Relato de Experiência Fiocruz/ BIREME/OPAS/OMS

Relato de Experiência Fiocruz/ BIREME/OPAS/OMS Em álbum interativo com slides e áudios online: https://www.familysearch.org/photos/gallery/album/1049792?playSlideshow Em texto resumido: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/155345899?cid=mem_copy História da Escola de Abordagem Terapêutica Intercultural Brasileira Sistêmica de Pics: https://www.familysearch.org/photos/artifacts/155437740?cid=mem_copy

Relato de Experiência "APS Forte"

*Relatório Sistêmico do Laboratório de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Lab-Pics) em 2022* Encaminhado para o prêmio "APS Forte" OBJETIVOS Objetivo Geral Expandir ações da Escola Sistêmica Híbrida de Santa Cruz Cabrália para ofertar cursos, vivências e capacitações de desenvolvimento pessoal e harmonização com a filosofia sistêmica. Objetivo Específico 1 Oferecer inicialmente oito módulos opcionais, com certificação aos participantes, de auto-cuidado, formação de reiki, toque sistêmico, comunicação sistêmica, prática corporal sistêmica, meditação sistêmica, cuidado sistêmico e prática circular sistêmica. 2 Oferecer suporte online através de rodas virtuais nas redes sociais, ligados ao Programa Voluntário de Apoio e Promoção de Saúde Integral. 3 Registrar atividades em conformidade com o laboratório sistêmico ligado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia. 4 Realizar atividades intersetoriais de correlação entre as secretarias de saúde, educação, desenvolvimento social, turismo, cultura, meio ambiente e qualquer outra do interesse da gestão. 5 Realizar vivências terapêuticas com profissionais da prefeitura, cuidadores, trabalhadores das empresas cadastradas na escola sistêmica. MÉTODOS A divulgação e ofertas dos cursos oferecidos foram realizadas na plataforma do Programa de Apoio e Promoção de Saúde Integral, onde também ficaram arquivadas algumas das postagens e documentários produzidos, através de arquivologia digital em nuvem gratuita. As aulas sistêmicas foram executadas via sala no aplicativo gratuito google meet, após divulgar o link nos grupos virtuais institucionais específicos, onde foram reunidos os contatos matriculados nos cursos, nos aplicativos telegram e whats app. O controle do desempenho dos discentes foi feito via planilhas digitais do google, sempre monitoradas pela gestão e por cartões de aprazamento, registrados à mão pelos discentes e rubricados pelo docente após o cumprimento das tarefas. As apresentações, seminários, conferências, oficinas e demais eventos online da rede foram divulgados e realizados através da mesma plataforma e rede virtual. Foi realizado acolhimento e cadastro online através de bancos de dados gratuitos do google, seguido de apoio e acompanhamento através das dinâmicas e anúncios de eventos das rodas virtuais. Foi construída planilha do google com informações sobre o público alvo coletadas por esforços voluntários. Foram promovidas reuniões regulares online ou presenciais com as secretarias envolvidas, de acordo com as possibilidades da gestão. As vivências foram realizadas sob a supervisão do Serviço Social e Enfermagem do NASF/Npics de Santa Cruz Cabrália, tanto no seu respectivo Espaço físico dentro da Clínica Municipal de Reabilitação e Fisioterapia, quanto virtuais e nos Espaços cadastrados no Programa de Saúde Integral, como o Espaço Korihé, Instituto Terra Máter, Espaço Flor de Lótus, Vila Criativa e Base de Canoagem Havaiana da CPP Extreme. Nas redes sociais como whatsapp e Google meet, foram utilizadas a condução de oficinas de auto massagem, meditação reikiana e sistêmica, a abordagem integrativa indígena Korihé, assim como a Terapia Comunitária Integrativa e a Constelação Familiar Sistêmica. As abordagens em Grupo utilizaram os espaços virtuais do whatsapp, facebook, youtube e instagram do Programa Voluntário de Promoção de Saúde Integral, que já atua em parceria online com a Prefeitura de S. C. Cabrália há vários anos. Por conta das demandas dos atendimentos na pandemia, iniciei a realizar abordagens através de listas de transmissão com contatos de moradores cadastrados em Cabrália, divididos entre os temas solicitados, ainda em construção coletiva (Pics em geral, emagrecimento, realização profissional, dor crônica, relacionamentos saudáveis, resiliência, controle da raiva e agressividade, angústia espiritual). Com relação aos atendimentos presenciais, onde foram pactuados e