Relato de Experiência Fiocruz/ BIREME/OPAS/OMS

Relato de Experiência Fiocruz/ BIREME/OPAS/OMS Em álbum interativo com slides e áudios online: https://www.familysearch.org/photos/gallery/album/1049792?playSlideshow Em texto resumido: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/155345899?cid=mem_copy História da Escola de Abordagem Terapêutica Intercultural Brasileira Sistêmica de Pics: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/155437740?cid=mem_copy

Relato de Experiência "APS Forte"

*Relatório Sistêmico do Laboratório de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Lab-Pics) em 2022* Encaminhado para o prêmio "APS Forte" OBJETIVOS Objetivo Geral Expandir ações da Escola Sistêmica Híbrida de Santa Cruz Cabrália para ofertar cursos, vivências e capacitações de desenvolvimento pessoal e harmonização com a filosofia sistêmica. Objetivo Específico 1 Oferecer inicialmente oito módulos opcionais, com certificação aos participantes, de auto-cuidado, formação de reiki, toque sistêmico, comunicação sistêmica, prática corporal sistêmica, meditação sistêmica, cuidado sistêmico e prática circular sistêmica. 2 Oferecer suporte online através de rodas virtuais nas redes sociais, ligados ao Programa Voluntário de Apoio e Promoção de Saúde Integral. 3 Registrar atividades em conformidade com o laboratório sistêmico ligado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia. 4 Realizar atividades intersetoriais de correlação entre as secretarias de saúde, educação, desenvolvimento social, turismo, cultura, meio ambiente e qualquer outra do interesse da gestão. 5 Realizar vivências terapêuticas com profissionais da prefeitura, cuidadores, trabalhadores das empresas cadastradas na escola sistêmica. MÉTODOS A divulgação e ofertas dos cursos oferecidos foram realizadas na plataforma do Programa de Apoio e Promoção de Saúde Integral, onde também ficaram arquivadas algumas das postagens e documentários produzidos, através de arquivologia digital em nuvem gratuita. As aulas sistêmicas foram executadas via sala no aplicativo gratuito google meet, após divulgar o link nos grupos virtuais institucionais específicos, onde foram reunidos os contatos matriculados nos cursos, nos aplicativos telegram e whats app. O controle do desempenho dos discentes foi feito via planilhas digitais do google, sempre monitoradas pela gestão e por cartões de aprazamento, registrados à mão pelos discentes e rubricados pelo docente após o cumprimento das tarefas. As apresentações, seminários, conferências, oficinas e demais eventos online da rede foram divulgados e realizados através da mesma plataforma e rede virtual. Foi realizado acolhimento e cadastro online através de bancos de dados gratuitos do google, seguido de apoio e acompanhamento através das dinâmicas e anúncios de eventos das rodas virtuais. Foi construída planilha do google com informações sobre o público alvo coletadas por esforços voluntários. Foram promovidas reuniões regulares online ou presenciais com as secretarias envolvidas, de acordo com as possibilidades da gestão. As vivências foram realizadas sob a supervisão do Serviço Social e Enfermagem do NASF/Npics de Santa Cruz Cabrália, tanto no seu respectivo Espaço físico dentro da Clínica Municipal de Reabilitação e Fisioterapia, quanto virtuais e nos Espaços cadastrados no Programa de Saúde Integral, como o Espaço Korihé, Instituto Terra Máter, Espaço Flor de Lótus, Vila Criativa e Base de Canoagem Havaiana da CPP Extreme. Nas redes sociais como whatsapp e Google meet, foram utilizadas a condução de oficinas de auto massagem, meditação reikiana e sistêmica, a abordagem integrativa indígena Korihé, assim como a Terapia Comunitária Integrativa e a Constelação Familiar Sistêmica. As abordagens em Grupo utilizaram os espaços virtuais do whatsapp, facebook, youtube e instagram do Programa Voluntário de Promoção de Saúde Integral, que já atua em parceria online com a Prefeitura de S. C. Cabrália há vários anos. Por conta das demandas dos atendimentos na pandemia, iniciei a realizar abordagens através de listas de transmissão com contatos de moradores cadastrados em Cabrália, divididos entre os temas solicitados, ainda em construção coletiva (Pics em geral, emagrecimento, realização profissional, dor crônica, relacionamentos saudáveis, resiliência, controle da raiva e agressividade, angústia espiritual). Com relação aos atendimentos presenciais, onde foram pactuados e desenvolvidos Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), com a equipe do Nasf e foram acolhidos alguns casos, com sessões terapêuticas sistêmicas. Relatando um pouco mais a respeito dos métodos adaptativos que utilizamos, buscamos priorizar o uso das redes sociais e outros recursos à distância, que conseguissem abranger os princípios da atenção psicossocial. Os técnicos da estratégia de saúde da família e o atendimento online dos psicólogos conseguiram rastrear e captar muitos dos casos que não conseguiram desenvolver a autonomia da cura com medidas caseiras para a resiliência emocional. Alguns precisaram arriscar-se à atendimentos presenciais na Sala do Nasf, na Clínica de fisioterapia, que foram desenvolvidos uma ou mais vezes por semana, quando solicitado pelo Serviço social, em casos prioritários, ou nas Unidades de Saúde da Rede e nestas circunstâncias, em casos classificados como necessários para desenvolvimento de Projeto Terapêutico Singular, foram introduzidas Pics em associação à abordagem psicológica, como exemplo a Auriculoterapia da Medicina Tradicional Chinesa, Shiatsu, Constelação Familiar Sistêmica e Imposição de Mãos/Reiki presencial ou à distância. Foram atendidos presencialmente alguns casos encaminhados, acompanhados pelos Psicólogos, Patrícia e Anderson, com sessões terapêuticas. Foram encaminhados alguns casos também pelos médicos e odontólogos, para avaliações sobre sessões de reiki ou constelação sistêmica. Foram atendidos presencialmente alguns casos, que não aderiam ao atendimento com a psicologia. Foram atendidos casos do Programa "Cuidando do Cuidador", onde não foram abertos prontuários, pois os servidores envolvidos desejavam que não houvessem registros. As sessões terapêuticas sistêmicas presenciais foram executadas para um grupo de pessoas, que nos forneceram o cartão SUS, e receberam acompanhamento diário ou semanal através de rodas sistêmicas no Whats App, tanto do voluntariado do Projeto Social parceiro, quanto grupos criados pela equipe do Nasf, com o propósito de educação popular, incluindo as Pics. De forma sistêmica, foi expressa profunda gratidão, tanto aos gestores, quanto à todas nossas equipes da rede APS e especialmente pela entrega dos que receberam nossos cuidados, científicos, holísticos e tecnológicos. RESULTADOS Do ponto de vista técnico-científico, o ano foi especialmente importante, pois conseguimos expandir ações da monitoria do Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia para a Atenção Básica, adaptando o uso conjunto destas técnicas à novas associações com a abordagem da Psicologia da ACP e da TCC (No Caps, já havíamos integrado as Pics à psicologia transpessoal, à Fisioterapia e ao Serviço Social), assim como à Educação Física. Continuar otimizando a associação das 29 pics cadastradas pelo Ministério com outras abordagens e as intervenções da equipe interdisciplinar, também é uma das metas do Lab-Pics para 2022. A partir do momento em que foi inaugurada a Clínica de Reabilitação e Fisioterapia, com uma sala para o Nasf, as forças, atenção e energias tanto da Enfermagem e Serviço Social do Nasf/Npics como de alguns voluntários e estudantes da Escola Energético- Sistêmica que foi organizada pela Atenção Básica, estiveram voltadas ao desenvolvimento das atividades do Laboratório Sistêmico de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Lab-Pics). Foram ministradas aulas teóricas online e práticas vivenciais de um curso de reiki, toque terapêutico Sistêmico e integrativo, para profissionais, voluntários e usuários do SUS. Foram formadas classes para estudar e praticar aspectos da abordagem sistêmica, como a comunicação, meditação, práticas corporais e cuidado sistêmico. Foram alcançados excelentes resultados, como mérito de um belo esforço coletivo e não egóico. Em meio à uma verdadeira "batalha invisível", a um "combate emocional", vivenciado por nossos pacientes, ainda em período pandêmico, conseguimos coletar explêndidos relatos e evoluções bem sucedidas em casos que foram atendidos utilizando Pics através da internet e especialmente em alguns casos, atuando ao lado da Assistente Social e a Psicóloga do NASF e os demais psicólogos, da Policlínica e Caps. Nossa profunda gratidão, Diego da Rosa Leal Enfermeiro e Professor Sistêmico Laboratório Vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia (Npics/Geppics/UFSB) Prefeitura de Santa Cruz Cabrália

