perceptível forma de uns tratarem a instituição como hospital e outros, como cadeia.
Em seguida, são descritas as histórias dos clientes Jaime, Antônio e Almerindo, ambos considerados abandonados e esquecidos, e, com base nos delitos cometidos, representantes de riscos para o convívio ou a vida social. Jaime se suicidou, de forma trágica, e como é descrita no documentário, de forma inteligente, para que o suicídio fosse eficiente e eficaz.
Antônio estava retornando ao HCT, pois já havia sido internado na instituição uma vez. No processo de readmissão foi obviamente perceptível o descaso para com o cliente de profissionais e funcionários da instituição, através do momento do acolhimento, da forma como o diálogo se estabelecia, do julgamento formulado do cliente, do estigma preconizado, que não são condizentes com um bom relacionamento com o paciente.
Foi exposto em seguida um momento de visitação de um grupo religioso que é o que pode ser considerado como a visão de uma parcela da sociedade sobre esses clientes com transtornos mentais que cometem crimes na sociedade. Neste momento, o acolhimento também apresentou falhas, pois não foram proferidas palavras de conforto, que promovesse bem-estar, sendo marcado por repreensões, reafirmando toda a imagem ruim que um dia foi proferida.
Mais uma vez a falta de humanização na dinâmica institucional foi apontada, quando Almerindo foi apresentado. Numa tentativa de diálogo onde não houve pronunciamento do cliente de forma que viesse a colaborar, uma profissional reafirmou que “ele não era ninguém” e que “ele estava sozinho e esquecido”, reafirmando o que cliente havia dito, que “ele havia morrido mesmo, ele estava ali para morrer”.
É relatado ainda a situação em que vivem todos os pacientes inseridos na instituição, sobre os aspectos de alimentação, interação, condições de higiene, estadia e segurança, que são todas precárias e inumanas.
O documentário traz essencialmente uma reflexão sobre a necessidade da reforma psiquiátrica, visto que é inerente à mesma a observação do paciente portador de transtorno mental de forma humanística, independente de histórico criminal. A visão humanística analisa o paciente sobretudo como um ser humano, um cidadão, alguém que necessita de cuidados, visão esta que foge à institucionalização dos manicômios: o cliente não é nem assistido e nem julgado de forma humana, de forma constitucional.
A reforma defende a mudança de atendimento clínico aos portadores de transtornos mentais, através da desativação dos manicômios, pela sua ineficiência, ineficácia e inconstitucionalização dos direitos humanos, e investimento em rede de serviços que atendam e assistam a estes pacientes, de forma que não haja internação, mas sim uma reintegração do cliente à sociedade, ao afazeres e relacionamentos sociais.
Nas casas dos mortos, os pacientes só possuíam um destino: a morte, de acordo com o poema de Bubu. Seja através de atos de suicídio, de internações reincidivas ou de tentativas de sobrevivência à prisão perpétua, eram sujeitos à esquecimento e negligência.
Porém, a base dos ideais da Reforma Psiquiátrica, inerente à todo ser humano, sendo doente mental ou não, tendo direito à saúde e vida de qualidade e assistência integral, constitui uma rede de serviços ainda com falhas, onde se percebe a carência de profissionais interessados a cumprir esses ideais, a se especializar e se prontificar a assistir a clientela, e subsídios estruturais para que haja recursos para proporcionar condições que resultem em reintegração social: oficinas com diversificação de atividades, melhores condições de estadia, higiene, alimentação, atividades de lazer e segurança.
Caso contrário, estarão sendo criados mini-manicômios, ou manicômios não-integrais, e todo o ideal da Reforma não surtirá efeito algum, dando prosseguimento a inserção de seres humanos às casas de morte, de onde não sairão vivos, ou não serão mais humanos.
Aluna: Lívia Tatyana Silveira Sales
Resenha Crítica
Tema : Reforma Psiquiátrica
Observa-se que antes da Reforma psiquiátrica pessoas portadoras de transtornos mentais, eram ditas como “Loucas”, e assim excluídas e retiradas da sociedade até mesmo por seus familiares que não sabiam lidar com situações ou por vergonha, os deixando abandonados, enjaulados e até humilhados, deste modo eram colocadas em instituições que era ditas como tratamento, essas instituições eram os manicômios ou sanatórios, onde não possuía estrutura física adequada, alimentação, higiene e profissionais capacitados em reabilitar o paciente. Os tratamentos eram por meio torturas e altas doses de medicamentos, para manter sempre os pacientes dopados, pois naquela época não havia qualquer tipo de planejamento, conhecimento do diagnostico, onde tão pouco se sabia sobre mente humana.
Com as experiências e reflexões de Franco Basaglia no norte da Itália, o conceito de Reforma Psiquiátrica sofre uma radical transformação. Com a Reforma psiquiátrica o modelo foi alterado a partir da publicação da Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que aponta sobre o direito de pessoas portadoras de transtornos mentais a proteção, o respeito, a ética, informações sobre seus transtornos. Essa reforma que, mais do que denuncia os manicômios como instituições de violência, propõe a construção de uma rede de serviços e estratégias territoriais e comunitárias, profundamente solidarias, inclusivas e libertárias. No Brasil o movimento iniciou no final da década de 70 com a mobilização de profissionais da saúde mental e familiares de pacientes. Da lei nº 10.216 origina-se a política de saúde mental, onde visa garantir o cuidado ao paciente com transtorno mental em serviços como o CAPS, superando assim a lógica das internações que permaneciam por muito tempo e o isolando do convívio da família e da sociedade como um todo.