desenvolvidos Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), com a equipe do Nasf e foram acolhidos alguns casos, com sessões terapêuticas sistêmicas. Relatando um pouco mais a respeito dos métodos adaptativos que utilizamos, buscamos priorizar o uso das redes sociais e outros recursos à distância, que conseguissem abranger os princípios da atenção psicossocial. Os técnicos da estratégia de saúde da família e o atendimento online dos psicólogos conseguiram rastrear e captar muitos dos casos que não conseguiram desenvolver a autonomia da cura com medidas caseiras para a resiliência emocional. Alguns precisaram arriscar-se à atendimentos presenciais na Sala do Nasf, na Clínica de fisioterapia, que foram desenvolvidos uma ou mais vezes por semana, quando solicitado pelo Serviço social, em casos prioritários, ou nas Unidades de Saúde da Rede e nestas circunstâncias, em casos classificados como necessários para desenvolvimento de Projeto Terapêutico Singular, foram introduzidas Pics em associação à abordagem psicológica, como exemplo a Auriculoterapia da Medicina Tradicional Chinesa, Shiatsu, Constelação Familiar Sistêmica e Imposição de Mãos/Reiki presencial ou à distância. Foram atendidos presencialmente alguns casos encaminhados, acompanhados pelos Psicólogos, Patrícia e Anderson, com sessões terapêuticas. Foram encaminhados alguns casos também pelos médicos e odontólogos, para avaliações sobre sessões de reiki ou constelação sistêmica. Foram atendidos presencialmente alguns casos, que não aderiam ao atendimento com a psicologia. Foram atendidos casos do Programa "Cuidando do Cuidador", onde não foram abertos prontuários, pois os servidores envolvidos desejavam que não houvessem registros. As sessões terapêuticas sistêmicas presenciais foram executadas para um grupo de pessoas, que nos forneceram o cartão SUS, e receberam acompanhamento diário ou semanal através de rodas sistêmicas no Whats App, tanto do voluntariado do Projeto Social parceiro, quanto grupos criados pela equipe do Nasf, com o propósito de educação popular, incluindo as Pics. De forma sistêmica, foi expressa profunda gratidão, tanto aos gestores, quanto à todas nossas equipes da rede APS e especialmente pela entrega dos que receberam nossos cuidados, científicos, holísticos e tecnológicos. RESULTADOS Do ponto de vista técnico-científico, o ano foi especialmente importante, pois conseguimos expandir ações da monitoria do Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia para a Atenção Básica, adaptando o uso conjunto destas técnicas à novas associações com a abordagem da Psicologia da ACP e da TCC (No Caps, já havíamos integrado as Pics à psicologia transpessoal, à Fisioterapia e ao Serviço Social), assim como à Educação Física. Continuar otimizando a associação das 29 pics cadastradas pelo Ministério com outras abordagens e as intervenções da equipe interdisciplinar, também é uma das metas do Lab-Pics para 2022. A partir do momento em que foi inaugurada a Clínica de Reabilitação e Fisioterapia, com uma sala para o Nasf, as forças, atenção e energias tanto da Enfermagem e Serviço Social do Nasf/Npics como de alguns voluntários e estudantes da Escola Energético- Sistêmica que foi organizada pela Atenção Básica, estiveram voltadas ao desenvolvimento das atividades do Laboratório Sistêmico de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Lab-Pics). Foram ministradas aulas teóricas online e práticas vivenciais de um curso de reiki, toque terapêutico Sistêmico e integrativo, para profissionais, voluntários e usuários do SUS. Foram formadas classes para estudar e praticar aspectos da abordagem sistêmica, como a comunicação, meditação, práticas corporais e cuidado sistêmico. Foram alcançados excelentes resultados, como mérito de um belo esforço coletivo e não egóico. Em meio à uma verdadeira "batalha invisível", a um "combate emocional", vivenciado por nossos pacientes, ainda em período pandêmico, conseguimos coletar explêndidos relatos e evoluções bem sucedidas em casos que foram atendidos utilizando Pics através da internet e especialmente em alguns casos, atuando ao lado da Assistente Social e a Psicóloga do NASF e os demais psicólogos, da Policlínica e Caps. Nossa profunda gratidão, Diego da Rosa Leal Enfermeiro e Professor Sistêmico Laboratório Vinculado ao Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde da Universidade Federal do Sul da Bahia (Npics/Geppics/UFSB) Prefeitura de Santa Cruz Cabrália