sábado, setembro 26, 2020

Produção da Aneps Nordeste.

[26/9 22:09] +55 85 9617-3686: Carta produzida coletivamente pelo grupo do Ceará e cordel produzido por Rafael Rolim
[26/9 22:10] +55 85 9617-3686: Poema produzida um o por Alex Josberto  do Cariri e cordel por Duda Quadros todos  com base no conteúdo da carta
[26/9 22:11] +55 85 9617-3686: A ANEPS no Ceará 
reafirma seu compromisso
Que existe desde o início 
Com a educação popular 
Em saúde, a articular
Com força e autonomia
E hoje com a pandemia
E o contexto político
Neste momento crítico
Reinventar nossa via

Criar presencialidades
Pouco experenciadas 
Por nós ainda não passadas
Em nossas realidades
Fortalecer de verdade
Príncípios que nos orientam
E articulam os que representam
Movimentos, trabalhadores
Estudantes, professores
Entre outros que nos alimentam

A educação popular
Princípio pedagógico
Ètica do dialógico
Amorosidade que visa
Com crítica-reflexiva
Inéditos viáveis criar
Para juntos superar
As situações-limite
Que nos exclui, nos oprime
E nossos direitos vem ceifar
[26/9 22:12] +55 85 9617-3686: No interior da minha infância eram constantes as quedas de energia à noite. Quando a luz "voltava" todos saíam às ruas comemorando aos gritos. Nesses tempos sombrios e de pandemia como diz o poeta: "Faltou luz, mas era dia"!  

Teremos muito trabalho, vamos precisar de todas as redes, movimentos, um bom chá pra curar essa azia...

Todas as ciências

De baixa tecnologia

Todas as cores escondidas

Nas nuvens da rotina

Pra gente ver

Por entre os prédios e nós

O que sobrou do céu...

Vamos continuar sem saneamento básico, sem água e ar de qualidade, sem habitação digna, sem segurança alimentar e nutricional, explorados e oprimidos pelo Capital? Sucessão de monólogos capitaneados pelo biopoder, as grandes corporações e governos autoritários, perseguindo os diálogos da esperança, e  gerando solastalgia, embotando a potência dos aprendizados? Se for assim, outras "pandemias" virão juntar-se às outras tantas que nunca deixaram de existir.

Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais!

Vamos precisar de todo mundo, anunciadores, profetas, mezinheiras, rezadeiras, doutoras sarobas, bruxas, cenopoetas, marionetistas, animadores, xamãs, mães de santo, permacultora, terapeutas, sacerdotisas, agloforestadores,  pajés, caboclos guardiões das sementes crioulas, curadores, parteiras, cuidadores, artistas e cantores, trupes de engolidores de fogo, adivinhos e malabaristas, palhaços, contadores de histórias e humoristas, guardiões de lugares e defensores da pacha mama, porque vocês, mais do que ninguém, são necessários para construir a saúde baseada nas paixões alegres. É hora mais do que nunca de promover a vida e a saúde e não a Morte e a doença.

Vamos crianças e passarinhos nos ancorar, nos arvorar no bem viver, no esperançar freireano, na alegremia, na amistosofia nesta grande articulação, um amoroso adjunto do roçado-jardim da educação popular e do Cuidado.
(Alex Josberto)

domingo, setembro 13, 2020

Linha de Ação 9 - Em Honra à minha Mãe...

Confira esta história que acrescentei ao FamilySearch, disponível em: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/113363541

O capítulo abaixo contém minhas próprias digitações, associadas à transcrição de áudio sistêmico de minha filha Raquel Rodrigues Leal e uma citação do documento oficial das pics no Estado da Bahia.

"AMADO PAI CELESTIAL, grato por ter me dado a vida... 
Grato pela vida que chegou à mim através dos meus pais....
Eu tenho me esforçado para honrar essa vida, elevando minha espiritualidade e procurando obter sucesso em todas as coisas.

Então não poderíamos imaginar há vários anos atrás aonde as práticas integrativas e complementares em saúde realmente nos levariam os reais efeitos que isso poderia trazer aos usuários do sistema único de saúde. Os beneficiários do sistema privado e também aqueles que recebem serviços através das organizações não governamentais. Quando eu estava na faculdade eu pude perceber prontamente e fui profundamente tocado pela importância da educação de saúde. E a importância do olistico mas não sabia como viver isso na prática. Eu fui muito tocado ao escutar sobre Marta Rogers e o toque terapêutico, Isso tudo fazia muito sentido. A Teoria das energias... A teoria do relacionamento interpessoal de Joyce Travelbee, Isso fazia muito sentido para mim, mas na teoria. Ainda não sabia como isso poderia acontecer na prática. 
Foi quando eu e minhas colegas de Faculdade iniciamos as rodas integrativas de cuidado aos cuidadores do 5° andar (semiintensiva) do Husm que iniciamos a aplicar a roda de conversa com comunicação terapêutica, relaxamento com respiração profunda e reflexão meditativa com imagens mentais.
Quando o grupo de tabagismo começou a acontecer e eu vi o Dr. Luiz Antonio Rota em ação, eu realmente vi a importância de fazer exercícios respiratórios, os exercícios de imaginação e contração/relaxamento muscular. Os exercícios do capítulo específico da segunda seção da abordagem aos fumantes do Inca, que tratava sobre o controle do estresse e a necessidade de participar junto com os pacientes foi algo que realmente me tocou, eu comecei a fazer isso quando fui responsável pela implantação do programa de tabagismo em Porto Seguro e também em Santa Cruz Cabrália. Eu comecei a seguir o exemplo do Dr. Rota em Farroupilha/RS e também a fazer exercícios com os nossos pacientes no extremo sul baiano. Eu percebia que aquilo ajudava mais que o adesivo transdérmico de nicotina, os pacientes realmente precisavam disso, realmente se sentiam muito bem, mas estava evidente que aquilo ainda seria pouco. Quando o professor Marcos Gontijo, na Unesulbahia, resolveu aceitar meu convite executar uma capacitação no laboratório de terapias manuais/massoterapia e qualificar não somente a mim quanto os meus alunos, através do serviço em conjunto com os seus monitores, não poderíamos imaginar os benefícios que estes procedimentos trariam aos servidores e pacientes do Caps. Isso foi o início de uma sequência de fatos que levou à sucessão de um voluntariado e estágio supervisionado de acadêmicos de enfermagem na Associação Ciranda da vida de suporte aos pacientes com câncer. O serviçp ofertado na ciranda da vida tem a força e o poder de mostrar à sociedade de Porto Seguro essa força das práticas integrativas e complementares do ministério da saúde e outras. Lá realmente foi o laboratório da Unesulbahia, o laboratório das práticas integrativas e complementares de saúde que foram posteriormente implantadas oficialmente na Prefeitura de Santa Cruz Cabrália. A ciranda da vida foi responsável por levar essas pics para todos os caps por onde passamos em estágio supervisionado, por todos os dispositivos da rede onde tivemos enquanto acompanhava os estagiários da Unesulbahia. Enquanto supervisor de estágio deles, eu realmente conseguia mostrar a aplicação daquilo que vivenciávamos lá na ciranda da vida. Essa Associação Ciranda da vida foi de especial contribuição para o enriquecimento e aprimoramento da prática do toque terapêutico e para o desenvolvimento do potencial da comunicação terapêutica que, ao estar nos livros parecia mais uma receita morta. 