Contudo percebemos a mudança que houve com a reforma psiquiátrica, hoje com várias leis e mais serviços aos portadores de transtornos mentais eles já conseguem se inserir na sociedade, alguns já não precisam mais ficar internados, só necessita tomar seus medicamentos e ir regularmente ao posto de saúde. Entretanto vamos continuar fazendo a diferença deixar o preconceito de lado, e perceber aquele individuo, não como um doente, mas sim como um ser humano que precisa de ajuda, atenção e respeito.
Janine Macêdo Lima
DINIZ, Debora. "A casa dos mortos". Produtora de filmes sobre direitos humanos Imagens livres, 2009.
1 CREDENCIAIS DOS AUTORES
Debora Diniz é antropóloga, documentarista, professora da Universidade de Brasília e pesquisadora do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (ANIS).
Data: 07/03/2014
Aluno: Francisco Hélio Oliveira Júnior
Resenha Crítica
Tema : Reforma Psiquiátrica
Casa dos Mortos até quando?
A Casa dos Mortos, um curta-metragem produzido pelo Ministério Da Saúde do Brasil, foi realizado através de imagens e entrevistas colhidas no HCT- Manicômio Judiciário de Salvador –BA, com o objetivo de transmitir ao telespectador os principais aspectos ou características, bem como, de uma forma geral e menos detalhista, as rotinas e programas de tratamento em saúde mental, desse tipo de instituição.
Esse curta, não aborda diretamente os profissionais envolvidos, da instituição, e sim pesquisa relatos de vivências dos pacientes , que por sua vez, são indivíduos portadores de transtornos mentais, que segundo o Poder Judiciário os influenciaram a cometer certos crimes e, por isso, cumprem pena na instituição reformatória.
Os produtores do filme ainda destacam que, o regime manicomial no atendimento à esses indivíduos, não têm demonstrado um resultado positivo, pois muitos dos internos, que têm seu tratamento finalizado, acabam retornando à casa, devido à recaídas de seus transtornos correspondentes, dentre muitos outros casos como o do interno Jaime, que se suicida, durante o período em que foram realizadas as gravações.
Está claro, ao se assistir a Casa dos Mortos, que o Ministério aborda seu ponto de vista, com relação ao regime manicomial brasileiro, como um sistema que a cada dia que passa se torna mais obsoleto, já que demonstra uma grande ineficácia por parte do tratamento ao deficiente mental. O filme praticamente “grita” por uma Reforma Psiquiátrica, que um dia possa tornar mais humana e integral a assistência a essa classe de pacientes.
A Reforma Psiquiátrica, como o nome já diz, é um movimento internacional, por parte do profissionais de saúde mental, que teve sua origem e ascensão teórica, pelo menos aqui no Brasil, no auge da democracia, onde os direitos humanos tomam um grande impulso de reconhecimento por parte da população, que passa a questionar o que fere ou não seus princípios.
Esse tipo de reforma surge então, com o objetivo de abolir esse sistema medieval de tratamento aos portadores de transtornos psíquicos, onde os mesmo são privados de seus direitos à vida digna e liberdade, pois são isolados, drogados e muitas vezes torturados, por representarem uma ameaça direta e constante à integridade social. Dessa maneira, a reforma visa um atendimento mais humano desses pacientes, onde possam ser abordadas todo o seu corpo biopsicossocial.
Quando se fala em tratamento do corpo biopsicossocial , quer dizer uma sistematização por parte dos profissionais de saúde da área (principalmente os enfermeiros), que contemple todas as esferas da vida do cliente, para que seu transtorno possa ser compreendido e contextualizado, onde então serão traçados planos de cuidado, que não necessitem de internamento, nem uso constante de drogas psicoativas, muito menos de terapias torturantes, cujos principais métodos são brutais e podem ser vistos em museus da história medieval.
Eu como estudante de Enfermagem, acredito na Reforma Psiquiátrica e simpatizo com o objetivo do filme, que está se tornando a cada dia que passa mais realista e ao alcance dos profissionais de saúde. Hoje em dia nós temos um grande avanço do SUS, com relação a essa temática, que é nada mais nada menos, do que a criação dos Centros de Assistência Psicossocial (CAPS).
O CAPS, é uma instituição voltada para fins preventivos, onde pessoas vítimas de síndromes mentais, são tratadas a fim de não desenvolverem surtos sérios, correspondentes à suas doenças, que possam gerar danos à vida da sociedade, bem como suas punições que “fabricam” os manicômios como o da Casa dos Mortos. A abordagem dessas instituições são basicamente a de conversações, terapias sociais e cognitivas a fim de inserir o indivíduo em uma vida social normal, livre de preconceitos e danos.
Este tipo de abordagem é muito útil na recuperação do cliente, onde podem ser reduzidos os preconceitos, o autopreconceito, além dos distúrbios físicos que as síndromes causam, sem contar que é um enorme passo para a consolidação de um sonho reformista, por parte de mentes vanguardistas, que trarão “luz” á saúde mental, bem como conquistas que tornarão a sociedade brasileira mais humana e universal.
Como estudante da Saúde Mental e defensor do pensamento crítico e reflexivo, minha opinião é a de que, no dia em que forem fechados todos os manicômios existentes em todo o nosso território e as abordagens do CAPS, passarem por aperfeiçoamento, nesse dia os profissionais da saúde mental passarão a se sentir mais úteis e a saúde poderá se elevar à um grau mais humano e amplo, porém para isso deve-se deixar claro a importância do treinamento de recursos humanos que estão por vir.