sábado, setembro 23, 2017

Do artigo “The Stories that Bind Us” (“As Histórias que Nos Unem”)

FORTALECENDO SUA FAMÍLIA COM HISTÓRIAS

Uma das coisas mais importantes que você pode fazer para a sua família pode ser a mais simples de todas: desenvolver uma forte história familiar.

Os psicólogos Marshal Duke e Robyn Fivush desenvolveram uma métrica chamada de escala “Você Sabe”? que pedia que crianças respondessem a vinte perguntas. Por exemplo, “Você sabe onde seus avós cresceram? Você sabe qual o ginásio que sua mãe frequentou? Você sabe onde os seus pais se conheceram? Você sabe se na sua família já aconteceu alguma doença séria ou algo realmente terrível? Você sabe a história do seu nascimento"?

Quanto mais as crianças sabiam sobre a história da sua família, mais forte era seu senso de controle sobre suas vidas, mais elevado era sua autoestima e mais elas achavam que suas famílias funcionavam de uma forma bem sucedida. Essa escala “Você Sabe”? é o melhor previsor para a saúde emocional da criança, felicidade e resiliência – sua capacidade de encarar desafios e aliviar o estresse.

Os psicólogos descobriram que cada família tem um de três tipos de narrativas unificadoras.

A primeira é a narrativa da ascensão da família: “Filho, quando chegamos nesta área, não tínhamos nada. Nossa família trabalhou. Abrimos uma loja. Seu avô foi para o colegial. Seu pai foi para a faculdade. E agora você....”

A segunda é a narrativa do descenso da família: “Querido, nós tínhamos de tudo. Mas aí perdemos tudo”.

A narrativa mais saudável é a da família oscilante: “Querido, deixe-me te contar, nós tivemos altos e baixos na nossa família. Construímos um negócio familiar. Seu avô era um pilar na comunidade. Sua mãe fazia parte do conselho do hospital. Mas nós também tivemos reveses. Você teve um tio que certa vez foi preso. Tivemos uma casa que pegou fogo. Seu pai ficou desempregado. Mas o que quer que tenha acontecido, sempre nos mantivemos unidos como família”.

O Dr. Duke disse que as crianças com mais autoconfiança são aquelas que ele e o Dr. Fivush classificam como tendo uma “forte identidade intergeracional”. Elas sabem que fazem parte de algo maior do que elas mesmas.

Em suma: Se você quer uma família mais feliz, crie, refina e reconte a história dos momentos positivos da sua família, e a capacidade dela de superar os momentos difíceis pelos quais passou. Esse ato por si só pode aumentar as chances da sua família florescer por muitas gerações no porvir.

Do artigo “The Stories that Bind Us” (“As Histórias que Nos Unem”) por Bruce Feiler, New York Times, 15 de março de 2013.

quinta-feira, setembro 21, 2017

Cultura de paz

"A solução para a questão da violência juvenil passa pela comunidade, pelas pessoas, pelo aprendizado de aprender a conviver"...

"A dor e o medo de não pertencer está na raiz dos males e danos causados em nossas sociedades... Pertencimento e significado são as duas necessidades essenciais que nos torna humanos... "

"O sentido não pode ser imposto pelos outros... Os círculos são uma força poderosa para criarmos sentido, significado e pertencimento para nossas vidas... Para cuidarmos uns dos outros... para cada um falar a sua verdade, sem impor a verdade dos outros...

"Os círculos são uma fonte para alimentarmos o que há de melhor em nós... Para dar... Para receber..."

"não querer ou pretender ter todas as respostas... Aprender a abrir mão do poder para construir o poder com os outros..."