Mas ao invés de indicarmos uso de práticas na ciranda da vida pelo professor Ubiraci e pelos professores da constelação familiar poderíamos ver o potencial que a enfermagem poderia alcançar, e também todos aqueles outros que tivessem uma alma de "curadores" e até mesmo o potencial de tornarem-se terapeutas em alguma área holística.

Bert Hellinger, no final de sua vida, escreveu sua bela Obra, "Meu Trabalho, minha vida". 
Graças às Tuas inspirações, eu posso escrever um livro NOSSO, Teu primeiro e meu também, "TEU TRABALHO EM MINHA VIDA", honrando primeiro à Ti, em seguida à Ubiraci Pataxó e à Tarso Firace, que mostram aos seus alunos suas infinitas possibilidades e que deram um presente ao mundo mostrando o nosso potencial como "Mestres do Saber", como "Curadores", "Maravilhapeutas", como "Profissionais de Energia" ou como eu diria, ENFERMEIROS DA ALMA. O Ubiraci, em especial, mostrou, com todo amor, voluntariamente, que poderíamos transformar a tradicional comunicação terapêutica da enfermagem, não apenas em Korihé ou abordagem sistêmica, mas em uma preciosa arte de ressignificação da crise. Mostrou-me, assim como àqueles alunos e voluntários que quiseram, na forma do "coaching sistêmico dos seus ancestrais" que a cura vem de Ti e cada um deve percorrer seu próprio caminho espiritual. Cada um deve encontrar sua própria forma de dar seus Doze Passos da Espiritualidade que, de repente, possam ser seis, treze ou dezesseis passos, dependendo individualmente do Projeto Terapêutico Singular de cada indivíduo. Ubiraci mostrou também que esses vários passos podem ser dados na forma de cursos ou abordagens terapêuticas à famílias, escolas, empresas ou qualquer outro sistema. Ainda não compreendo plenamente a magnitude dessa mensagem, nem consigo vislumbrar todas as possibilidades. Aprendi com estes dois grandes homens que precisamos parar alguns momentos e nos cuidar e que aquele que cuida precisa ser cuidado tanto quanto qualquer outro e que muitas vezes a forma de fazer isso, é com um pouco de humor, de toque, de meditação sistêmica ou qualquer outra forma de meditação. A poderosa frase de auto-sugestão ressoa, repete-se regularmente em minha atuação com as práticas integrativas e a grande polêmica em torno do termo mais apropriado continua ecoando, sem findar: "Estou aqui somente para mim, eu que cuido tanto dos outros, agora estou sendo cuidado"...
Se por um lado, alguns acreditam que dizer que são apenas práticas integrativas, concede um "excesso de importância", por outro lado afirmar que são complementares pode torná-las "não fundamentais", "supérfluas", "um luxo"... 
Existe algo que não tenho dúvidas, é que milagres são reais, que acontecimentos fenomenológicos nos ocorrem frequentemente e que podemos observar, perceber, compreender, intuir e sincronizar com o inconsciente coletivo, descrito por Carl G. Jung, em círculos cada vez mais elevados de amor, conforme contribuiu Bert Hellinger. É possível reparar o efeito que essas práticas exercem na vida das pessoas.

