Relato de Experiência Fiocruz/ BIREME/OPAS/OMS

Relato de Experiência Fiocruz/ BIREME/OPAS/OMS Em álbum interativo com slides e áudios online: https://www.familysearch.org/photos/gallery/album/1049792?playSlideshow Em texto resumido: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/155345899?cid=mem_copy História da Escola de Abordagem Terapêutica Intercultural Brasileira Sistêmica de Pics: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/155437740?cid=mem_copy

Relato de Experiência "APS Forte"

*Relatório Sistêmico do Laboratório de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Lab-Pics) em 2022* Encaminhado para o prêmio "APS Forte" OBJETIVOS Objetivo Geral Expandir ações da Escola Sistêmica Híbrida de Santa Cruz Cabrália para ofertar cursos, vivências e capacitações de desenvolvimento pessoal e harmonização com a filosofia sistêmica. Objetivo Específico 1 Oferecer inicialmente oito módulos opcionais, com certificação aos participantes, de auto-cuidado, formação de reiki, toque sistêmico, comunicação sistêmica, prática corporal sistêmica, meditação sistêmica, cuidado sistêmico e prática circular sistêmica. 2 Oferecer suporte online através de rodas virtuais nas redes sociais, ligados ao Programa Voluntário de Apoio e Promoção de Saúde Integral. 3 Registrar atividades em conformidade com o laboratório sistêmico ligado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia. 4 Realizar atividades intersetoriais de correlação entre as secretarias de saúde, educação, desenvolvimento social, turismo, cultura, meio ambiente e qualquer outra do interesse da gestão. 5 Realizar vivências terapêuticas com profissionais da prefeitura, cuidadores, trabalhadores das empresas cadastradas na escola sistêmica. MÉTODOS A divulgação e ofertas dos cursos oferecidos foram realizadas na plataforma do Programa de Apoio e Promoção de Saúde Integral, onde também ficaram arquivadas algumas das postagens e documentários produzidos, através de arquivologia digital em nuvem gratuita. As aulas sistêmicas foram executadas via sala no aplicativo gratuito google meet, após divulgar o link nos grupos virtuais institucionais específicos, onde foram reunidos os contatos matriculados nos cursos, nos aplicativos telegram e whats app. O controle do desempenho dos discentes foi feito via planilhas digitais do google, sempre monitoradas pela gestão e por cartões de aprazamento, registrados à mão pelos discentes e rubricados pelo docente após o cumprimento das tarefas. As apresentações, seminários, conferências, oficinas e demais eventos online da rede foram divulgados e realizados através da mesma plataforma e rede virtual. Foi realizado acolhimento e cadastro online através de bancos de dados gratuitos do google, seguido de apoio e acompanhamento através das dinâmicas e anúncios de eventos das rodas virtuais. Foi construída planilha do google com informações sobre o público alvo coletadas por esforços voluntários. Foram promovidas reuniões regulares online ou presenciais com as secretarias envolvidas, de acordo com as possibilidades da gestão. As vivências foram realizadas sob a supervisão do Serviço Social e Enfermagem do NASF/Npics de Santa Cruz Cabrália, tanto no seu respectivo Espaço físico dentro da Clínica Municipal de Reabilitação e Fisioterapia, quanto virtuais e nos Espaços cadastrados no Programa de Saúde Integral, como o Espaço Korihé, Instituto Terra Máter, Espaço Flor de Lótus, Vila Criativa e Base de Canoagem Havaiana da CPP Extreme. Nas redes sociais como whatsapp e Google meet, foram utilizadas a condução de oficinas de auto massagem, meditação reikiana e sistêmica, a abordagem integrativa indígena Korihé, assim como a Terapia Comunitária Integrativa e a Constelação Familiar Sistêmica. As abordagens em Grupo utilizaram os espaços virtuais do whatsapp, facebook, youtube e instagram do Programa Voluntário de Promoção de Saúde Integral, que já atua em parceria online com a Prefeitura de S. C. Cabrália há vários anos. Por conta das demandas dos atendimentos na pandemia, iniciei a realizar abordagens através de listas de transmissão com contatos de moradores cadastrados em Cabrália, divididos entre os temas solicitados, ainda em construção coletiva (Pics em geral, emagrecimento, realização profissional, dor crônica, relacionamentos saudáveis, resiliência, controle da raiva e agressividade, angústia espiritual). Com relação aos atendimentos presenciais, onde foram pactuados e desenvolvidos Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), com a equipe do Nasf e foram acolhidos alguns casos, com sessões terapêuticas sistêmicas. Relatando um pouco mais a respeito dos métodos adaptativos que utilizamos, buscamos priorizar o uso das redes sociais e outros recursos à distância, que conseguissem abranger os princípios da atenção psicossocial. Os técnicos da estratégia de saúde da família e o atendimento online dos psicólogos conseguiram rastrear e captar muitos dos casos que não conseguiram desenvolver a autonomia da cura com medidas caseiras para a resiliência emocional. Alguns precisaram arriscar-se à atendimentos presenciais na Sala do Nasf, na Clínica de fisioterapia, que foram desenvolvidos uma ou mais vezes por semana, quando solicitado pelo Serviço social, em casos prioritários, ou nas Unidades de Saúde da Rede e nestas circunstâncias, em casos classificados como necessários para desenvolvimento de Projeto Terapêutico Singular, foram introduzidas Pics em associação à abordagem psicológica, como exemplo a Auriculoterapia da Medicina Tradicional Chinesa, Shiatsu, Constelação Familiar Sistêmica e Imposição de Mãos/Reiki presencial ou à distância. Foram atendidos presencialmente alguns casos encaminhados, acompanhados pelos Psicólogos, Patrícia e Anderson, com sessões terapêuticas. Foram encaminhados alguns casos também pelos médicos e odontólogos, para avaliações sobre sessões de reiki ou constelação sistêmica. Foram atendidos presencialmente alguns casos, que não aderiam ao atendimento com a psicologia. Foram atendidos casos do Programa "Cuidando do Cuidador", onde não foram abertos prontuários, pois os servidores envolvidos desejavam que não houvessem registros. As sessões terapêuticas sistêmicas presenciais foram executadas para um grupo de pessoas, que nos forneceram o cartão SUS, e receberam acompanhamento diário ou semanal através de rodas sistêmicas no Whats App, tanto do voluntariado do Projeto Social parceiro, quanto grupos criados pela equipe do Nasf, com o propósito de educação popular, incluindo as Pics. De forma sistêmica, foi expressa profunda gratidão, tanto aos gestores, quanto à todas nossas equipes da rede APS e especialmente pela entrega dos que receberam nossos cuidados, científicos, holísticos e tecnológicos. RESULTADOS Do ponto de vista técnico-científico, o ano foi especialmente importante, pois conseguimos expandir ações da monitoria do Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia para a Atenção Básica, adaptando o uso conjunto destas técnicas à novas associações com a abordagem da Psicologia da ACP e da TCC (No Caps, já havíamos integrado as Pics à psicologia transpessoal, à Fisioterapia e ao Serviço Social), assim como à Educação Física. Continuar otimizando a associação das 29 pics cadastradas pelo Ministério com outras abordagens e as intervenções da equipe interdisciplinar, também é uma das metas do Lab-Pics para 2022. A partir do momento em que foi inaugurada a Clínica de Reabilitação e Fisioterapia, com uma sala para o Nasf, as forças, atenção e energias tanto da Enfermagem e Serviço Social do Nasf/Npics como de alguns voluntários e estudantes da Escola Energético- Sistêmica que foi organizada pela Atenção Básica, estiveram voltadas ao desenvolvimento das atividades do Laboratório Sistêmico de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Lab-Pics). Foram ministradas aulas teóricas online e práticas vivenciais de um curso de reiki, toque terapêutico Sistêmico e integrativo, para profissionais, voluntários e usuários do SUS. Foram formadas classes para estudar e praticar aspectos da abordagem sistêmica, como a comunicação, meditação, práticas corporais e cuidado sistêmico. Foram alcançados excelentes resultados, como mérito de um belo esforço coletivo e não egóico. Em meio à uma verdadeira "batalha invisível", a um "combate emocional", vivenciado por nossos pacientes, ainda em período pandêmico, conseguimos coletar explêndidos relatos e evoluções bem sucedidas em casos que foram atendidos utilizando Pics através da internet e especialmente em alguns casos, atuando ao lado da Assistente Social e a Psicóloga do NASF e os demais psicólogos, da Policlínica e Caps. Nossa profunda gratidão, Diego da Rosa Leal Enfermeiro e Professor Sistêmico Laboratório Vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia (Npics/Geppics/UFSB) Prefeitura de Santa Cruz Cabrália

quarta-feira, maio 22, 2013

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE - A NECESSIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS NA SAÚDE

Ao falar sobre a responsabilidade da gerência, vou ressaltar as palavras de Carvalho e Eduardo (1998), quando afirmam que os administradores terão de adotar novas condutas e modelos de administração. Vislumbro em nossa realidade que, como o autor afirma, não será possível trabalhar apenas com sistemas informais, ou seja, subjetividades. Será necessário incorporar a produção e análise das informações como suporte básico para a tomada de decisão racional e eficiente. Indubitavelmente, informação é o suporte básico para uma gerência eficiente.Veiga Filho (2001), ressaltou o interesse do Ministério das Telecomunicações Brasileiro na universalização dos serviços de telecomunicações, com a política de procurar levar linhas telefônicas a todos os brasileiros, onde quer que estejam, o que, segundo ele, foi o mandamento dos contratos e leis da época. Concordo com o brado forte do autor de que o avanço das telecomunicações é essencial para um país que quer se desenvolver, uma vez que hoje o desenvolvimento passa pela informação. Cita que:


 ... a grande revolução que o mundo está vivendo é a da comunicação. Revolução talvez maior do que as revoluções anteriores que a humanidade já viveu. O país que não conseguir pelo menos estar integrado a este processo ficará abaixo do desenvolvimento. Mas aqueles que conseguirem se colocar melhor certamente poderão superar os demais e ganhar várias casas nesta impressionante corrida do desenvolvimento.(VEIGA FILHO, 2001p. ).