"Nos círculos podemos nos lembrar de quem somos, como seres humanos, de falar a nossa verdade, mesmo que não seja igual a do outro... De vivermos a unicidade dos seres humanos, da alegria e da dor de todos os seres humanos... É a possibilidade de olhar as coisas pelos olhos de outras pessoas, para encontrar um espaço que é de comunhão"

"É o espaço para trazermos o nosso "melhor eu", de TODOS... um espaço que convide esse "melhor eu" de cada um de nós, para construirmos uma cultura de PAZ"

"Nós temos uma humanidade compartilhada que está subjacente à nossa diversidade.. e o que nos conecta como humanos são os valores, da participação, respeito, honestidade, pertencimento, sentido..."

Iluminadas palavras da nossa querida Kay Pranis , quando da sua última visita em Porto Alegre...

Para inspirar seu reencontro conosco, no Brasil...

Cultura de paz

"A solução para a questão da violência juvenil passa pela comunidade, pelas pessoas, pelo aprendizado de aprender a conviver"...

"A dor e o medo de não pertencer está na raiz dos males e danos causados em nossas sociedades... Pertencimento e significado são as duas necessidades essenciais que nos torna humanos... "

"O sentido não pode ser imposto pelos outros... Os círculos são uma força poderosa para criarmos sentido, significado e pertencimento para nossas vidas... Para cuidarmos uns dos outros... para cada um falar a sua verdade, sem impor a verdade dos outros...

"Os círculos são uma fonte para alimentarmos o que há de melhor em nós... Para dar... Para receber..."

"não querer ou pretender ter todas as respostas... Aprender a abrir mão do poder para construir o poder com os outros..."

"Nos círculos podemos nos lembrar de quem somos, como seres humanos, de falar a nossa verdade, mesmo que não seja igual a do outro... De vivermos a unicidade dos seres humanos, da alegria e da dor de todos os seres humanos... É a possibilidade de olhar as coisas pelos olhos de outras pessoas, para encontrar um espaço que é de comunhão"

"É o espaço para trazermos o nosso "melhor eu", de TODOS... um espaço que convide esse "melhor eu" de cada um de nós, para construirmos uma cultura de PAZ"

"Nós temos uma humanidade compartilhada que está subjacente à nossa diversidade.. e o que nos conecta como humanos são os valores, da participação, respeito, honestidade, pertencimento, sentido..."

Iluminadas palavras da nossa querida Kay Pranis , quando da sua última visita em Porto Alegre...

Para inspirar seu reencontro conosco, no Brasil...

quarta-feira, setembro 20, 2017

Reflexões

[20/9 15:53] Robson sud: A Fé e a Corda
esta é a história de um alpinista que sempre buscava superar mais e mais desafios.
Ele resolveu,drpois de muitos anos de preparação,escalar o Anconcágua. Mas ele queria a gloria somente para ele, e resolveu escalar sozinho sem nenhum companheiro, o que seria natural no caso de uma escala dessa dificuldade.
Ele começou a subir e foi ficando cada vez mais tarde, porém ele não havia se preparado para acampar resolveu seguir a escalada, decidindo atingir o topo.
Escureceu, e a noite caiu como um breu nas alturas da montanha, e não era possível mais enxergaram um palmo a frente do nariz, não se via absolutamente nada. Tudo era escuridão, zero de visibilidade, não havia lua e as estrelas estavam coberta pelas nuvens.
Subindo por uma parede, apenas 100 metros do topo, ele escorregou e caiu.... Caía a uma velocidade vertiginosa, somente conseguia ver as manchas que passava cada vez mais rápida na mesma escuridão, e sentir a terrível sensação de ser sugado pela força da gravidade. Ele continuava caindo e,  nesses angustiantes, passaram por sua mente todos os momentos felizes e tristes que ele já  havia vivido em sua vida. De repente ele senti um puxão forte que quase o partiu pela metade.... Como todo alpinista experimentado, havia cravado Estacas de segurança com grampos a uma corda comprida que fixou em sua cintura.
Nesses momentos de silêncio, suspenso pelos ares na completa escuridão não sobrou para ele nada além do que gritar:
Oh,meu Deus! Me ajude!
De repente uma voz grave e profunda vindo do céu respondeu:
O que você quer de mim, meu filho?
Me salve, meu Deus, por favor!
Você realmente acredita que eu possa te salvar?
Eu tenho certeza, meu Deus.
Então corte a corda que te mantem pendurado...
Houve um momento de silêncio e reflexão. O homem se agarrou mais ainda a corda e refletiu que se fizesse isso, morreria...
Conta o pessoal de resgate que ao outro dia encontrou um alpinista congelado, morto, agarrado com força, com suas duas mãos a uma corda, a tão somente dois metros do chão...
E você, qual tão seguro está de sua corda? Por que você não a troque pela fé?
Reflitam
[20/9 15:53] Robson sud: Achegar-se a Ele com Oração e Fé
Thomas S. Monson
Presidente Thomas S. Monson
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Achegar-se a Ele com Oração e Fé