O Professor Moacir Amaral, Psiquiatra e Terapeuta Sistêmico, também contribuiu muito com seus muitos alunos, mostrando como podemos trabalhar com sonhos e como precisamos ter cuidado com o ego. Quando criamos algo, manifestamos energia, damos forma àquilo, aprisionamos ou limitamos àquilo. Precisamos ter cuidado ao manter a visão dinâmica, sistêmica, que permite a sincronização com algo invisível, intangível, algo mais elevado, mais inteligente, belo e amoroso na natureza. Precisamos olhar para o micro, sem perder a visão do macro...
Extremamente poético, como Tarso Firace, Moacir também nos fez recordar do belo trabalho sistêmico do Professor Danilo Avelar, advogado, músico e terapeuta. A arte nos arremete ao essencial, nos ajudam a ver "o que é".
Agora, depois de relembrar marcantes momentos, com professores excepcionais, recordando a trajetória das Pics, citarei parte do documento da implantação do Programa Estadual de Pics na Bahia, do qual assumi parte ativa:
"Inicialmente, a PNPICS preconizou a implementação dos sistemas médicos:
Homeopatia e Medicina Tradicional Chinesa (MTC), esta última com o desenvolvimento da acupuntura em caráter multiprofissional, e também um conjunto de práticas dentro da abordagem terapêutica específica da MTC (lian gong, qi gong, tui-na, tai-chi-chuan, plantas medicinais, orientação alimentar e meditação) e as práticas terapêuticas (plantas medicinais, fitoterapia e termalismo social – crenoterapia). Um terceiro sistema médico, a Medicina Antroposófica, foi incluído, com a publicação do Observatório das Experiências de Medicina Antroposófica. Em dezembro de 2016, na análise dos dez anos de implantação da PNPICS
foram contabilizados, no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), 6.060 (seis mil e sessenta) estabelecimentos ofertando procedimentos do SUS em PICS, destes, 202 (duzentos e dois) Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas diversas modalidades e 203 (duzentos e três) hospitais, revelando a presença das PICS nos vários níveis de atenção à saúde e em unidades de naturezas diversas, além da APS. Em maio de 2017, o Departamento de Atenção Básica (DAB) do MS informa, a
partir do Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) e dos dados do SCNES sobre um total de 9.470 estabelecimentos de saúde no país que ofertam PICS, distribuídos em 3.097 (três mil e noventa e sete) municípios, representando 56% dos municípios brasileiros. Destes municípios, 79 (setenta e nove) ofertam PICS somente na Média e Alta Complexidade (MAC). O SISAB foi instituído pela Portaria GM/MS nº 1.412, de 10 de julho de 2013, passando a ser o sistema de informação da Atenção Básica vigente para fins de financiamento e de adesão aos programas e estratégias da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), substituindo o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). O SISAB integra a estratégia do Departamento de Atenção Básica (DAB/SAS/MS) denominada e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB), que propõe o incremento da gestão da informação, a automação dos processos, a melhoria das condições de infraestrutura e a melhoria dos processos de trabalho. A PNPICS legitimou a oferta de PICS no SUS e intensificou o surgimento de
outras práticas locorregionais. Nesse contexto, houve a publicação da Portaria GM/MS nº 849, de 27 de março de 2017, que inclui a Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga, ampliando o escopo proposto em 2000. Posteriormente, o MS publica a Portaria GM/MS nº 702, de 21 de março de 2018, que altera a Portaria de Consolidação GM/MS nº 02, de 28 de setembro de 2017, para inclusão de dez novas práticas na PNPICS (Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de Mãos, Medicina Antroposófica/Antroposofia Aplicada à Saúde, Ozonioterapia, Terapia de Florais, Termalismo Social/Crenoterapia). Em que pesem as iniciativas desenvolvidas em todo o estado, muitas estão na
invisibilidade nos territórios e na história das comunidades que reforçam o uso popular de diferentes práticas que acontecem nas comunidades tradicionais como os indígenas, quilombolas, ribeirinhos, que se utilizam de terapias à base de ervas, partes de animais ou minerais e terapias sem medicação, como as terapias manuais, as terapias espirituais e outros que utilizam terapias como as práticas referendadas pelo MS, tais como, a Homeopatia, a Acupuntura e a Terapia Comunitária. Na Bahia, as PICS estão presentes na assistência à saúde da população há
muitos anos, a exemplo de iniciativas particulares de ação social como a Farmácia Homeopática Soares da Cunha, desde 1918. No setor público, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), no final da década de oitenta, contratou médicos homeopatas concursados, época em que alguns municípios incluíram a MTC e médicos homeopatas nos seus quadros. Atualmente, as PICS na Bahia vêm sendo implementadas a partir de demandas
do controle social e articulações intersetoriais com atores envolvidos com essas práticas e a Educação Popular em Saúde. Esse processo teve como marco a publicação da Portaria SESBA nº 2.815, de 1º de outubro de 2008, revogada pela Portaria SES-BA nº 1.686, de 16 de outubro de 2009, que institui, em seu Art. 1º, o Núcleo Estadual de Práticas Integrativas e Complementares, tendo como parte integrante o Núcleo Estadual de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (Núcleo FITOBAHIA), conforme o Art. 2º da portaria supracitada. Tal iniciativa se ancorava na PNPMF, aprovada pelo Decreto nº 5.813 de 22 de junho de 2006, e, ainda, pelo Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, aprovado pela Portaria Interministerial, de 09 de dezembro de 2008, fortalecendo com isso a Fitoterapia no SUS.
Como previsto na Portaria SES-BA nº 1.686, de 16 de outubro de 2009, o Núcleo Estadual de Práticas Integrativas e Complementares no SUS foi alocado na Diretoria de Assistência Farmacêutica (DASF), na Superintendência de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde (SAFTEC), na SESAB. Na época, foi apoiado por um grupo de trabalho constituído e nomeado para propor medidas e ações necessárias à implantação do Programa Estadual de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PEPMF), sendo revogada posteriormente, pela Portaria SES-BA nº 521, de 05 de maio de 2016.
Em 2012, foi implantada na Coordenação de Políticas Transversais (CPT), da
Diretoria de Gestão do Cuidado (DGC), na Superintendência de Atenção Integral à Saúde (SAIS), da SESAB, a Área Técnica de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (ATPICS), visando dar continuidade às iniciativas de implantação da PNPICS, atentando-se ao propósito de contemplar o conjunto das racionalidades previstas na PNPICS e viabilizar a incorporação das práticas vivenciadas nas diversas comunidades em cada território baiano.
Em agosto de 2015, a partir da ação articulada com o movimento social
representado por trabalhadores e estudantes das áreas da saúde e educação, foi deliberada a proposição da SESAB criar um serviço de PICS. Destaca-se que os mesmos foram capitaneados pela coordenação do ambulatório de PICS no Ambulatório Magalhães Netto do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES) e pela docência do Componente Curricular Racionalidades Médicas e Práticas Alternativas, do Instituto de Humanidades, Arte e Ciências Professor Milton Santos (IHAC), ambos da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Assim, em reunião intersetorial, a proposta resultou na iniciativa de elaboração da PEPICS-BA. Em setembro de 2015, diante da proposta de elaboração da política estadual,
fruto da reunião ocorrida em agosto de 2015 na 9ª Conferência Estadual de Saúde (9ª CONFERES), houve uma oferta de cuidados em PICS na Tenda Maria Felipa por meio da realização de atendimentos diversos, cuja visibilidade conferida propiciou uma moção de apoio, aprovada por unanimidade, por delegados de vários segmentos. Todo esse esforço culminou na publicação da Portaria SES-BA n º 521, de 05 de maio de 2016, na qual foi designada a Comissão Interinstitucional de Implementação da Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares nos SUS no Estado da Bahia, composta por representantes de unidades formadoras, diretorias da SESAB, Conselho Estadual de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS) e Conselho Estadual de Saúde (CES).
O Objetivo Geral é ampliar o acesso às PICS no SUS, na perspectiva da compreensão holística em
todos os níveis de atenção (promoção, prevenção de agravos e recuperação da saúde) para a população do estado da Bahia.
Os objetivos específicos são promover mecanismos de formação aos profissionais de saúde em PICS; Instituir a inclusão de PICS já incorporadas à rede de saúde, valorizando os aspectos socioculturais e práticas populares de cada região do estado da Bahia; Definir diretrizes e estratégias dos gestores municipais para implementação das PICS no SUS; Estimular as ações referentes ao controle/participação social.
A formulação da PEPICS-BA se respalda em ações intersetoriais, subsidiando a Comissão Interinstitucional de Implementação da Política Estadual de Práticas Integrativas e Complementares. Instituída através da Portaria SES-BA nº 521, de 05 de maio de 2016, a comissão foi composta por representantes de diretorias de superintendências da SESAB.
A formulação da política seguiu um cronograma de trabalho que compreendeu
as seguintes etapas: abordagem e estudo comparativo de modelos de políticas municipais, estaduais e nacional, como parâmetros para a PEPICS-BA; discussão e análise da oferta de PICS no estado da Bahia; identificação e categorização das práticas e racionalidades; e finalmente, elaboração do documento técnico da política. A diversidade de grupos praticantes de PICS, presentes ao longo de todo o processo, permitiu o aprofundamento teórico e a opção pela apresentação de conjuntos de racionalidades e práticas agregáveis.
Foram considerados as PICS previstas na PNPICS por meio das portarias:
GM/MS 971, de 03 de maio de 2006, (Medicina Tradicional Chinesa – Acupuntura, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Termalismo Social/Crenoterapia e Homeopatia); GM/MS 1600, de 03 de maio de 2006, (Medicina Antroposófica); GM/MS 849, de 27 de março de 2017 (Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga); GM/MS 702, de 21 de março de 2018 (Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de Mãos, Medicina Antroposófica/Antroposofia Aplicada à Saúde, Ozonioterapia, Terapia de Florais, Termalismo Social/Crenoterapia. Para fins de organização da PEPICS-BA, as práticas foram categorizadas em
cinco grupos: 1. Sistemas Médicos Complexos, 2. Práticas Corporais e Vivências Integrativas, 3. Práticas Energéticas/Vibracionais e Meditativas/Contemplativas, 4. Terapias baseadas em produtos naturais/Plantas Medicinais e 5. Práticas Tradicionais e Populares.