Certamente, não se pode progredir em informática ou conexões de informações em rede de Internet, se não for montada uma grande infra-estrutura. Foi objetivo da parceria do Ministério das Telecomunicações com o Ministério da Saúde, a interligação em rede e com conectividade das equipes do programa Saúde da Família, os serviços gerenciais de consulta e a viabilização em todo o país do Cartão SUS. O autor menciona a absoluta realidade vigente no mundo contemporâneo, quando afirmou que:


... Internet hoje quer dizer acompanhamento simultâneo do que acontece no mundo, mas não apenas no entretenimento, não apenas na informação contemporânea, mas, mais do que isso. Internet hoje quer dizer conteúdo de conhecimento: o que vai fazer a diferença entre os países do futuro é entre os que têm conhecimento e os que não têm conhecimento. Hoje o caminho do conhecimento é a Internet...(VEIGA FILHO, 2001).



Em fevereiro de 2006, o Conselho Municipal de Saúde do município de Cascavel - PR, registrou que


... com a informatização das Unidades Básicas de Saúde estaria se resolvendo grande parte dos problemas e  o trabalho teria mais qualidade, com remanejamento de pacientes... A informatização estará ajudando em muito, também com pacientes que são de outro município com isso estariam reordenando o trabalho.... (CASCAVEL, 2006).


Percebemos o interesse no assunto por meio da terceira etapa do estudo do NEPP/UNICAMP (2004), relacionado aos Pólos de Capacitação, Formação e Educação Permanente de Pessoal para a Saúde da Família (Pólos), um recurso institucional financiado pelo Ministério da Saúde, que visou analisar a relação entre as atividades dos Pólos, seu projeto educacional e o trabalho das equipes do PSF na instância local, objetivando promover o “encontro” entre a capacitação ofertada e as necessidades reais das equipes operacionais. Ao término deste estudo, passou a ser recomendado o investimento no nível de informatização das unidades, ampliando a disponibilidade de computadores e a capacitação dos profissionais para reduzir a dificuldade de acessar a Internet e usar outros programas. Ao realizar a busca de artigos na Internet para embasar este estudo, encontraram-se outros com teor semelhante a este, os quais não incluí na revisão.


SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA: UM INSTRUMENTO PARA SUPERVISÃO E GERÊNCIA


De acordo com Santana citado por Lazzarotto (2001), o desenvolvimento gerencial das Unidades Sanitárias do Sistema Único de Saúde – SUS, tem como objetivo: a identificação/ análise do processo de produção, a sua inserção no contexto social, identificação/ conhecimento da população da área de abrangência, as características demográficas, as condições de saúde, o conhecimento do perfil epidemiológico da população, a análise da cobertura e o grau de impacto da satisfação da população em relação à oferta dos serviços produzidos. Seguindo a lógica do SUS, que possue bancos de dados com cobertura nacional e arquitetura hierárquica, os dados são repassados às demais esferas de governo, sendo de responsabilidade da gestão municipal a captação e o correto preenchimento das variáveis, inclusive aquelas de localização geográfica (como nome código de logradouro, e bairro de residência). No entanto, como aponta Barcellos (1999), algumas características podem ser aprimoradas, como a falta integração entre sistemas, que gera: redundância e inconsistência de dados; dificuldade de utilização dos dados para vigilância epidemiológica e dificuldade de compartilhamento dos dados dos pacientes entre secretarias de saúde municipais / estaduais. Este autor reconhece o avanço adquirido com o uso de paginas dinâmicas, e com o fato de que a maior parte dos bancos de dados de interesse a saúde hoje apresentam componentes espaciais, podendo ser citados como exemplos alguns serviços gerais de saúde (hospitais, unidades básicas, unidades de saúde da família, ambulatórios, consultórios, etc.), da vigilância sanitária (nascidos vivos, óbitos)• dos agravos epidemiológicos, das zonas de risco, entre outros. Afirma ainda que apesar de fazer parte da maioria dos bancos de dados, apresenta-se como um componente freqüentemente negligenciado, ocasionando que os dados sejam pouco explorados e valorizados.Conforme apresentado pelo Ministério da Saúde (2004), cito a seguir parte da tabela do SUS, alguns Sistemas que auxi¬liam na coleta de informações do SUS, na área de saúde familiar, que deverão ser conhecidas pela maior parte da comunidade profissional e científica, da saúde pública ou não, como conseqüência da inter-setorialização que vem sendo preconizada.Tabela 1- Sistemas de Informação do SUS, voltados á saúde familiar.


Siab Sistema de Informação de Atenção Básica     Subsidia municípios, estados e o Ministério da Saúde com informações fundamentais para o planejamento, acompanhamento e avaliação das ações desenvolvidas pelos Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e as equi¬pes do Programa Saúde da Família (PSF).     Oferece aos usuários os seguintes níveis de implantação: Nacional, Estadual/Regional, Municipal e Unida¬des Básicas.Sigab Sistema de Gerenciamento de Unidade Ambulatorial Básica     Automatiza a coleta de dados sobre os procedimentos executados, oferecendo aos gestores informações so¬bre atendimento clínico, odontológico, imunizações e serviços complementares.      Fornece informações estratificadas de endemias e mor¬bidade, relativas à população atendida pelo ambulatório.


Brasil (2003) explana sobre o sistema de incentivos do Ministério da Saúde, relacionado com o Piso de Atenção Básica Variável (PAB-Variável), onde são repassados recursos aos municípios de acordo com o número de equipes de saúde da família, entre outros serviços oferecidos à população. O repasse destes recursos está vinculado e condicionado à alimentação do SIAB, com os dados mensais apropriados, colhidos das equipes através de instrumentos próprios do Programa ministerial. No entanto, os dados colhidos têm um propósito muito maior do que prestar contas a fim de manter o recebimento de recursos. Eles devem ser analisados e utilizados como subsídio para o desenvolvimento de uma série de atividades.O Sistema de Informação da Atenção Básica - SIAB foi implantado em 1998 em substituição ao Sistema de Informação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde - SIPACS, pela então Coordenação da Saúde da Comunidade/ Secretaria de Assistência à Saúde, hoje Departamento de Atenção Básica/ Secretaria de Atenção à Saúde, em conjunto com o Departamento de Informação e Informática do SUS/ Datasus/ SE, para o acompanhamento das ações e dos resultados das atividades realizadas pelas equipes do Programa Saúde da Família - PSF. O SIAB foi desenvolvido como instrumento gerencial dos Sistemas Locais de Saúde e incorporaram em sua formulação conceitos como território, problema e responsabilidade sanitária, completamente inserido no contexto de reorganização do SUS no país, o que fez com que assumisse características distintas dos demais sistemas existentes. Tais características significaram avanços concretos no campo da informação em saúde. Dentre elas, destacam-se: a micro-espacialização de problemas de saúde e de avaliação de intervenções; utilização mais ágil e oportuna da informação; produção de indicadores capazes de cobrir todo o ciclo de organização das ações de saúde a partir da identificação de problemas; consolidação progressiva da informação partindo de níveis menos agregados para mais agregados. Por meio do SIAB obtêm-se informações sobre cadastros de famílias, condições de moradia e saneamento, situação de saúde, produção e composição das equipes de saúde. É o principal instrumento de monitoramento das ações da Saúde da Família, tendo sua gestão na Coordenação de Acompanhamento e Avaliação/ DAB/ Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), cuja missão é monitorar e avaliar a atenção básica, instrumentalizando a gestão, fomentando/ consolidando a cultura avaliativa nas três instâncias de gestão do SUS. Em seu estudo exploratório, França (2001), menciona a grande utilidade que os dados obtidos dos bancos de dados do SIAB apresentam para o planejamento, gerenciamento e efetividade da Estratégia Saúde da Família, quando devolvidos para as unidades-fonte, no sentido de “feedback". A disponibilização da base de dados do SIAB na Internet faz parte das ações estratégicas da política definida pelo Ministério da Saúde com o objetivo de fornecer informações que subsidiem a tomada de decisão pelos gestores do SUS, e a instrumentalização pelas instâncias de Controle Social, publicizando, assim, os dados para o uso de todos os atores envolvidos na consolidação do SUS. A autora refere ainda que a questão dos dados sobre as condições de saúde da população e sua informatização, é considerada um dos temas prioritários para a gestão do Ministério da Saúde desde 1995. A partir de então é constituído, conforme Portaria Ministerial n. º 1311 de 17/07/95, editada pelo Ministério da Saúde, um grupo de trabalho com o objetivo de estudar e propor soluções com vistas à organização de um Sistema Nacional de Informações de Saúde e a informatização das instituições integrantes da rede de ações e serviços de saúde do país. Atendendo às recomendações deste grupo de trabalho, o Ministro da Saúde criou a Comissão de Informação e Informatização do Ministério da Saúde. Segundo França (2001), o documento aprovado pelo Ministério da Saúde, através da Portaria Ministerial n. º 3 de 4/01/96, ressalta que a concepção dos sistemas está relacionada com a infra-estrutura da organização do setor saúde, onde, também em minha opinião, encontramos várias dificuldades. No nível federal os órgãos coletam dados em sistemas compartimentalizados com pouca ou nenhuma articulação. Nos níveis estadual e municipal mesmo que existam órgãos específicos para a informação, estes não está adequada às necessidades de desenvolvimento e de responsabilidade de gestão do setor saúde. A autora lembra que se junta a isso a insuficiência de recursos, particularmente de recursos humanos qualificados, tanto para operação quanto para o desenvolvimento dos sistemas de informação em saúde. A falta de padronização dos procedimentos de obtenção, tratamento, análise e disseminação das informações, também são observados. Evoco as palavras de Brasil (1993), no sentido de sensibilizar os gestores que obtiverem acesso a este estudo, afirmando que é essencial conceber o sistema de informação como instrumento para o processo de tomada de decisões, seja na dimensão técnica, seja na de políticas a serem formuladas e implementadas. Deve ser concebido na sua qualidade de ações, de produtor de conhecimentos e descritor da representação de uma realidade.