“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” 1 Assim disse o sábio Salomão, filho de Davi, rei de Israel.

Jacó, o irmão de Néfi, declarou: “Confiai em Deus com a mente firme e orai a ele com grande fé”. 2

Nesta dispensação, em uma revelação dada ao profeta Joseph Smith, o Senhor disse: “Buscai-me em cada pensamento; não duvideis, não temais”. 3

Esse conselho divinamente inspirado chega hoje até nós como água cristalina a uma terra ressequida.

Vivemos numa época turbulenta. Os consultórios médicos estão repletos de pessoas que apresentam tanto problemas emocionais como enfermidades físicas. Os tribunais de divórcio estão lotados porque as pessoas têm problemas não resolvidos. Os gerentes de recursos humanos do governo e da indústria trabalham muitas horas procurando auxiliar pessoas com problemas.

Um profissional de recursos humanos encarregado de lidar com pequenas causas encerrou um dia excepcionalmente atarefado colocando uma pequena tabuleta irônica em sua mesa para aqueles que tinham problemas não resolvidos. Nela se lia: “Você já tentou orar?” O que talvez ele não tenha compreendido é que seguir aquele simples conselho resolveria mais problemas, aliviaria mais sofrimentos, preveniria mais transgressões e proporcionaria mais paz e felicidade à alma humana do que qualquer outra coisa.

Foi perguntado a um preeminente juiz americano o que nós, como cidadãos dos países do mundo, podemos fazer para reduzir o crime e a transgressão da lei e proporcionar paz e felicidade para cada um de nós e nosso país. Ele respondeu com muito tato: “Sugiro uma volta à antiga prática da oração familiar”.

terça-feira, setembro 12, 2017

Agradecendo.

Antes eu queria um corpo bonito.
Hoje eu só quero um corpo saudável.
Antes eu queria uma vida de sucesso.
Hoje eu só quero uma vida normal.
Antes eu queria um carro zero.
Hoje se eu conseguir ir andando ta ótimo.
Antes eu reclamava da comida.
Hoje eu agradeço pelas refeições.
Antes eu queria mudar meu cabelo.
Hoje eu só quero tê-lo.
Antes eu reclamava da minha casa.
Hoje ela parece um Palácio.
Antes reclamava por tomar um remédio ruim.
Hoje eu tomo 30 comprimidos sem reclamar.
Antes eu queria engravidar.
Hoje eu quero ser mãe.
Antes reclamava das minhas cicatrizes.
Hoje elas são marcas de um milagre.
Antes não gostava de hospital,  Mas ele foi minha casa por 7 longos meses.
Antes trabalhava demais e queria férias que durassem 2 anos.
Hoje faz uns 10 meses que me afastei do trabalho.
Falamos e fazemos muitas coisas sem pensar. Afinal,  Somos humanos e isso tudo é natural. Mas quando vc chega no abismo,  quando a morte chega perto,  tudo o que vc deseja é mais uma chance.  Percebe que precisa mesmo de tão pouco pra viver. Que muita coisa que desejou ou conseguiu não faz a minima diferença. Mas quem seu coração cativou.  Quem amou e por quem foi amado. Nessas horas,  quando sua vida  nao tem mais tanto valor, o que permanece é o amor. O que fica são as lembranças de como vc viveu.
A gente nem sempre colhe o que planta.  E nem sempre cada um tem o que merece. Que mal eu fiz pra ficar doente?? À quem eu causei tanto sofrimento para merecer o câncer?  As coisas não funcionam assim...
Aprendi que cada um tem o que precisa.
E que nunca é  tarde pra se aprender mais. Sempre há tempo pra mudar o caminho. E mesmo quando estamos no caminho certo,  as vezes não enxergamos as flores. Há momentos em nossas vidas que só vemos as pedras. 
As vezes Deus quer te mostrar outras belezas. Quer que você  veja a paisagem,  basta você mudar o ângulo da sua visão,  da sua vida. Levantar os olhos e ver tudo de bom que Deus fez por você. Se levantar a cabeça ao invés de andar cabisbaixo reclamando de tudo você verá que existem outros em situação muito pior que a sua. Talvez não muito longe. Quem sabe vc pode ajudar...
Obrigada Jesus por ter mudado a minha visão.
Antes eu queria aproveitar a vida.
Hoje eu quero que Deus aproveite a minha vida.
Antes eu queria pedir.
Hoje eu só quero agradecer!