Sobre Sistemas Médicos Complexos/Racionalidades Médicas: Sistemas Médicos Complexos são as abordagens do campo das PICS que possuem teorias próprias sobre o processo saúde-doença, diagnóstico e terapêutica. Esses sistemas médicos, oriundos de diferentes culturas, possuem como paradigma central a concepção vitalista de natureza, considerando o ser humano em uma perspectiva transdimensional (físico, emocional, social, psicológico e espiritual). Sendo assim, para atender as demandas relacionadas ao processo de saúde-doença, utilizam-se de diferentes recursos terapêuticos (práticas meditativas, corporais, alimentares, dentre outras) com o intuito de recuperar e promover a saúde humana, enfatizando o autoconhecimento e o autocuidado dentro de uma perspectiva ecológica. Os sistemas Médicos Complexos integrados ao SUS através da PNPICS foram: MTC/acupuntura, Medicina Antroposófica, Homeopatia e Ayurveda.
A Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura (MTC) caracteriza-se por um sistema médico integral, originado há milhares de
anos na China e que valoriza a relação harmônica entre as partes visando a integridade, além de fundamentar-se na teoria do Yin-Yang e na teoria dos cinco movimentos (madeira, fogo, terra, metal, água). O objetivo da MTC é compreender os fatores que propiciam no indivíduo o
desequilíbrio entre a dualidade Yin e Yang, estabelecendo através das práticas terapêuticas o fluxo da energia entre os elementos e o equilíbrio energético. Originária da MTC, a acupuntura compreende um conjunto de procedimentos
que permitem o estímulo preciso de locais anatômicos definidos por meio da inserção de agulhas filiformes metálicas para promoção, manutenção e recuperação da saúde, bem como para prevenção de agravos e doenças. A OMS recomenda a acupuntura aos seus Estados-membros, e o consenso do
Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (National Institutes of Health) referendou a indicação da acupuntura, de forma isolada ou como coadjuvante, em várias doenças e agravos à saúde, tais como odontalgias pós-operatórias, náuseas e vômitos pósquimioterapia ou cirurgia em adultos, dependências químicas, reabilitação após acidentes vasculares cerebrais, dismenorréia, cefaléia, epicondilite, fibromialgia, dor miofascial, osteoartrite, lombalgias e asma, entre outras. A MTC inclui, além da acupuntura, moxabustão, ventosas, eletroacupuntura,
práticas corporais (lian gong, qi gong, tai ji quan); práticas meditativas; dietoterapia; fitoterapia tradicional chinesa; massoterapia (tuina); reflexologia (em pavilhão auricular, pé, mão, abdome, crânio).
A homeopatia é um sistema médico-terapêutico, de caráter holístico, baseado no
princípio vitalista e no uso da lei dos semelhantes, enunciada por Hipócrates no século IV a.C. Desenvolvida por Samuel Hahnemann no século XVIII, considera a existência de uma Energia Vital soberana e imaterial que anima o organismo como um todo. Assim, afirma que eventuais desequilíbrios orgânicos, provocados por fatores herdados ou adquiridos, desencadeiam uma ação dessa Energia Vital na tentativa de restabelecer o equilíbrio perdido.
A homeopatia lança um olhar integrativo sobre o ser humano, ao invés de focar
na doença, compreendendo-o como uma unidade psico/neuro/imuno/endócrino/metabólica. Em sua prática, engloba o uso de medicamentos diluídos e dinamizados – cujas evidências de sua eficácia estão sendo confirmadas pela epigenética e com amplas possibilidades no âmbito da nanotecnologia – associado a uma abordagem terapêutica que respeita e considera os aspectos bio/psico/sócio/espirituais que definem a individualidade humana. É reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina desde 1980. Atualmente, é uma especialidade também nas áreas de Farmacologia, Medicina Veterinária e Odontologia.
Medicina Antroposófica/Antroposofia Aplicada à Saúde Com abordagem médico-terapêutica complementar, de base vitalista, a
medicina antroposófica, cujo modelo de atenção está organizado de maneira transdisciplinar buscando a integralidade do cuidado em saúde, é fundamentada na concepção integral do ser humano, constituído de corpo, alma e espírito. Seu objetivo é estimular e regular as forças curativas do organismo humano e propor um caminho de desenvolvimento interior para o médico ou terapeuta e seus pacientes. A antroposofia aplicada à saúde, abarca além da Medicina, a Enfermagem, a
Fisioterapia, a Fonoaudiologia, a Psicologia, a Odontologia e se utiliza de outras formas terapêuticas como: terapia artística, euritmia curativa, massagem rítmica, hidroterapia, aplicações externas, fricções, musicoterapia, quirofonética e aconselhamento biográfico, além da organização neurofuncional. A farmácia antroposófica utiliza alopatia, homeopatia e produtos próprios em que a matéria-prima obtida da natureza é manipulada a partir de dinamizações específicas. Prioriza a integralidade do cuidado e o vínculo terapêutapaciente, com uma escuta acolhedora e a individualização do tratamento. As ações em antroposofia devem ocorrer em todos os níveis de complexidade:
na APS, a exemplo do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASFAB); atenção especializada, a exemplo do CAPS; atenção hospitalar, compreendendo a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a reabilitação, quando se fizer necessária. Ressalta-se a importância do seu uso nas diferentes fases da vida, entendendo a doença como parte do desafio de desenvolvimento humano e auxiliando o retorno do equilíbrio rítmico.
Ayurveda Originado na Índia, o ayurveda é um dos sistemas médicos mais antigos do
mundo, cujos aspectos teórico-simbólicos apontam para a existência de cinco elementos (éter, ar, água, fogo, terra) constitutivos de tudo que existe no universo, inclusive o ser humano, entendido como uma pequena representação do macrocosmo. No ayurveda, as manifestações psicofisiológicas saudáveis dos seres humanos são consequência do fluxo combinado e equilibrado entre os cinco elementos, os Doshas, que quando alterados, desencadeiam o processo patológico. Nesta perspectiva, a medicina ayurvédica propõe recuperar e promover saúde
através da harmonização dinâmica dos Doshas utilizando como recursos terapêuticos: massagens, dieta, rotina diária de hábitos saudáveis, oleação, sudação, fitoterapia, óleos medicinais, metais, minerais, pedras preciosas, práticas corporais, yoga, meditação, mantras, dentre outros.
4.2 Práticas Corporais e Vivências Integrativas O conjunto de práticas corporais e vivências integrativas está alicerçado em
uma concepção holística de corpo cuja morfologia é compreendida pela relação transdimensional entre os aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais. Através de diferentes possibilidades de intervenção, propõe-se recuperar e promover a saúde em uma perspectiva integral de ser humano, sociedade e natureza. Elabora, portanto, múltiplas experiências somaestéticas visando a harmonização psicofísica, o autoconhecimento, o aprimoramento do autocuidado e o desenvolvimento de relações socioambientais saudáveis. As práticas corporais e vivências integrativas podem ser desenvolvidas em
abordagens individuais ou coletivas, na unidade de saúde ou na comunidade, sob as seguintes modalidades: análise bioenergética, apiterapia, argiloterapia, arteterapia, biodança, contação de histórias, constelação familiar, dança circular, educação somática, geoterapia, massoterapia, medicina
germânica, medicinaneohipocrática/naturologia/naturopatia, microfisioterapia, musicoterapia, osteopatia, ozonioterapia, quiropraxia, terapia aquática, terapia com animais, Terapia Comunitária Integrativa (TCI).
Práticas Energéticas/Vibracionais e Meditativas/Contemplativas Este grupo de práticas terapêuticas compartilha do pressuposto de que matéria e
energia são manifestações diferentes da mesma substância universal. Esta concepção fundamenta tanto as práticas milenares de cura, com seu viés cultural e religioso, quanto alguns recursos terapêuticos mais recentes que utilizam-se de uma perspectiva mais secularizada de compreensão de natureza e ser humano. Neste âmbito, o processo saúde-doença é compreendido pela correlação entre
expressões psicofísicas e aspectos energético-vibracionais, detectáveis ou não por instrumentos da ciência moderna, onde cada prática traz consigo recursos diagnósticos e terapêuticos específicos na busca de uma abordagem integral e ecológica de benefício à saúde. A busca pela melhoria na qualidade de vida e redução do estresse estimulou a
produção de trabalhos científicos que evidenciaram os efeitos positivos das práticas meditativas/contemplativas e energéticas/vibracionais sobre o estado mental e o comportamento humano, bem como, ao desencadear fatores psiconeuroimunológicos de recuperação e proteção à saúde. São exemplos de práticas energéticas/vibracionais e meditativas/contemplativas: cristaloterapia, cromoterapia, cura magnificada, frequências de brilho, hipnoterapia, imposição de mãos, johrei, passe magnético, radiestesia, reiki, técnicas imaginativas/visualização criativa e diferentes tipos de meditação (guiada, yoga, transcendental, mindfulness, dentre outras).
Terapias Baseadas em Produtos Naturais/Plantas Medicinais São recursos terapêuticos caracterizados pelo uso de plantas medicinais e
produtos naturais em suas diferentes formas farmacêuticas, como a líquida, em pó, em cápsulas, óleos essenciais dentre outras, com finalidades curativas, profiláticas e promotoras de saúde considerando o ser humano em uma perspectiva integral. Práticas terapêuticas de permeação cutânea, ingestão e inalação de substâncias naturais, podem ser observadas em diversas culturas pelo mundo desde a antiguidade e que, atualmente, aliadas às pesquisas científicas têm fornecido bases sólidas para seu emprego nos serviços de saúde.
A presença de povos tradicionais na Bahia, tais como indígenas e quilombolas,
que utilizam métodos tradicionais na prevenção e no tratamento de diversos agravos, faz das práticas terapêuticas baseadas em plantas medicinais uma importante ferramenta regional de cuidados em saúde. Neste grupo estão contempladas a aromaterapia, crenoterapia/termalismo, fitoterapia, naturologia e terapias de florais.
4.5 Práticas Tradicionais e Populares As práticas tradicionais e populares em saúde são os conhecimentos trazidos e
realizados pelos descendentes dos povos originários de cada território. Estas práticas de saúde advêm das tradições orais, resultantes do imbricamento cultural de vários saberes, sobretudo na Bahia, oriundos das populações indígenas e afro-brasileiras. As práticas de saúde realizadas por essas populações e suas compreensões a respeito do processo saúde-doença-cuidado adotam, em sua maior parte, princípios de causalidades múltiplas e a busca pelo equilíbrio dos estados físico, emocional, psíquico e espiritual. Utilizam-se de procedimentos diagnósticos, administração de técnicas e
medicamentos fundamentados na flora e fauna local, envolvendo ações voltadas à cura através da administração de dietas, jejuns, além do uso de ervas terapêuticas por via interna e/ou externa, tais como chás, banhos, massagens, reequilíbrios energéticos, práticas corporais e procedimentos espirituais. Estão entre as práticas tradicionais e populares: benzedeiras, curandeiros, rezadeiras, parteiras, raizeiros, pajés, videntes, médiuns, orientadores espirituais e praticantes de religiões de matriz africana. Muitos deles advindos das populações negra, quilombola, indígena, cigana, ribeirinha, pesqueira, marisqueiras, extrativista, assentados e acampados."