GERENCIADOR DE INFORMAÇÕES LOCAIS: ALTERNATIVA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA SUPERVISÃO E GERÊNCIA


Atualmente, para que o sistema de informação brasileiro se transforme, de fato, num sistema que permita o monitoramento e favoreça a avaliação da atenção básica, o Departamento de Atenção Básica/ SAS em conjunto com o Departamento de Informação e Informática do SUS/ Datasus vem investindo em sua reformulação, articulada com os demais sistemas de informação dos outros níveis de atenção. Este processo está envolvendo todas as áreas técnicas do MS que programam ações básicas de saúde. Fruto desse esforço conjunto é o sistema desenvolvido, denominado GIL - Gerenciador de Informações Locais. Este sistema pode ser instalado em qualquer EAS da rede ambulatorial básica do SUS, independentemente de seu porte ou grau de complexidade. Sua manutenção é garantida pelo DATASUS, atendendo às atualizações legais definidas pelo próprio Ministério da Saúde.Segundo Brasil (2005), este sistema tem como principais benefícios:1 Através de uma única entrada de dados, passa a atender demandas de vários sistemas já existentes;2 A partir da carga inicial de cadastro de usuários, o sistema já utiliza a identificação do cidadão através do uso do Cartão Nacional de Saúde;3 Possibilita o agendamento dos atendimentos, otimizando a prestação de saúde para a população;4 Possibilita a coleta dos atendimentos realizados por profissionais de saúde;5 Possibilita o registro das aplicações e esquemas de vacinação, gerando todas as informações do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI);6 Permite o cadastramento e acompanhamento de gestantes do Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento, gerando as informações para o sistema SisPreNatal;7 Permite o cadastramento e acompanhamento de pacientes com Hipertensão Arterial e/ou Diabetes, gerando as informações para o sistema HiperDia;8 Permite o registro dos dados de agravos de notificação obrigatória;9 Possibilita o registro e acompanhamento dos atendimentos odontológicos;10 Possibilita a coleta de dados dos atendimentos realizados pelas equipes do Programa de Agentes Comunitários de Saúde e do Programa de Saúde da Família (PACS/PSF), gerando as informações para o Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB);11 Possibilita a coleta de informações do estado nutricional dos cidadãos atendidos;12 Permite a geração do faturamento do EAS, gerando as informações da produção para o Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS);13 Permite a geração de informações gerenciais e do perfil de morbidade da população atendida para a gerência local, possibilitando sua exportação para o nível municipal;14 Possibilita a identificação dos atendimentos realizados a usuários de outros municípios/Estados.  Ao discorrer sobre funções administrativas em saúde, Lazzarotto (2001) afirmou que se verifica uma necessidade de abandonar as ultrapassadas teorias de administração, visto que os gerentes atuam ainda com autoridade, acumulando e centralizando o poder, comportamentos típicos dos estudos na graduação e das teorias científica, clássica e burocrática. Isto pode ser observado na dificuldade do gerente em delegar tarefas, repassar informações, confiar e interagir com suas equipes. De acordo com Drucker (1999), os gerentes estão tendo que aprender a envolver o cérebro dos trabalhadores em detrimento das mãos, uma vez que o conhecimento da saúde é utilizado para planejar, programar, desenvolver, controlar as atividades realizadas nas unidades básicas de saúde, cumprindo com a missão social e humana, promovendo e protegendo a saúde da população.Os dados do estudo de Galvão & Sawada (1996), sobre o uso da informática na rede básica e hospitalar da cidade de Ribeirão Preto evidenciaram que apesar de ser a área administrativa das instituições estudadas, a que mais sofreu um processo de informatização, visualizou-se um avanço na área assistencial. As desvantagens constatadas nas instituições de saúde estudadas com os maiores índices de porcentagem (18,19%) foram: dificuldades apresentadas pelos usuários na compreensão do processamento das operações bem como na utilização do computador, ausência de sistemas de apoio quando ocorriam interrupções nos sistemas informatizados, assim como o alto custo. Quanto às perspectivas relatadas sobre o uso da informática nas instituições estudadas, verificou-se que todas possuíam na época um projeto de implementação de sistemas informatizados voltados para a assistência direta ao cliente (por exemplo: sistemas para exames laboratoriais; controle de cirurgias, antimicrobianos, prontuários, dentre outros), entretanto, esse avanço enfrentou vários problemas como: escassez de recursos financeiros, falta de treinamento de recursos humanos e resistência de profissionais da área da saúde na utilização dessa tecnologia. Admito a dificuldade que alguns municípios encontram em informatizar seus sistemas. Para Nogueira (1993) apud Lazzarotto (2001), o planejamento e controle têm que ser de acordo com a realidade dos serviços, dos recursos disponíveis, das necessidades da população, do entendimento da realidade social em que a organização está inserida e os profissionais têm que dispor dos conhecimentos e das habilidades necessárias. Defendo, no entanto, que todo o município tem condições de realizar um controle informatizado mínimo, alimentando os programas do Ministério da Saúde e utilizando planilhas ou bancos de dados livres, obtidos através de técnicos do município, da região ou mesmo de assessorias técnicas, que já estão disponíveis no mercado.


EPIDEMIOLOGIA E INFORMATIZAÇÃO NO PSF


Vassoler et al (s/d) relataram os esforços que vem sendo empreendidos na programação em informática para o PACS E PSF, no sentido de alcançar um compartilhamento cada vez maior de dados “on-line”, entre diferentes esferas de gestão, entre secretarias dentro do mesmo estado/ país e entre os diversos profissionais de uma determinada rede de saúde. Os autores também mostram que alguns programadores têm mantido a preocupação em usar linguagem acessível em seus softwares, procurando o uso dos considerados “livres”, para tornar acessível às prefeituras com poucos recursos. Existe também uma preocupação ética com este compartilhamento de informações, uma vez que uma diversidade de dados não pode ser exposta além do conhecimento de uma determinada equipe local, como alguns dados relativos as microáreas (exemplificando-se o número de casos de HIV ou HPV de uma localidade). Um grande número de prefeituras está aderindo ao desenvolvimento de seus próprios softwares, que atendam a suas necessidades específicas.Percebe-se que todos os municípios do SUS estão percorrendo os “caminhos da informática”, em maior ou menor velocidade. Em minha experiência como consultor observei que os municípios vêm colhendo dados em maio ou menor intensidade, porém raríssimos são aqueles que analisam, planejam e desenvolvem ações a partir destes dados. Aos gestores, o mais importante a considerar é que atualmente existe uma grande variedade de opções para a informatização das redes municipais de saúde, relevando-se economia, praticidade, poder de compartilhamento, controle e agilidade processual. Cabe-lhes decidir, em conjunto com sua equipe técnica as necessidades e possíveis soluções, procurando encontrar empresas e profissionais plenamente habilitados para a satisfação destas.Organização Mundial da Saúde (1993), apud Leyh (2003), destaca o uso de sistemas de Informações Georreferenciados (SIG) na saúde pública para determinar a distribuição geográfica das doenças; analisar tendências espaciais e temporais; mapear populações de risco; avaliar fatores de risco; planejar alojamento de recursos e monitorar doenças e intervenções ao longo do tempo. Este autor cita ainda que a informatização como solução foi particularmente interessante para a gestão do combate a dengue porque ela permitiu não somente a visualização dos agravos e sua difusão pela Internet, mas também a coleção e edição destes agravos como objetos geográficos em qualquer local na WEB.Identifiquei-me também com as declarações do mesmo autor, devido a minha constatação ao assessorar as gestões de alguns municípios da Serra Gaúcha que agora passam a utilizar cada vez mais a ferramenta da informática. Menciona que até recentemente, o uso destas ferramentas na saúde pública estava limitado devido a problemas técnicos maiores, como o alto custo do hardware necessário e a grande complexidade dos softwares que os tornavam caros. Porém, esta situação mudou drasticamente nos últimos anos. Constata-se que os preços dos equipamentos caíram, novos dispositivos estão agora disponíveis, e uma geração nova de satélites civis está na órbita, circundando o mundo. Além disso, vários programas para o mapeamento da saúde pública foram desenvolvidos com o objetivo de fornecer maior acesso à informação geográfica, relacionada aos sistemas de gerência de dados espaciais, simplificados e de baixo custo, para administradores da saúde pública em todos os níveis do sistema da saúde.Continuando a mencionar as afirmações do mesmo autor, acredito que a geração e o acesso georeferenciado dos dados da saúde torna-se viável com sistemas de informações geográficas que tem potencialidades ideais para a vigilância de doenças infecciosas. São também altamente relevantes para a investigação das doenças, informando ainda sobre a posição dos casos alerta, permitindo uma comunicação e um mapeamento rápido que atende a dinâmica das epidemias. Finalmente, lembro a afirmação de Brito (2002), que, com o Cartão Único de Saúde, cada pessoa começa a ter uma identificação única nos diversos sistemas de informação de saúde em todo o país, o que permite a integração dos dados e reforça a necessidade de compartilhamento dos dados entre as diversas secretarias. Em meu enfoque, a epidemiologia é a visão da equipe de saúde da família, visão esta que pode ser extremamente ampliada com o auxílio da informática. De acordo com Irigon (1996) apud Lazzarotto (2001), é necessário adquirir-se conhecimento e desenvolverem-se habilidades variadas para a tomada de decisões, solução de problemas e/ou conflitos, assim como para negociar. Para alguém que tem que tomar decisões altamente importantes ou resolver problemas, em curtíssimo espaço de tempo, diante de aterradores perigos como surtos, entre outros, pouca coisa é tão útil como dispor de informação rapidamente mediante dois ou três “cliques” de um computador. Para alguém que quer reivindicar algo, nada como ter dados, estatísticas e gráficos à mão para provar sua necessidade e importância. Sei, por experiência própria e de tantos outros, como é complicado precisar de uma informação ou registro de difícil ou até mesmo impossível acesso. Por isso acredito e até dependo da informática para aumento da agilidade, praticidade, economia e credibilidade da saúde pública, em qualquer lugar do mundo.
REFERÊNCIAS
(DE TODO O TRABALHO, QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO EM FRAGMENTOS, NESTE BLOG)