(Texto de Laís Resende )

Agradecendo.

Antes eu queria um corpo bonito.
Hoje eu só quero um corpo saudável.
Antes eu queria uma vida de sucesso.
Hoje eu só quero uma vida normal.
Antes eu queria um carro zero.
Hoje se eu conseguir ir andando ta ótimo.
Antes eu reclamava da comida.
Hoje eu agradeço pelas refeições.
Antes eu queria mudar meu cabelo.
Hoje eu só quero tê-lo.
Antes eu reclamava da minha casa.
Hoje ela parece um Palácio.
Antes reclamava por tomar um remédio ruim.
Hoje eu tomo 30 comprimidos sem reclamar.
Antes eu queria engravidar.
Hoje eu quero ser mãe.
Antes reclamava das minhas cicatrizes.
Hoje elas são marcas de um milagre.
Antes não gostava de hospital,  Mas ele foi minha casa por 7 longos meses.
Antes trabalhava demais e queria férias que durassem 2 anos.
Hoje faz uns 10 meses que me afastei do trabalho.
Falamos e fazemos muitas coisas sem pensar. Afinal,  Somos humanos e isso tudo é natural. Mas quando vc chega no abismo,  quando a morte chega perto,  tudo o que vc deseja é mais uma chance.  Percebe que precisa mesmo de tão pouco pra viver. Que muita coisa que desejou ou conseguiu não faz a minima diferença. Mas quem seu coração cativou.  Quem amou e por quem foi amado. Nessas horas,  quando sua vida  nao tem mais tanto valor, o que permanece é o amor. O que fica são as lembranças de como vc viveu.
A gente nem sempre colhe o que planta.  E nem sempre cada um tem o que merece. Que mal eu fiz pra ficar doente?? À quem eu causei tanto sofrimento para merecer o câncer?  As coisas não funcionam assim...
Aprendi que cada um tem o que precisa.
E que nunca é  tarde pra se aprender mais. Sempre há tempo pra mudar o caminho. E mesmo quando estamos no caminho certo,  as vezes não enxergamos as flores. Há momentos em nossas vidas que só vemos as pedras. 
As vezes Deus quer te mostrar outras belezas. Quer que você  veja a paisagem,  basta você mudar o ângulo da sua visão,  da sua vida. Levantar os olhos e ver tudo de bom que Deus fez por você. Se levantar a cabeça ao invés de andar cabisbaixo reclamando de tudo você verá que existem outros em situação muito pior que a sua. Talvez não muito longe. Quem sabe vc pode ajudar...
Obrigada Jesus por ter mudado a minha visão.
Antes eu queria aproveitar a vida.
Hoje eu quero que Deus aproveite a minha vida.
Antes eu queria pedir.
Hoje eu só quero agradecer!

(Texto de Laís Resende )

terça-feira, setembro 05, 2017

Aumentemos nossa fé.

Alguns criticam os Cristãos que  afirmam que só existe solução para o mundo com a Segunda Vinda de Jesus Cristo à Terra.
É nisso que eu creio, uma total reforma com a Vinda Dele, não antes disso.
Vejo mais um sinal da Segunda Vinda na declaração ousada de um líder do crime.