Acabou se tornando um dos grandes desafios do Programa de Promoção de Saúde Integral, integrar em uma abordagem terapêutica os conhecimentos científicos do campo da enfermagem como a comunicação terapêutica, o toque terapêutico, a intervenção familiar, que foram nosso ponto de partida às demais Pics conforme descrito, às práticas restaurativas, às tecnologias móveis e conseguir multiplicar esses produtos para fortalecer a rede de atenção psicossocial, ampliando o alcance através da educação popular, fortalecendo a cientificidade e a interdisciplinaridade para promover cultura de paz, qualidade de vida, participação cidadã sistêmica, valorização da natureza, cultura, arte, autossuficiência, empreendedorismo, economia solidária, equilíbrio na alimentação, sono, sexualidade. 
Ficou evidente a necessidade de fortalecer o Sistema Único de Saúde Brasileiro em seus princípios de integralidade, universalidade e equidade, especialmente a enfermagem, que é o coração do cuidado, os agentes de saúde e professores, mas também os outros trabalhadores da área de saúde, educação, segurança, comércio, turismo, cultura e incluir nesse processo todas as outras áreas na medida do possível, respeitando sempre as escolhas e destinos buscados por cada alma.
Ficou ainda mais clara a importância das pics para uma navegação sadia e sistêmica nas redes sociais, promovendo o marketing das causas sociais, o apoio institucional ao SUS, o incentivo à autorrealização através do voluntariado, a inspiração, motivação e espiritualidade, da fé e ânimo na comunicação interpessoal e, principalmente, o fortalecimento da família, enquanto célula básica da sociedade.