ALMEIDA, M.C.P; MELLO, D. F; NEVES, L. A. S. O trabalho de enfermagem e sua articulação com o processo de trabalho em saúde coletiva – rede básica de saúde em Ribeirão Preto. Rev. Bras. Enf. V.44, n.2/3, p.64-75, 1991.
ARAÚJO, M. J S. A consulta de enfermagem no contexto da prática de enfermagem, Brasília, ABEN, 1991, (série documental: I). CASCAVEL. Conselho Municipal de Saúde. Ata da 103ª Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Saúde de Cascavel – 20/02/2006. Disponível em www.cascavel.pr.gov.br/conselhodesaude/ata_103.docBARCELLOS, C; RAMALHO, W.M. Situação atual do geo-processamento e da análise de dados espaciais em saúde no Brasil – 1999 e 2003. REVISTA INFORMÁTICA PÚBLICA (SUBMETIDO PARA PUBLICAÇÃO).
BARBOSA, Maria Alves; MEDEIROS, Marcelo; PRADO, Marinésia Aparecida; BACHION, Maria Márcia;
BRASIL, Virginia Visconde. - Reflexões sobre o trabalho do enfermeiro em saúde coletiva. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 01, p.09-15, 2004. Disponível em www.fen.ufg.br
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento Nacional de Auditoria do SUS. Coordenação-Geral de Desenvolvimento, Normatização e Cooperação Técnica. Auditoria no SUS: noções básicas sobre sistemas de informação / Ministério da Saúde, Departamento Nacional de Auditoria do SUS, Coordenação-Geral de Desenvolvimento, Normatização e Cooperação Técnica. – 2. Ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. Disponível em: Home page: www.saude.gov.br/editora E-mail: editora.ms@saude.gov.br/editora
BRASIL. Ministério da Saúde. Organização PAN-AMERICANA de Saúde (OPAS/OMS) Secretaria de Atenção à Saúde (SAS). Projeto de Desenvolvimento de Sistemas e Serviços de Saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2003. Disponível em: Home page: www.saude.gov.br/editora E-mail: editora.ms@saude.gov.br/editora BRASIL.Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Departamento de Informática do SUS. Gil - gerenciador de informações locais - Método de Informatização/ Roteiro para Implantação em Unidades de Saúde. Rio de Janeiro – 2005. Disponível em www.portalsaude.gov.br
BRASIL Ministério da Saúde. Norma Operacional Básica SUS 1/1993. Brasília, DF: O Ministério, 1993. BRASIL, Ministério da Saúde. Grupo de trabalho criado pela Portaria MS n. º 1.311 de 14/07/1995. Relatório Final. BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria n. º 3 de 4/01/1996. Cria a Comissão de Informação e Informatização do Ministério da Saúde. Diários Oficiais da União, Brasília, DF, 1996.
BOTTA, Luiza Maria Muccioli Gimenez. Ensino da introdução à informática em enfermagem no Brasil: proposta de conteúdos e estratégias (O). São Paulo. Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina, 1999. 114 f. Disponível em: aben@abennacional.org.br - reben@abennacional.org.br - cepen@abennacional.org.br - tesouraria@abennacional.org.br
CARVALHO, André de Oliveira; EDUARDO, Maria Bernardete de Paula. – Sistemas de Informação em Saúde para Municípios. Faculdade de Saúde pública da Universidade de São Paulo, 1998. Disponível em ids-saude@uol.com.brCYSNEIROS, P. G. Aspectos sociológicos da informática educativa. Tecnol. Educ., Rio de Janeiro, v. 20, n. 102/103, p. 45-8, 1991.
ÉVORA, Yolanda Dora Martinez. Enfermagem e informática: tendências atuais e perspectivas futuras. Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, 1993. 240 f. Disponível em: aben@abennacional.org.br - reben@abennacional.org.br - cepen@abennacional.org.br - tesouraria@abennacional.org.br
EVORA, Yolanda Dora Martinez. MELO; Márcia Regina A. Costa, NAKAO; Janete Rodrigues da Silva. O Desenvolvimento da Informática em Enfermagem: um Panorama Histórico. Núcleo de Estudo e Pesquisa sobre Informática em Enfermagem (NEPIEn). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – Brasil. São Paulo. 2003. Disponível em: yolanda@eerp.usp.br (De: Yolanda Dora Martinez Évora - Professora Livre Docente da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP)
FRANÇA, Tânia. Sistema de Informação da Atenção Básica: um estudo exploratório. Doutorado em Saúde Pública (em andamento), Fundação Oswaldo Cruz. 2001. Disponível em www.teses.cict.fiocruz.br/pdf/francatm.pdfGALVÃO, C. M.; SAWADA, N. O. O uso da informática na rede básica e hospitalar da cidade de Ribeirão Preto (S.P.). Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 4, n° especial, p. 51-60, abril 1996.
GONÇALO; Sumaya dos Santos, EVORA ; Yolanda Dora Martinez. A produção científica sobre a aplicação da informática em enfermagem no Brasil: uma revisão integrativa de pesquisas. Núcleo de Estudo e Pesquisa sobre Informática em Enfermagem (NEPIEn). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – Brasil. São Paulo. 2004. Disponível em: Fone: (16) 3602-3498. E-mail: yolanda@eerp.usp.br (De: Yolanda Dora Martinez Évora - Professora Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP)
HELLER, B. R., BRAUN, R. F., MORAY, L. R. The use of a constructivist paradigm for the evaluation of a nursing informatics program. In: WANG, J. F., SIMONI, P. S., NATH, C. L. (eds). Vision of excellence: the decade of the nineties. Proceedings of the West Virginia Nurses' Association 1990. Charleston: West Virginia Nurses' Association, 1990. p. 447-52.
LARSON, C. E. Use of the microcomputer s a tool for subjetive grading. Comput. Nurs., v. 5, n. 5, p. 186-91, 1987.
LAZZAROTTO, Elizabeth Maria. Competências Essenciais Requeridas para o Gerenciamento de uma Unidade Básica de Saúde. Florianópolis, 2001. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia da Produção, UFSC, 2001. 128 p. Disponível em www.teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/9108/pdfLEFFA, V. J. O computador no ensino de línguas: Estado da arte e tendências. Tecnol. Educ., Rio de Janeiro, v. 20, n. 102-103, p. 23-8, 1991.
LUIS, Margarita Antonia Villar; MOALA, Fernando Antonio; ÉVORA, Yolanda Dora Martinez; SCOCHI, Carmen Gracinda Silvan; RODRIGUES, Rosalina Aparecida Partezani. Avaliação de uma Disciplina de Informática por Graduandos de Enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.3 no.2 Ribeirão Preto Julho 1995. Disponível em: Tel.: +55 16 3602-3451; e-mail: rlae@eerp.usp.br
MASCARENHAS, Sílvia Helena Zem; CASSIANI, Silvia Helena De Bortoli. Desenvolvimento e Avaliação de um Software Educacional para o Ensino de Enfermagem Pediátrica. Rev. Latino-Am. Enfermagem v.9 n.6 Ribeirão Preto nov. 2001. Disponível em: Tel.: +55 16 3602-3451; e-mail: rlae@eerp.usp.br
MIRIN, S. The computers place in nursing education. Nurs. Health Care, Wesport, v. 2, n. 9, p. 500-6, 1981.
MORAES, M. Uso de computador em hospitais pode economizar US$ 36 bilhões ao ano E.U.A. Folha de São Paulo. São Paulo, 02 de março. 1994. p.6-2.
NEPP/UNICAMP. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP; Núcleo de estudos de políticas públicas – NEPP. A concepção dos pólos como recurso institucional de capacitação, formação e educação permanente de pessoal para Saúde da Família – Etapa 3 . São Paulo. 2004. Disponível em: www.saude.gov.br/dab/caadab/documentos/concepcao/polos/sintese/pdf
ROTTA, Luís Antônio. O Conhecimento sobre Tecnologias de Informação dos Médicos e Enfermeiros no Programa Saúde da Família em Sobral – CE. Monografia apresentada à Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia - Universidade Estadual Vale do Acaraú, como requisito para a conclusão do Curso de Especialização em Saúde da Família. Sobral, 2004. Disponível em: luisantoniorotta@yahoo.com.br
WERNER LEYH, Spartaco Almeida. Cadastramento Georeferenciado dos agravos na Internet - Gerenciamento on-line do combate ao dengue com um “Servidor de Mapas” - VII Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva Abrasco 2003 - Abrasco2003 - Trabalho 4972 - Werner.Leyh@saude.gov.br ; Werner.Leyh@IMA.sp.gov.br
VASSOLER, Gilmar Luiz; BRITO, Halisson Matos de; BORTOLON, Saulo; Proposta de Informatização para os programas PSF e PACS: integrando GIS e XML ao Cartão Nacional de Saúde - PPGs em Eng. Elétrica e Informática - Universidade Federal do Espírito Santo - {gilmar, hmbrito, bortolon@inf.ufes.br}
VEIGA FILHO, João Pimenta da. A Universalização da Informação. 2001. Ministério de Estado das Comunicações do Brasil. Ci. Inf. V.30 n.1 Brasília jan./abr. 2001. ciinfo@ibict.br
VITALE, B. O computador na escola: um brinquedo a mais? Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v. 13, n. 77, p. 18-25, 1991.