Assustadora mas imperdível a entrevista com o líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola , ao jornal O Globo, que afirmou:

"Estamos todos no inferno.
Não há solução, pois não conhecemos nem o problema."

Acompanhe:
"O GLOBO: Você é do PCC?
- Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível… vocês nunca me olharam durante décadas… E antigamente era mole resolver o problema da miséria… O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias… A solução é que nunca vinha… Que fizeram? Nada. O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós? Nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a “beleza dos morros ao amanhecer”, essas coisas… Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo… Nós somos o início tardio de vossa consciência social… Viu? Sou culto… Leio Dante na prisão…
O GLOBO: – Mas… a solução seria… - Solução?
- Não há mais solução, cara… A própria idéia de “solução” já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento econômico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma “tirania esclarecida”, que pulasse por cima da paralisia burocrática secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC…) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até conference calls entre presídios…). E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja: é impossível. Não há solução.
O GLOBO: – Você não têm medo de morrer?
- Vocês é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar… mas eu posso mandar matar vocês lá fora…. Nós somos homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba… Estamos no centro do Insolúvel, mesmo… Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração… A morte para nós é o presunto diário, desovado numa vala… Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em “seja marginal, seja herói”? Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha… Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante… mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade. Já surgiu uma nova linguagem.Vocês não ouvem as gravações feitas “com autorização da Justiça”? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo.
O GLOBO: – O que mudou nas periferias? - Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório… Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no “microondas”… ha, ha… Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados. Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm mania de humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de palhaços. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora, somos globais. Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência.
O GLOBO: – Mas o que devemos fazer?
- Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas… O país está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, “Sobre a guerra”. Não há perspectiva de êxito… Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas… A gente já tem até foguete anti-tanques… Se bobear, vão rolar uns Stingers aí… Pra acabar com a gente, só jogando bomba atômica nas favelas… Aliás, a gente acaba arranjando também “umazinha”, daquelas bombas sujas mesmo. Já pensou? Ipanema radioativa?
O GLOBO: – Mas… não haveria solução?
- Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a “normalidade”. Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência. Mas vou ser franco…na boa… na moral… Estamos todos no centro do Insolúvel. Só que nós vivemos dele e vocês… não têm saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino Dante: “Lasciate ogna speranza voi cheentrate!” Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno."

Que isso aumente nossa fé, ao invés de abalá-la.

domingo, setembro 03, 2017

A HISTÓRIA DOS IPÊS.

A HISTÓRIA DOS IPÊS.

Como estamos contemplando a beleza dos Ipês lembrei das histórias contadas pelo pai de uma grande amiga,
Certa vez contou uma linda história sobre o ipê:
- Quando Deus estava preparando o mundo, se reuniu em uma tarde com todas as árvores. Ele pediu para que cada árvore escolhesse que época gostaria de florecer e embelezar a terra.
Foi aquela alegria.
Outono, verão, Primavera, diziam!!!
Porém Deus observou que nem uma escolhia a estação do inverno.
Então Deus parou a reunião é perguntou:
- Por que ninguém escolhe a época do inverno?!?
Cada um tinha sua razão. Muito seco! muito frio!..muita queimada!
Então Deus pediu um favor.
Eu preciso de pelo menos uma árvore, que embeleze o inverno, que seja corajosa, para enfrentar o frio, a seca e as queimadas e no frio embelezar o mundo....
Todos ficaram em silêncio.
Foi então que uma árvore quietinha lá no fundo, balançou as folhas e disse:
_ Eu vou!...
E Deus com um sorriso  perguntou:
- Qual seu nome minha filha?!
Me chamo Ipê, senhor!
As outras árvores ficaram espantadas com a coragem do Ipê em querer florecer no inverno.
Então Deus respondeu:
- Por atender meu pedido farei com que você floreça no inverno não só com uma cor.
Para que também no inverno o mundo seja colorido.
Como agradecimento, terás diferentes cores e texturas, sua linhagem será enorme.
E assim Deus fez uma das mais lindas árvores que da cor ao inverno. E por isso temos os Ipês:
Branco
Amarelo
Amarelo do Brejo
Amarelo da Casca Lisa
Amarelo do Cerrado
Rosa
Roxo
Roxo Bola
Roxo da Mata
Púrpura.