O que significa ser um híbrido intercultural? (transcrito por Raquel R. Leal)

A expressão que o professor Ricardo Florentino utilizou a Universidade Federal do Sul da Bahia, quando nós tivemos o encontro para falar sobre... (Ah... Eu não me lembro do termo agora, não. Realmente, eu não me lembro do termo agora não, então Raquel essa parte você não precisa digitar. Mas se tu quiser tu digita né... pois essa mensagem é uma mensagem do nosso sistema familiar para o mundo. Como a minha filha é uma artista e ela é uma híbrida intercultural também - porque ela é metade baiana e metade gaúcha, e sabe lá mais o quê. Porque nossa árvore genealógica de judeus e palestinos os espanhóis e europeus de vários partes e sei lá. Nós brasileiros somos híbridos interculturais e nós somos artistas de natureza. Desde que a gente nasceu a gente é artista e já faz misturar tudo por causa da genética. Então eu sou um híbrido intercultural e a Raquel é mais intercultural do que eu ainda. Então ela sendo uma artista que ela é desde pequena talvez ela transforme esse texto em alguma coisa muito interessante - então filha fique à vontade para colocar sua criatividade artística em prática - a expressão que eu não recordava era "Epistemologias do Sul"). 

Mas a mensagem que queremos trazer é que nós podemos sim integrar as 29 práticas integrativas e complementares do Ministério da Saúde, junto com o Korihé de Ubiraci Pataxó junto com a comunicação terapêutica da enfermagem junto com o círculo de paz da justiça restaurativa e toda tecnologia leve que venha agregar e ajudar na cura da alma. Essa é a mensagem, a mensagem de esperança da nossa essência, do nosso sistema para o mundo mas especialmente através do sistema único de saúde. O que nós estamos fazendo é para o sistema único de saúde. Ou seja nós queremos que esse sistema único de saúde se torne um modelo para o mundo, que todo o mundo seja assim intercultural e pacífico. Nós esperamos que isso atinja todos os povos. e por isso que nós trabalhamos com a internet porque a internet tem o potencial de atingir todos os povos. Sabemos que muitas não vão ouvir essa mensagem porque eles optam pela guerra e o conflito, mas essa é a nossa mensagem de que a saúde, ela está relacionada com a paz. a saúde, não é possível quando existe conflitos. a não ser que o caminho seja o caminho que aprendemos com a teoria da acupuntura de que a doença é o início da cura, e que cada um de nós escolhe a sua doença. Se for necessário a doença para que chegue à cura, então que assim seja."

Linha de ação 10 - em Honra à minha Mãe...

Confira esta história que acrescentei ao FamilySearch e está disponível em: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/113363136

Meu Infinitamente Rico Rei Celestial...
Eu agradeço-te humildemente por, além de haver derramado a vida sobre mim, tenha derramado saúde em abundância...
Até mesmo as doenças e manifestações psicossomáticas trouxeram mensagens e valiosas lições... 
A dor, por exemplo, principalmente as dores da alma tem sido importantes professoras que tem me ajudado a progredir em muitos aspectos...
Obrigado pela riqueza dos olhares, sorrisos, fé e ânimo do meu pai e de minha mãe. São os pais certos para mim.
Grato meu pai e grato minha mãe por todo tempo, bens e energias que foram investidos em minha infância e juventude para desenvolver meus dons e talentos.
Especialmente grato à minha mãe, por seu semblante que emana fé,  abundância e boa fama.
Este capítulo é especialmente dedicado à senhora, minha mãe, pois aprendi com os consteladores que "O SUCESSO TEM A CARA DA MÃE"!!!
Minha mãe na verdade foi um grande exemplo de trabalho. Sempre muito dedicada, sempre muito batalhadora. Ela escolheu ser isso. Trabalhou em diversas empresas para ajudar no sustento da família. Mulher de muito valor. Então hoje eu trouxe um exemplo de dentro de casa, ouvindo as histórias da mãe dela, minha avó, que foi uma mulher de grande valor e que criou treze filhos. Trabalhou com muito esforço, muita labuta e dificuldade, sempre vencendo. A minha família é de tantas pessoas guerreiras, trabalhadoras e honestas. Isso tem feito muita diferença para mim hoje.
Inclusive, quando eu estava prestes a ser um missionário e fazer serviço voluntário em São Paulo, tive uma conversa com minha mãe e perguntei para ela que tipo de homem ela esperava que eu fosse. E ela, enquanto varria a casa, parou e falou para mim que queria que eu fosse um homem honesto e trabalhador. Isso foi algo que sempre me motivou muito. Ao mesmo tempo eu aprendi ao longo da vida que trabalho pode ser também uma fonte de muito prazer. Eu tenho descoberto que o trabalho é uma forma de terapia. Isso tem feito uma grande diferença para mim. Acredito até que, em alguns momentos eu acabo sendo compulsivo no ato de trabalhar, e isso é justamente porque os frutos de um trabalho são inebriantes. Eu vivenciei as dificuldades sociais das pessoas muito de perto quando servi como missionário em São Paulo. Ao caminhar pelas favelas de São Paulo e ver todo tipo de dificuldades pelas quais as pessoas passavam comecei a sentir de perto as consequências da pobreza em todos os sentidos. Na verdade em todos os sentidos a pobreza pode ocasionar limitações e sofrimento às pessoas. Mas essa experiência não foi tão intensa quanto as coisas que eu vislumbrei ao trabalhar no CAPS, especialmente no CAPS de álcool e drogas. Enquanto as experiências que eu tive trabalhando como enfermeiro no CAPS de Cabralia me tocaram e me impressionaram, as experiências que eu tive no Caps álcool e drogas de Porto Seguro me chocaram muito, por conta do preconceito que as pessoas têm com relação àqueles que são usuários de álcool e drogas, especialmente nos casos onde existe criminalização nos atos. Muitas pessoas que tinham terminado de cumprir pena, condicionais, que eram ex-presidiários passaram por muitas barreiras pra retornar ao mercado de trabalho. Não é a toa que existe o termo de reabilitação psicossocial, é realmente isso q acontece, a pessoa tem que se reabilitar ao mercado e à sociedade em geral. Não apenas ao trabalho, mas também às questões da autossuficiência como o todo. A pessoa tem que ser capaz de retomar uma série de deveres do cidadão, o que torna a situação muito, mas muito crítica. Até por que a maioria destes casos existe uma certa ruptura na estrutura familiar. Muitas vezes esses laços ficam comprometidos e a comunicação interrompida. Foram muitas as experiências que eu tive então não seria possível relatar todas elas aqui, mas a grande vontade de ajudar dos assistentes sociais realmente me influenciaram. Quando eu via a angústia em muitos casos, sua agonia...
Muitos profissionais gostariam até de "levar a pessoa pra casa" pra poder resolver suas dificuldades, apresentam literalmente quadros de Codependência. Mas isso não acontece só com essa categoria profissional. Pude perceber a codependência em muitas pessoas. E em alguns momentos eu também me senti condoído e realmente queria fazer mais que aquilo que eu podia. Essas coisas me sobrecarregaram, foi também isso me fez desenvolver algum nível de codependência e, a única coisa que me fez capaz de fazer movimentos contrários, foi a formação de constelação familiar que me fez perceber que eu estava quebrando de alguma forma as leis da ajuda. 
Percebi que eu tinha que fazer movimentos contrários se eu quisesse me tornar um terapeuta respeitável e saudável. Então, se essas coisas não tivessem acontecido, com certeza eu não haveria encontrado equilíbrio e paz com relação a situações dos moradores de rua, de usuários do CAPS, e outras pessoas que vivenciam grandes dificuldades e tem buscado sua autossuficiência. Mas ao termos contato com portadores de transtornos menores, ver que muitos conseguem trabalhar mas não conseguem administrar a sua renda, ao ter contato com aposentados, frequentadores do CAPS que já tinham sua renda mas não conseguiam administrar. Ao verificar que existem muitas pessoas que tem depressão, problemas de ansiedade e que ao mesmo tempo vivenciam grandes dificuldades para iniciar ou melhorar negócios próprios e até mesmo pra obter mais educação pra empregos melhores. Muitas pessoas tinham muitas dificuldades pra ter um bom rendimento escolar ou acadêmico ou seja lá o que for. Vivenciar a dificuldade das pessoas me fez perceber que algo deveria ser feito para a autossuficiência delas, mas também desenvolveu-se em mim a tendência antiassistencial de que "não devemos dar o peixe, mas sim, ensinar a pescar", que me influenciou muito. 
Isso me fez desejar trazer algo de bom à sociedade. 
Eu finalmente encontrei isso ao conhecer os grupos de autossuficiência que tem um belo material desse respectivo programa de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Tentei utilizar esses manuais para ensinar os princípios que, na verdade trariam o resultado similar à uma formação de administração bem resumida, bem compacta, mas sólida e verdadeira. Encontrei várias barreiras para implementar, pela natureza do material e vários outros tipos de preconceito institucional. Tentei organizar junto com meus alunos da UNESULBAHIA, pra integrar um material específico pra se utilizar, mas o material nunca ficou suficientemente à contento. Até tentei desenvolver umas atividades na internet, mas diferente do grupo de apoio contra a ansiedade e depressão que se tornou um grande sucesso, esse de autossuficiência deu muito trabalho, sem tornar-se efetivo. Até o presente momento ainda luto para conseguir estabelecer uma rede empreendedora colaborativa solidária que possa permitir que trabalhadores de várias ares possam se apoiar mutuamente. Ainda desejo isso, creio que é sonho-meta, que um dia isso vai acontecer, vai se manifestar em realidade. Talvez com o passar do tempo, com o direcionamento do mercado, com a expansão da discussão sistêmica, as pessoas possam começar mais a desejar se apoiar mutuamente e a vivenciar a economia solidária. 
Um mercado competitivo, cruel, exclusor, realmente não vai ajudar o Brasil a honrar a premissa de ordem e progresso de maneira nenhuma. E quando se fala de autossuficiência não se fala de competição, pelo menos não na sua forma não saudável. Olhar para a cidadania, olhar pro futuro, é continuar acreditando. Acredito em estilos de empreendedorismo local, acredito em iniciativas que favoreçam o desenvolvimento dos estudos. Tanto estudo presencial, quanto estudo a distância em determinadas situações, porque são vários os cenários e são muitas as singularidades.