SENSIBILIZANDO QUANTO À PRÁTICA DE INFORMÁTICA NA SUPERVISÃO E GERÊNCIA NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

A Saúde Pública no Brasil vem sofrendo uma série de transformações desde 1988 com o Sistema Único de Saúde - SUS, e de 1994 com a implantação de uma nova estratégia - o Programa Saúde da Família – P.S.F. e certamente deverá continuar na construção do novo modelo, aperfeiçoando a busca de melhor atenção ao usuário e na organização dos serviços.O P.S.F., uma proposta de trabalho em equipe, veio para implementar e viabilizar os princípios do SUS e operacionalizar a atenção primária. Porém a complexidade do processo de promoção, proteção e recuperação da saúde dos indivíduos e da família, de forma integral e contínua, exigem que os profissionais repensem suas práticas e estratégias no sentido de reorganizar em novas bases e critérios visando tornar os serviços de saúde com maior resolutividade. A proposta de implantação de novas tecnologias por profissionais no Programa de Saúde da Família (PSF) pode contribuir para dinamizar o trabalho e melhorar a qualidade do atendimento. Os profissionais precisam conhecer a realidade da comunidade que assiste, mas também devem ter a responsabilidade de estimular sua participação na luta política pela saúde bem como, compreender as relações entre as condições de vida e trabalho, saúde e doença do ponto de vista social.Para isto é necessário que o profissional seja atuante e tenha conhecimento da área gerencial e na utilização de novas tecnologias. Ë necessário que possua um entendimento claro da importância de acessar e utilizar  as informações que podem ser digitalizadas, disponibilizadas e compartilhadas para o proveito e bem-estar dos usuários/ cidadãos. É evidente que em todas as classes sociais, especialmente entre os de menor escolaridade, existem indivíduos que não assumem o auto cuidado, nem praticam comportamentos preventivos em saúde, afetando os indicadores de morbi-mortalidade, a qualidade de vida e o crescimento da nação. O acompanhamento destes comportamentos de risco podem ser mais facilmente monitorados na Estratégia Saúde da Família, com o uso das tecnologias disponíveis na atualidade. 1.1 JUSTIFICATIVAA Estratégia Saúde da Família acompanha sua resolutividade mediante os critérios de Informação em Saúde e Epidemiologia que estão inseridos no Sistema de Informação em Atenção Básica (SIAB). No entanto, ao realizar a prática da supervisão no PSF, defronta-se com dificuldades em colher dados, organizá-los, analisá-los e acessá-los posteriormente. Observam-se as dificuldades enfrentadas por alguns Agentes de Saúde em preencher corretamente os instrumentos padronizados de coleta, bem como desmotivação de alguns destes em discutir os dados levantados e deficiência na compreensão da necessidade e importância do Processo de Consolidação Mensal.No trabalho dos supervisores/instrutores, foram observados erros de cálculos numéricos, rasuras de preenchimento e gasto excessivo de tempo durante o processo. A consolidação manual também dificulta a comunicação entre a equipe e o traçamento de metas para o mês seguinte.Diante de todos esses obstáculos, considerou-se, como equipe interdisciplinar, necessário informatizar o processo de supervisão no PSF - São José, do município de Farroupilha – RS, criando-se bancos de dados no Epiinfo e planilhas eletrônicas no Excel, para colher, organizar e utilizar dados dos instrumentos SSA2 e Ficha D, do Ministério da Saúde, pertencentes à Estratégia de Saúde da Família. Através do tempo e da organização obtidos com a informatização, tornou-se possível realizar melhores discussões sobre a situação de saúde da área, com conseqüente planejamento baseado nas necessidades/ evidências apresentadas, ao nível de desempenho em trabalho de equipe. Admitiu-se que a supervisão tornou-se mais aceita e as reuniões com os Agentes de saúde mais motivadoras e praticamente livres de tensão. De forma geral, toda equipe ampliou sua compreensão sobre a importância do fechamento e consolidação dos dados coletados no decorrer das atividades mensais.Baseando-se nos benefícios obtidos com esta prática, torna-se necessário relatá-la e reafirmar as vantagens da prática de informática no meio profissional da saúde familiar.

CONSIDERAÇÕES



Barcellos (2003), declara que o setor saúde no Brasil é detentor de um extenso banco de dados que abrange informações vitais de morbidade, gerenciais e contábeis, as quais subsidiam uma série de decisões e atividades no SUS (Sistema Único de Saúde). Em minha opinião, um dos importantes passos a serem dados para o uso dos dados brasileiro é coletar, armazenar e analisar a nível local, utilizando estes dados no planejamento e gerência de áreas adscritas.Minha posição frente à informatização das rotinas de saúde é que os técnicos devem receber uma capacitação mínima nesta área, tanto nas escolas formadoras quanto pelas gestões vigentes. Acredito ainda que este assunto deve ser incorporado à educação continuada, expandindo a todas as outras áreas (medicina, nutrição, fisioterapia, odontologia, etc.), a fim de obter-se maior sucesso na informatização das rotinas, devido à realidade da interdisciplinaridade e da intersetorialidade na atenção primária.O corpo de enfermagem, no entanto, precisa de uma atenção especial, pois, juntamente com os auxiliares administrativos, será responsável por gerar a maior parte dos dados e alimentar as mais variadas planilhas, bancos de dados e programas de saúde. Constatei em minha prática a realidade da afirmação de França (2001), referente à centralização dos dados, quanto à sua coleta e análise. Explana que, quando os dados retornam às unidades e são utilizados nas reuniões de equipe de forma sistemática, havendo um acompanhamento por uma coordenação de atenção básica bem articulada e onde é realizada a supervisão de resultados das ações planejadas, ocorre uma qualificação geral dos serviços. Observei em minha experiência como consultor em saúde da família que dentre os obstáculos encontrados à automação das rotinas em atenção básica, um dos maiores e mais freqüente é a falta de motivação, conhecimentos e habilidades da equipe. Supervisão e educação continuada para as ESF sanariam estes problemas, uma vez que seja montada a infra-estrutura mínima necessária, da mesma forma que aconteceu em outras áreas já trabalhadas com sucesso, em todos os níveis hierárquicos, como com os bem-sucedidos Programa de Prevenção e Controle das DST/ HIV/ AIDS e a Rede de Frio Nacional, que foram problemas sérios no passado e hoje se apresentam, em minha opinião, como um ponto de força do Sistema de Saúde Brasileiro. Uma vez que a proposta de mudança ao modelo de saúde visada com a Estratégia de Saúde da Família almeja a reorganização da Atenção Primária, visualiza-se a informática como um dos meios para viabilizar o idealizado modelo de atenção, capaz de combinar recursos tecnológicos e humanos, adequados às reais necessidades da população.Desde 2002, venho exercendo atividades ligadas ao PSF, onde observei, ao realizar a prática de supervisão, dificuldades para colher dados, organizá-los, analisá-los e acessá-los posteriormente. Também ouvi vários depoimentos de outros supervisores/ instrutores, coordenadores de atenção básica, médicos, odontólogos, etc., onde afirmam se defrontar com as mesmas dificuldades, direta ou indiretamente.Observam-se dificuldades na realidade de alguns Agentes de Saúde (ACS) em preencher ou entender corretamente os instrumentos do SIAB padronizados para coleta. Evidencia-se desmotivação em diversos ACS em relação à realizar a discussão dos dados levantados e constata-se deficiência na compreensão da necessidade e importância do Processo de Consolidação Mensal. São comuns no trabalho de consolidação dos supervisores/ instrutores, erros inconscientes de cálculos, rasuras no preenchimento/ transcrição de dados e um gasto excessivo e desgastante de tempo durante o processo. Esta consolidação manual também prejudica a comunicação entre a equipe e dificulta o traçamento de metas para o mês seguinte. Levando estes fatos em consideração em vários debates, consideramos necessários, através de deliberação do conselho da equipe interdisciplinar, informatizar o processo de supervisão no PSF - São José, do município de Farroupilha – RS.Não poderia deixar de mencionar os benefícios que obtivemos ao utilizarmo-nos desta poderosa ferramenta. Desejo também com este relato alertar os profissionais de saúde sobre os benefícios obtidos com a digitalização de dados referente à praticidade, objetividade e dinamização na coleta e análise das informações. Através do programa epidemiológico Epiinfo, foram desenvolvidos bancos de dados para acompanhar diversos dados específicos para viabilizar a Estratégia de Saúde da Família sobre os pacientes (miscelânea de fichas B dos ACS com outras informações), produtividade (Ficha D). Foi possível criar uma versão ampliada do instrumento SSA2, no formato de planilha eletrônica do Excel. A diferença entre fazer isso e simplesmente usar os programas Hiperdia, SIAB e Sis-Prénatal, é que podemos desenvolver bancos de dados personalizados às nossas necessidades para colher, organizar, consolidar e melhor utilizar os dados.Pôde-se acompanhar de forma automatizada, os casos de tabagismo, alcoolismo, HPV, deficiência mental, seqüela de AVC, saúde da mulher (exame clínico de mamas, citopatológico, etc), dados que não são contemplados pelo SIAB. Acompanhamos o qualitativo e quantitativo dos procedimentos dos ACS, entre vários outros dados que também não são contemplados em nenhum outro programa disponível.Baseando-se nos benefícios obtidos com esta prática, torna-se necessário reafirmar as vantagens da informática no meio profissional da saúde familiar, relatando a experiência após a automação da Ficha D e SSA2, na supervisão mensal do trabalho. Relato esta experiência a fim de sensibilizar os gestores a investirem recursos na utilização da informática, como um instrumento gerencial, lembrando que o investimento na atenção básica resolutiva e nas ações preventivas evita o adoecimento ou o agravamento das doenças. Vou procurar resumi-los em tópicos:Economia: diversas vezes tivemos a oportunidade de presenciar ou realizar o procedimento de”passar a limpo”, devido às rasuras cometidas com o preenchimento manual da SSA2 e da Ficha D, por exemplo. Isso gera um desperdício de impressos, lápis, caneta, corretivos, borracha e tempo, além do tradicional desgaste decorrente dos erros, tanto do que se pune por haver errado, quanto dos que chamam a atenção do autor dos erros. Dentro das vantagens apontadas, salienta-se a questão da redução dos custos. Conforme artigo de Moraes (1994) “um estudo recente mostrou que o gasto anual na área da saúde nos Estados Unidos poderia ser reduzido em mais de US$ 36 bilhões se algumas tecnologias de informação fossem adotadas em rede nacional”. Acrescenta o artigo que "aparentemente, o sistema de saúde é o único serviço do país que ainda conserva seus arquivos em papel. Por esta razão, médicos e enfermeiras passam mais de 50% do seu tempo envolvidos em atividades burocráticas e apenas 35% atendendo pacientes".Comunicação: A letra de alguns profissionais em muito se assemelha à “hieróglifos antigos” e a dificuldade de interpretação dos dados, neste caso, muitas vezes ocasiona em alterações bem significativas no resultado final da produtividade e busca de indicadores. Nota-se que a digitalização gera uma atitude mais profissional e até natural em relação a prestação de contas do acompanhamento prestado, tanto nos agentes de saúde, quanto nos supervisores/ instrutores..Fidedignidade: Quando profissionais prestam conta semanalmente de dados relacionados ao acompanhamento, se torna mais difícil equivocar-se com a realidade dos fatos. Quando a revisão da supervisão acontece mais freqüente e de forma mais clara por meio da informática, sua intervenção é mais precoce, facilitando a correção de possíveis desvios na busca de resultados pré-pactuados.Agilidade na coleta e análise dos dados: Através de uma simples planilha do Excel, conseguimos superar as longas horas colhendo, corrigindo e consolidando manualmente os dados relativos ao trabalho mensal dos ACS. Basicamente, um ACS por vez sentava-se ao meu lado e ditava sua produtividade enquanto eu os digitava, questionava e discutia simultaneamente. Ao concluir a coleta e análise, consolidava com um comando do mouse e imprimia com outro. Qualquer liderança de interesse pode acessar, questionar e utilizar este dados com grande facilidade.Credibilidade: com a grande variedade de dados fidedignos, facilmente acessáveis pode-se montar gráficos para salas de situação, divulgação pela mídia em geral. Podem ser usadas para trabalhos científicos ou para embasar reivindicações as diversas autoridades competentes. Percebo a necessidade de integrar e direcionar as ações de supervisão em saúde básica, oferecendo um acolhimento adequado e agendamento organizado. O computador pode vir a se tornar mais um membro a atuar no trabalho interdisciplinar em equipe, ajudando a alcançar este objetivo.As atividades de grupo, as visitas domiciliares e outras peculiaridades, enquanto monitoradas através de recursos de informática, ajudam a tornar as famílias informadas e responsáveis pela própria saúde. A promoção à saúde, torna-se uma realidade proporcionada através de buscas ativas elaboradas a partir de uma análise epidemiológicas, intensas e amplas, aliadas ao planejamento e metas sistemáticas. A qualidade de vida melhora com a população acompanhada mais de perto, levando a uma conseqüente melhora nos indicadores de saúde.A população em geral, especialmente a mais carente ou residente em locais mais distantes das Unidades Básicas, pode ter aumentado sua acessibilidade, recebendo um atendimento mais resolutivo e humanizado, quando informações adequadas sobre suas famílias ficam armazenadas nos computadores da rede. Presenciamos rotineiramente usuários que esquecem ou perdem seus cartões de hipertensos, gestantes, vacinas e outros documentos importantes, por isso afirmo as vantagens de um prontuário eletrônico. Medicamentos básicos de uso contínuo, enquanto corretamente distribuídos e controlados podem resolver grandes parte dos problemas de saúde, dentro do seu nível de competência, mais um ponto em que se pode contar com o computador para cadastro, controle de estoque, dispensação e emissão de relatórios. Reduzem-se assim os gastos com procedimentos de média e alta complexidade. A informática dinamiza o acompanhamento da resolutividade.Os profissionais integrantes das equipes de Saúde da Família ficarão então melhor preparados para dar solução aos principais problemas de saúde da comunidade, aumentando o vínculo com a população adscrita, conhecendo-as mais detalhadamente, tornando as famílias mais assistidas. Tornar-se-á mais natural e simples organizar suas atividades através do planejamento de ações, prestando abordagem integral à família completa.

ENFERMAGEM E INFORMÁTICA EM SAÚDE


INTRODUÇÃO À INFORMÁTICA NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

 No Brasil, em 1986, o relatório da Comissão Especial de Informática em Saúde (SEI), do então Ministério da Ciência e Tecnologia citou a importância da inserção dos profissionais da área da saúde, no uso do computador. Os países desenvolvidos concluíram que todos os enfermeiros deveriam ter um conhecimento geral sobre o uso do computador e processamento de dados e que esse conteúdo deveria ser incluído no currículo da enfermagem. O relatório elaborado sugeria, ainda, que um grande número de enfermeiros fosse educado para contribuir, efetivamente, no desenvolvimento de sistemas automatizados (HELLER et al., 1990; LARSON, 1987; MIRIN, 1981).Foi defendido que:  ...A familiarização do aluno desde o início da formação profissional traz esclarecimentos dissipando mitos sobre o papel desempenhado pelo computador e também as atitudes negativas em relação a seu uso. Tal objetivo pode ser atingido, desenvolvendo formas de introduzir o computador para que destruam tais crenças e contribuam para a formação de percepções realistas, dando uma idéia clara das potencialidades e limitações da informática, mostrando ao aluno que o computador não é um fim em si mesmo, mas um instrumento para atingir outros objetivos, tais como preparar um relatório, elaborar um plano de cuidados, dentre outros...(CYSNEIROS, 1991 p. 45).

 Évora (1993), aspirava o desenvolvimento de uma pesquisa que contribuísse, de forma substancial e significativa para a utilização do microcomputador na formação dos técnicos e sua prática, em paralelo com o desenvolvimento e implantação de sistemas de informação para as equipes, em unidades de internação hospitalar. A autora afirma que o uso da informática na área da saúde proporciona uma melhoria na qualidade da assistência prestada, bem como a racionalização dos serviços e recursos humanos. Para esta autora, na enfermagem, a informática pode ser utilizada em quatro áreas: administração; assistência; ensino e pesquisa. Refere também que, o uso do computador na área da administração proporcionaria a construção de instrumentos informacionais, os quais auxiliariam o enfermeiro no gerenciamento de uma unidade, assegurando um planejamento adequado dos recursos humanos, materiais e financeiros. Na assistência, o computador facilitaria a coleta, armazenamento e o processamento de informações que auxiliam no tratamento do paciente. Ocorre a liberação do enfermeiro das atividades burocráticas, permitindo uma maior disponibilidade para o planejamento da assistência, observando o paciente como um todo. No ensino, viabilizaria instruções individualizadas, facilitaria a transferência da teoria à prática, bem como, a capacidade do aluno em solucionar os problemas. Argumenta ainda que o computador pode auxiliar todo o processo de pesquisa, desde a coleta de dados até as análises, assim como a recuperação de informações, edição de textos, bancos de dados, entre outros. Cito ainda o resultado de um estudo posterior de Gonçalo & Évora (2004),  produção científica sobre a aplicação da informática em enfermagem no Brasil, observando que dentre os 89 autores identificados nos 31 artigos analisados, na sua maioria (44,9%) eram docentes de universidades, 21,3% atuavam na docência e na prática assistencial, 15,7% eram enfermeiros e 5,6% alunos de graduação em enfermagem. Este estudo constatou que 2002 foi o ano com um maior número de publicações (16,0%).

 ...Dentre os 31 artigos analisados, os que tinham por temática o uso do computador na educação/ ensino de enfermagem (41,9%), cinco deles tinham como objetivo saber a opinião de alunos de graduação em enfermagem sobre o uso do computador numa atividade de ensino e analisar o conhecimento do aluno quanto ao seu uso.  A maioria dos artigos revelou que a amostra - alunos de graduação em enfermagem - tem atitudes positivas frente à utilização do computador. Atividades extracurriculares têm influência direta na aquisição de conhecimento. (GONÇALO & ÉVORA, 2004.).


Outra abordagem das autoras sobre a apresentação da importância do uso do computador como ferramenta auxiliar no desenvolvimento de todo o processo de pesquisa em enfermagem, a qual foi o objetivo de outro artigo analisado neste mesmo estudo:


...Depreendeu-se desses trabalhos que o computador está revolucionando esta área, traz muitas vantagens como por exemplo: velocidade nas realizações de atividades matemático-lógicas, acessar base de dados nacionais e internacionais utilizando-se a Internet, intercâmbio entre os profissionais, entre outros. Ressalta-se a necessidade dos professores adquirirem conhecimento e atentar para que não se reconheça a limitação intrínseca do uso do computador. A utilização da informática na assistência de enfermagem foi abordada em 9 (29,0%) artigos. Destes, cinco apresentaram como objetivo, descrever a utilização de um programa computadorizado que facilitasse o trabalho do enfermeiro otimizando a assistência ao paciente. Na área de gerenciamento foram encontrados 4 (12,9%) artigos dos quais dois relatam a experiência de utilização de um programa informatizado no gerenciamento das atividades.  Em ambos, a informatização trouxe benefícios, sendo comum entre os dois a confiabilidade das informações, a melhor organização, maior agilidade e facilitação da comunicação. Dentre as desvantagens, a dificuldade de qualificação dos profissionais. (GONÇALO & ÉVORA, 2004).


De acordo com Luís et al (1995), na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, a disciplina "Informática Aplicada à Saúde" foi elaborada em 1988, tendo como objetivos: apresentar uma visão geral sobre o processamento de informação, difundir a cultura da informática e suas aplicações na área da saúde e familiarizar o aluno de enfermagem com o computador para que possa utilizá-lo na sua prática acadêmica e/ou profissional.Dal Sasso (1997) destacou que o enfermeiro é o componente-chave para acessar informações e repassá-las adequadamente. Este trâmite de informações é, muitas vezes, decisivo para a sobrevivência do cliente e/ou para a redução dos riscos associados ao cuidado em si. Declarou que a responsabilidade do enfermeiro no trabalho necessita de recursos instrumentais baseados em novas tecnologias decorrentes da evolução da informática, para facilitar a sua tomada de decisões, assumir a liderança na equipe de Enfermagem e prover ao Ser Humano o melhor cuidado possível. Abordou diversos fatores que têm influenciado e justificado grandemente para uma nova modelagem da Disciplina de Enfermagem nas últimas décadas, tais como: o acúmulo exponencial do saber nas ciências da saúde, o enorme crescimento na demanda por habilidades e conhecimentos especializados em Enfermagem, a tendência em direção a um maior uso de tecnologias sofisticadas e a carência de professores com experiência suficiente nestas novas áreas. Botta (1999), em seu estudo descritivo identificou a opinião dos alunos que cursaram a Disciplina Introdução à Informática nos Cursos de Graduação em Enfermagem no Brasil, expressando sua opinião quanto à importância dos recursos da Informática na aprendizagem e exercício futuro da profissão. Segundo o mesmo autor, a maioria dos alunos contatados também acredita que o computador facilita o aprendizado, estimulando a busca de novos conhecimentos. Acredita ainda que a Informática deve ser obrigatória em todos os Cursos de Graduação em Enfermagem. É válido também lembrar que ... A literatura a respeito da inserção da informática no ensino, adverte para o fato de que essa nova ciência não deve ser ensinada num vácuo, mas integrada com as demais disciplinas do currículo. É desejável ainda, que a informática no currículo escolar, não se torne uma disciplina isolada, pois isso contribui para que outros professores desistam de qualquer iniciativa própria para integrar a informática à sua prática pedagógica (LEFFA, 1991; VITALE, 1991 p. 25)