Dinheiro é apenas mais uma forma de energia...

Ao refletir o Grupo de Realização Profissional que estamos iniciando em Santa Cruz Cabrália, começaram a "cair várias fichas", ou, em outras palavras recebi vários "insights" (pensamentos, ideias) sobre o trabalho que estamos fazendo com Pics.
Em nossa cultura brasileira, temos muitas noções bem rígidas, bem "cristalizadas" mesmo em algumas famílias sobre algumas questões, como emagrecimento, relacionamentos afetivos e realização profissional e precisamos desconstruir alguns conceitos e reconstruí-los através da educação popular.
A auriculoterapia, por exemplo, que tem revolucionado o atendimento no SUS, trazendo resolutividade há vários projetos terapêuticos, traz o conceito de microssistemas e relembra o fato que todos os micro e macrosistemas estão interligados.
Relembra o fato ensinado no Oriente e comprovado por Einstein e outros que tudo é energia.
A saúde somente equilibra-se a partir, primeiramente, do equilíbrio de energias.
O toque das mãos transmite uma importante quantidade de energia, de acordo com a respiração, a atenção e a intenção.
Quando uma parte do corpo é tocada com mãos, sementes, agulhas ou outros estimuladores, por meio das estruturas nervosas, isso afeta outras partes do organismo e isso reflete no sistema orgânico em geral.
O corpo tem a capacidade de autoequilibrar-se, quando corretamente estimulado.
Dessa forma a ordem, o pertencimento e o equilíbrio do sistema orgânico afeta também o meio ambiente em que estamos inseridos, o sistema familiar, o sistema comunitário, sócio-econômico.
A partir da leitura da medicina chinesa, os sentimentos do coração afetam os pensamentos do cérebro, que se manifestam através de um campo de energia corporal e de padrões de comportamento que podem ser observados e percebidos. Quando compreendidos de forma amorosa e intuitiva, torna-se possível conectar-se, "sincronizar-se" com um "inconsciente coletivo", descrito pelo famoso Carl G. Jung, aluno de Sigmund Freud, torna-se mais fácil conectar-se ao "bem maior", à uma visão de bem estar coletivo, que atende a um bem comum de uma maior quantidade de pessoas e não somente de uma parte destas.

Essa mensagem parece clara para alguns e parece uma língua estranha para outros, pois mistura a linguagem da educação popular com termos técnico-científicos fazendo uma "saladona", rsrs

Da mesma forma como podemos observar o organismo humano em constante movimento, os comportamentos e interações humanas em constante movimento, podemos observar dinheiro e a economia de forma sistêmica, em constante movimento.

Apesar de todas as adversidades vivenciadas pelos israelitas e japoneses, enquanto nações, a sua visão energética do dinheiro, sua visão sobre os princípios funcionais e estratégicos que os governam, surgidos a partir de muito estudo e meditação tem os mantido em altos patamares de autossuficiência e prosperidade.
Parte disso vem do equilíbrio manifestado na honestidade, honradez, transparência e dignidade em suas negociações, suas diversas trocas.

O fato como reconhecem, honram e valorizam os esforços individuais também se destaca, até mesmo em esforços que não trazem resultados imediatamente visíveis "à olho nu", como o trabalho de professores, terapeutas, pesquisadores e intelectuais diversos. Valoriza-se o tempo e a atenção do indivíduo e existe na consciência o desejo de equilibrar, de retribuir.

Os hábitos relacionados ao equilíbrio das finanças, à busca por empregos melhores, de educação para melhores oportunidades, à iniciar ou melhorar negócios próprios, à armazenar para momentos de necessidade e apoiam o desenvolvimento global do processo de autossuficiência.

Existem pontos em comum que interligam as "doenças orgânicas" e as "doenças econômicas" e isto tem a ver, inicialmente, com "bloqueios de energia".
Quanto mais "movimentos saudáveis", "movimentos não violentos", "movimentos não abusivos", mais harmonia haverá em todos os sistemas, partindo do micro para o macro.

A cultura brasileira, nasce de diversidade, de inovação, de criatividade.
A cultura brasileira, com sua matriz indígena, lusitana e africana, que como Pátria acolhedora de todos os povos, ainda não colocou ordem ao honrar sua história, sua ancestralidade e as precedências, ainda não valorizou suficientemente o pertencimento à esta "nação mãe", assim como os micro-pertencimentos e ainda não promoveu e educou o necessário equilíbrio nos sistemas, mas quando o fizer (e creio que certamente o fará), não somente o dinheiro será movimentado de forma mais saudável, como vários outros aspectos da saúde preventiva receberão um novo olhar.

Normalmente, é mais fácil se perguntar:
Onde estes desequilíbrios/bloqueios estão no país?
Onde estes desequilíbrios/bloqueios estão no estado?
Onde estes desequilíbrios/bloqueios estão no município?
Onde estes desequilíbrios/bloqueios estão na comunidade?
Onde estes desequilíbrios/bloqueios estão na família?

Do que perguntar...
Onde estes desequilíbrios/bloqueios estão EM MIM, no meu EU?
O que EU preciso fazer para alcançar mais ordem, pertencimento e equilíbrio no trabalho e maior sucesso e prosperidade?
O que EU preciso mudar para conseguir isso?

Diego da Rosa Leal -
Enfermeiro Consultor e Terapeuta Sistêmico.