Outros estudiosos abordam a importância do uso da tecnologia na educação de softwares educacionais, com as seguintes palavras: ... A informática no ensino de enfermagem, como em outras áreas, é um caminho sem volta e que estamos apenas começando a desvendá-lo... A utilização de recursos computacionais como ferramenta efetiva no processo ensino-aprendizagem e a implementação deste instrumento no ambiente educacional vem se confirmando desde a pré-escola até a universidade. Muitos docentes e alunos apresentam-se ainda resistentes quanto ao emprego desses recursos, pois para poder utilizá-los são necessários alguns conhecimentos básicos sobre informática, o que pode tornar-se um transtorno para os avessos à tecnologia computacional, sempre em constante transformação... Não podemos nos iludir em acreditar que a informática é a solução para os problemas educacionais ou sociais, ou que é o único caminho a ser trilhado. Temos que encarar a informática como mais uma ferramenta que pode ser de utilidade para a educação. A utilização de recursos hipermídia em ambientes de ensino oferece uma maior flexibilidade de apresentação das informações aos usuários. E, além disso, também os estimula a aprender, devido a recursos audiovisuais normalmente disponíveis... Ainda não podemos prever o que o futuro nos reserva, mas a tecnologia computacional promete para o presente muitos desafios excitantes e oportunidades inimagináveis para o futuro. (MASCARENHAS et al. 2001 p.11)


Referindo-se ao aspecto da construção de softwares, uma das dificuldades mais importantes que os gestores vêm encontrando, é a falta de técnicos dispostos a buscarem a compreensão real das necessidades de cada município, em suas particularidades do sistema. Isto ocasiona uma ampla oferta de softwares prontos, com dificuldades de adaptação a realidades locais. Existem já especializações que vem procurando sanar este déficit, disponibilizando aos profissionais a metodologia de planejamento de construção de softwares adaptáveis, dinâmicos, flexíveis à alterações em sua base de dados. Isso permite que não só os digitadores que alimentam os sistemas do Ministério sejam beneficiados, mas todos os profissionais da equipe interdisciplinar, que vão também começar a obter os benefícios da ferramenta da informática em suas demandas, trazendo ao sistema de saúde, tanto público, quanto privado, maior organização, agilidade e resolutividade. O avanço da tecnologia torna-se assim mais democraticamente disponível aos profissionais e usuários. 4.2 IMPORTÂNCIA DA INFORMÁTICA NA SUPERVISÃO DE ENFERMAGEM NA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA


A investigação de Évora et al (2003) mostrou que a enfermagem dos EUA esteve sempre a frente no desenvolvimento de estudos sobre o uso do computador na enfermagem, entretanto, observam-se também, desde a década de 60, os esforços dos enfermeiros de outros países, inclusive do Brasil, em acompanhar a evolução tecnológica para inovar o desenvolvimento da profissão. A autora menciona ainda que vários autores acreditam que nos próximos anos, os avanços desta tecnologia irão revolucionar os processos em todos os níveis dos serviços de enfermagem, principalmente dos hospitais proporcionando benefícios operacionais e estratégicos para a organização e desenvolvimento da enfermagem. Segundo Dal Sasso (1997), a tecnologia tem historicamente ajudado as pessoas no trabalho penoso e na monotonia rotineira e fatigante e, deste modo, libertá-las para prestar um cuidado mais humanizado (inteiro), desenvolver melhores relações pessoais e atividades criativas em suas vidas. A autora afirma que isto somente é possível a partir do momento que o Enfermeiro permanecer mais tempo junto ao cliente, aproximar-se mais de suas expectativas e necessidades e percebê-lo em sua totalidade, pois as informações que alimentam o Sistema crescem em complexidade e profundidade a partir da interação com o cliente, os detalhes específicos do cuidar são revelados; profissional/cliente interagem mutuamente buscando melhores condições do viver, os erros podem ser percebidos com mais rapidez impedindo, assim, prejuízos à saúde do cliente. De acordo com Araújo (1991), características importantes da prática da enfermagem são: a inserção de seus agentes em todos os momentos do processo de trabalho e sua elevada proporção na composição da força de trabalho em saúde. Segundo Almeida et al (1997) para alcançar a saúde coletiva, o trabalho de enfermagem tem se diversificado indo desde o cuidar seja do indivíduo, família e grupo da comunidade, passando pelas ações educativas, administrativas, até a participação no planejamento em saúde.Mudei de lugar para não ficar só 1autora.Dal Sasso (1997), lembra que o papel do enfermeiro em numerosos ambientes de assistência à saúde tem mudado bastante, no sentido de refletir maior confiança em sua capacidade de tomada de decisão e intervenção independente Ou seja, um conhecimento mais profundo a respeito de práticas especializadas, com ênfase crescente em habilidades de aprendizado independente e contínuo. Em sua experiência descreve que, a Tecnologia de Informática pode ajudar a Enfermagem a estruturar, operacionalizar, controlar e avaliar o seu desenvolvimento prático através da inter-relação Ser-Humano, Sociedade, Pesquisa, Saúde e Teoria. Afirma que uma das principais forças que direciona as mudanças nesse sentido é o fenômeno conhecido como a revolução da informação, cuja significância é geralmente comparada com as revoluções na agricultura e na indústria.Ainda de acordo com a autora, os próprios enfermeiros têm sinalizado, na prática, a importância de se fazer uma revisão nas formas e métodos de preparo profissional, a fim de ajudá-los na avaliação do cliente, na tomada de decisão, na organização de um plano de cuidados, na relação diagnóstica, no reconhecimento das necessidades de saúde do cliente e seus familiares e na abordagem educativa em saúde destes.Vale ressaltar ainda que, juntamente com os auxiliares administrativos, os técnicos dos mais diversos campos da saúde podem ser agentes de grande importância na informatização/ automação das unidades sanitárias, prioritariamente a enfermagem, uma vez que o enfermeiro, por exemplo, é o agente catalisador das políticas e programas voltados para a saúde coletiva, em especial a Estratégia Saúde da Família e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde. Barbosa et al (2004), mostra que a enfermagem vem conquistando considerável espaço no que se refere à coordenação de programas voltados para as ações básicas de saúde. Afirma que um melhor preparo profissional elevaria o potencial diante da abrangência da assistência de saúde. Isso inclui também a qualificação em informática e outras áreas de relevância administrativo-gerencial. Seu estudo exploratório constatou que nos programas coordenados pela Superintendência de Ações Básicas, o enfermeiro está no controle de uma grande parte desses, e que esse é um profissional que possui uma noção holística da realidade. Em outra abordagem sobre o assunto, o autor defende ainda que são os enfermeiros que recebem em sua formação acadêmica, fundamentação teórica e prática de como administrar e coordenar serviços de saúde. Lembra que o profissional de Enfermagem que atua em saúde coletiva trabalha muito tempo em contato com a comunidade e com os problemas vividos por ela e por essa razão tem uma melhor visão da realidade. Esse fator contribui para o desenvolvimento de estratégias no sentido de amenizar problemas. Estas são grandes razões, para que este seja altamente capacitado para o uso das tecnologias da informação.Lembro ainda que um número cada vez maior de enfermeiros e outros profissionais da saúde vem aderindo à programação de sistemas, o que faz com que os softwares, hardwares tornem-se cada vez mais simples de usar, mais adaptados ao linguajar e aos anseios dos que exercem os mais diversos labores no sistema de saúde pública.
REFERÊNCIAS
(DE TODO O TRABALHO, QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO EM FRAGMENTOS, NESTE BLOG)

ALMEIDA, M.C.P; MELLO, D. F; NEVES, L. A. S. O trabalho de enfermagem e sua articulação com o processo de trabalho em saúde coletiva – rede básica de saúde em Ribeirão Preto. Rev. Bras. Enf. V.44, n.2/3, p.64-75, 1991.
ARAÚJO, M. J S. A consulta de enfermagem no contexto da prática de enfermagem, Brasília, ABEN, 1991, (série documental: I). CASCAVEL. Conselho Municipal de Saúde. Ata da 103ª Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Saúde de Cascavel – 20/02/2006. Disponível em www.cascavel.pr.gov.br/conselhodesaude/ata_103.docBARCELLOS, C; RAMALHO, W.M. Situação atual do geo-processamento e da análise de dados espaciais em saúde no Brasil – 1999 e 2003. REVISTA INFORMÁTICA PÚBLICA (SUBMETIDO PARA PUBLICAÇÃO).
BARBOSA, Maria Alves; MEDEIROS, Marcelo; PRADO, Marinésia Aparecida; BACHION, Maria Márcia;
BRASIL, Virginia Visconde. - Reflexões sobre o trabalho do enfermeiro em saúde coletiva. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, n. 01, p.09-15, 2004. Disponível em www.fen.ufg.br
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento Nacional de Auditoria do SUS. Coordenação-Geral de Desenvolvimento, Normatização e Cooperação Técnica. Auditoria no SUS: noções básicas sobre sistemas de informação / Ministério da Saúde, Departamento Nacional de Auditoria do SUS, Coordenação-Geral de Desenvolvimento, Normatização e Cooperação Técnica. – 2. Ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004. Disponível em: Home page: www.saude.gov.br/editora E-mail: editora.ms@saude.gov.br/editora
BRASIL. Ministério da Saúde. Organização PAN-AMERICANA de Saúde (OPAS/OMS) Secretaria de Atenção à Saúde (SAS). Projeto de Desenvolvimento de Sistemas e Serviços de Saúde – Brasília: Ministério da Saúde, 2003. Disponível em: Home page: www.saude.gov.br/editora E-mail: editora.ms@saude.gov.br/editora BRASIL.Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. Departamento de Informática do SUS. Gil - gerenciador de informações locais - Método de Informatização/ Roteiro para Implantação em Unidades de Saúde. Rio de Janeiro – 2005. Disponível em www.portalsaude.gov.br
BRASIL Ministério da Saúde. Norma Operacional Básica SUS 1/1993. Brasília, DF: O Ministério, 1993. BRASIL, Ministério da Saúde. Grupo de trabalho criado pela Portaria MS n. º 1.311 de 14/07/1995. Relatório Final. BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria n. º 3 de 4/01/1996. Cria a Comissão de Informação e Informatização do Ministério da Saúde. Diários Oficiais da União, Brasília, DF, 1996.
BOTTA, Luiza Maria Muccioli Gimenez. Ensino da introdução à informática em enfermagem no Brasil: proposta de conteúdos e estratégias (O). São Paulo. Universidade Federal de São Paulo. Escola Paulista de Medicina, 1999. 114 f. Disponível em: aben@abennacional.org.br - reben@abennacional.org.br - cepen@abennacional.org.br - tesouraria@abennacional.org.br
CARVALHO, André de Oliveira; EDUARDO, Maria Bernardete de Paula. – Sistemas de Informação em Saúde para Municípios. Faculdade de Saúde pública da Universidade de São Paulo, 1998. Disponível em ids-saude@uol.com.brCYSNEIROS, P. G. Aspectos sociológicos da informática educativa. Tecnol. Educ., Rio de Janeiro, v. 20, n. 102/103, p. 45-8, 1991.
ÉVORA, Yolanda Dora Martinez. Enfermagem e informática: tendências atuais e perspectivas futuras. Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, 1993. 240 f. Disponível em: aben@abennacional.org.br - reben@abennacional.org.br - cepen@abennacional.org.br - tesouraria@abennacional.org.br
EVORA, Yolanda Dora Martinez. MELO; Márcia Regina A. Costa, NAKAO; Janete Rodrigues da Silva. O Desenvolvimento da Informática em Enfermagem: um Panorama Histórico. Núcleo de Estudo e Pesquisa sobre Informática em Enfermagem (NEPIEn). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – Brasil. São Paulo. 2003. Disponível em: yolanda@eerp.usp.br (De: Yolanda Dora Martinez Évora - Professora Livre Docente da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP)
FRANÇA, Tânia. Sistema de Informação da Atenção Básica: um estudo exploratório. Doutorado em Saúde Pública (em andamento), Fundação Oswaldo Cruz. 2001. Disponível em www.teses.cict.fiocruz.br/pdf/francatm.pdfGALVÃO, C. M.; SAWADA, N. O. O uso da informática na rede básica e hospitalar da cidade de Ribeirão Preto (S.P.). Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 4, n° especial, p. 51-60, abril 1996.
GONÇALO; Sumaya dos Santos, EVORA ; Yolanda Dora Martinez. A produção científica sobre a aplicação da informática em enfermagem no Brasil: uma revisão integrativa de pesquisas. Núcleo de Estudo e Pesquisa sobre Informática em Enfermagem (NEPIEn). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – Brasil. São Paulo. 2004. Disponível em: Fone: (16) 3602-3498. E-mail: yolanda@eerp.usp.br (De: Yolanda Dora Martinez Évora - Professora Titular da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP)
HELLER, B. R., BRAUN, R. F., MORAY, L. R. The use of a constructivist paradigm for the evaluation of a nursing informatics program. In: WANG, J. F., SIMONI, P. S., NATH, C. L. (eds). Vision of excellence: the decade of the nineties. Proceedings of the West Virginia Nurses' Association 1990. Charleston: West Virginia Nurses' Association, 1990. p. 447-52.
LARSON, C. E. Use of the microcomputer s a tool for subjetive grading. Comput. Nurs., v. 5, n. 5, p. 186-91, 1987.
LAZZAROTTO, Elizabeth Maria. Competências Essenciais Requeridas para o Gerenciamento de uma Unidade Básica de Saúde. Florianópolis, 2001. Dissertação (Mestrado em Engenharia da Produção) – Programa de Pós-graduação em Engenharia da Produção, UFSC, 2001. 128 p. Disponível em www.teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/9108/pdfLEFFA, V. J. O computador no ensino de línguas: Estado da arte e tendências. Tecnol. Educ., Rio de Janeiro, v. 20, n. 102-103, p. 23-8, 1991.
LUIS, Margarita Antonia Villar; MOALA, Fernando Antonio; ÉVORA, Yolanda Dora Martinez; SCOCHI, Carmen Gracinda Silvan; RODRIGUES, Rosalina Aparecida Partezani. Avaliação de uma Disciplina de Informática por Graduandos de Enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.3 no.2 Ribeirão Preto Julho 1995. Disponível em: Tel.: +55 16 3602-3451; e-mail: rlae@eerp.usp.br
MASCARENHAS, Sílvia Helena Zem; CASSIANI, Silvia Helena De Bortoli. Desenvolvimento e Avaliação de um Software Educacional para o Ensino de Enfermagem Pediátrica. Rev. Latino-Am. Enfermagem v.9 n.6 Ribeirão Preto nov. 2001. Disponível em: Tel.: +55 16 3602-3451; e-mail: rlae@eerp.usp.br
MIRIN, S. The computers place in nursing education. Nurs. Health Care, Wesport, v. 2, n. 9, p. 500-6, 1981.
MORAES, M. Uso de computador em hospitais pode economizar US$ 36 bilhões ao ano E.U.A. Folha de São Paulo. São Paulo, 02 de março. 1994. p.6-2.
NEPP/UNICAMP. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP; Núcleo de estudos de políticas públicas – NEPP. A concepção dos pólos como recurso institucional de capacitação, formação e educação permanente de pessoal para Saúde da Família – Etapa 3 . São Paulo. 2004. Disponível em: www.saude.gov.br/dab/caadab/documentos/concepcao/polos/sintese/pdf
ROTTA, Luís Antônio. O Conhecimento sobre Tecnologias de Informação dos Médicos e Enfermeiros no Programa Saúde da Família em Sobral – CE. Monografia apresentada à Escola de Formação em Saúde da Família Visconde de Sabóia - Universidade Estadual Vale do Acaraú, como requisito para a conclusão do Curso de Especialização em Saúde da Família. Sobral, 2004. Disponível em: luisantoniorotta@yahoo.com.br
WERNER LEYH, Spartaco Almeida. Cadastramento Georeferenciado dos agravos na Internet - Gerenciamento on-line do combate ao dengue com um “Servidor de Mapas” - VII Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva Abrasco 2003 - Abrasco2003 - Trabalho 4972 - Werner.Leyh@saude.gov.br ; Werner.Leyh@IMA.sp.gov.br
VASSOLER, Gilmar Luiz; BRITO, Halisson Matos de; BORTOLON, Saulo; Proposta de Informatização para os programas PSF e PACS: integrando GIS e XML ao Cartão Nacional de Saúde - PPGs em Eng. Elétrica e Informática - Universidade Federal do Espírito Santo - {gilmar, hmbrito, bortolon@inf.ufes.br}
VEIGA FILHO, João Pimenta da. A Universalização da Informação. 2001. Ministério de Estado das Comunicações do Brasil. Ci. Inf. V.30 n.1 Brasília jan./abr. 2001. ciinfo@ibict.br
VITALE, B. O computador na escola: um brinquedo a mais? Ciência Hoje, Rio de Janeiro, v. 13, n. 77, p. 18-25, 1991.

quinta-feira, maio 16, 2013

Você realmente atuou na saúde pública?

Pois é, colegas profissionais de saúde, qual o verdadeiro significado de subversão? Se plantar idéias incentivando os usuários do Sus a irem até o Ministério Público exigir o cumprimento da lei 8080, que garante que "Saúde é direito de todos e dever do Estado, então eu sou subversivo. Se plantar idéias incentivando as pessoas a fazer movimentos sociais pacíficos, como passeatas, carreatas, panfletagens, denúncias na mídia para exigir das autoridades maiores investimentos, ENTÃO EU SOU SUBVERSIVO. Se plantar idéias incentivando a importância das pessoas participarem dos conselhos locais e municipais, assim como conferências de saúde, ENTÃO, NESSE CASO, EU SOU, COM CERTEZA SUBVERSIVO!
O caos está instaurado na sociedade, em termos de saúde mental comunitária com as epidemias de transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas, transtornos da afetividade, epidemia de estresse, ansiedade, insônia, dentre outros.
O uso abusivo e muitas vezes indevido de psicofármacos como o clonazepan e fluoxetina mostra a fragilidade oriunda da resistência de uma grande parte da população em aceitar apoio psicológico. A desinformação, o preconceito e o estigma da loucura continuam sendo um grande obstáculo.
Os maus tratos sofridos pelos internos em muitas instituições psiquiátricas, o descaso de muitos gestores são todos problemas reais, muito presentes em nosso cenário.
Na formação e capacitação profissional existem também várias intempéries e escassez de recursos humanos. Muitos ainda tem pavor ao pensar na comxidade da psicopatologia e psicofarmacologia, ao pensar em um paciente em franca agitação psicomotora!
Vamos empreender mais debates sobre como podemos intervir?
"Você realmente atuou na saúde pública?
Foi alvo de gozação por cumprir horários?
Foi perseguido por alguém nomeado como cargo de confiança?
Tentou pôr em prática uma idéia nova ou tecnologia de ponta, sendo rejeitado ou excluído?
Denunciou algo ou alguém?
Ficou com medo de ter o salário atrasado?
Apoiou abertamente um político ou escondeu sua opinião para não ser retaliado?
Sonhou, idealizou, se entusiasmou, desanimou, desistiu e persistiu?
Se não o fez, faça!
Seja um militante, um cidadão pleno.
Lute conosco pela implementação do Sus, para melhorar o Brasil!"