Que sejamos como os ipês, que saibamos florir  nos invernos da vida!

De José  Hermes Sandoval Braga por Carminha Braga.

sexta-feira, setembro 01, 2017

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai voltar a discutir a expansão de leitos em hospitais psiquiátricos no Brasil.

ATAQUE À SAÚDE MENTAL

Coordenador de Saúde Mental de Temer defende retorno do modelo psiquiátrico manicomial

O Sistema Único de Saúde (SUS) vai voltar a discutir a expansão de leitos em hospitais psiquiátricos no Brasil. Representantes das secretarias estaduais e municipais de saúde defenderam nesta quinta-feira, 31, a retomada da estratégia, em substituição à política em vigor, iniciada em 2001 que dá prioridade ao atendimento ambulatorial e, quando necessário, à internação de pacientes em hospitais gerais.

Redação

quinta-feira 31 de agosto| Edição do dia

O retorno da discussão foi sugerido pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), em uma reunião com Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).

O coordenador Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde, Quirino Cordeiro, afirmou que a pasta não tomará nenhuma medida de forma unilateral. "Há vários problemas na saúde mental. Desejamos discuti-los", afirmou. Nem ele nem o ministro da Saúde, Ricardo Barros, quiseram expressar explicitamente sua opinião sobre o debate da retomada de credenciamento de hospitais psiquiátricos, mas os debates no evento deixam bem claro que por trás de um discurso de suposta "eficácia", querem retomar o modelo de trancar os pacientes psiquiátricos, um retrocesso sem tamanho no tratamento da saúde mental.

Questionado, Barros respondeu apenas que as taxas de ocupação de leitos para saúde mental em hospitais gerais é muito pequena, de 15%. Em sua lógica deturpada, se há pouca internação não quer dizer que os pacientes estão bem, vivendo sua vida e podendo ficar fora dos hospitais e convivendo socialmente, mas sim que é necessário aumentar o número de internos em hospitais.

Cordeiro apresentou nesta quinta um estudo sobre a área que está sob o seu comando há seis meses. Uma série de problemas foram relatados. Entre eles, a falta de controle sobre o atendimento que é de fato oferecido para pacientes, ausência de prestação de contas e recursos não aplicados para a construção de centros de atendimento ambulatorial. A verba do programa é de R$ 1,3 bi anual. Problemas que podem ser graves do ponto de vista administrativo - e que certamente estão muito mais relacionados à corrupção dos partidos patronais que administram prefeituras e governos estaduais do que à "má gestão" - mas que certamente nada tem a ver com qualquer vantagem no retorno ao modelo de internação em hospitais psiquiátricos.

De acordo com Cordeiro, nos últimos seis meses, 284 dos 2.400 Centros de Atendimento Psicossocial não apresentaram dados sobre quantos pacientes foram atendidos. A informação deveria ser repassada mensalmente. O levantamento também indicou que o Ministério da Saúde repassou verba para a construção de 84 centros, que até hoje não foram concluídos. Gestores passarão serão questionados sobre o uso dos recursos.

Mas dentre todas as falhas apontadas, a baixa ocupação de leitos psiquiátricos em hospitais gerais foi a que concentrou maior atenção de gestores presentes na reunião. Cordeiro afirmou que um grupo de trabalho com representantes de secretários municipais, estaduais de saúde e do ministério deverá ser formado no próximo mês para discutir o programa como um todo. A lógica de uma bizarra produtividade onde internação=saúde é o que pauta essa discussão deturpada.

"Não há dúvida de que a volta das vagas em hospitais psiquiátricos é um dos temas mais importantes", afirmou o secretário de Saúde do município de São Paulo, Wilson Pollara (não à toa, secretário da gestão de Doria, que queria implementar a internação compulsória para pessoas que utilizam crack). Ele argumenta que o modelo de reserva de vagas em hospitais gerais para pacientes psiquiátricos não reúne elementos para ser bem sucedido. "Pacientes psiquiátricos precisam circular. Isso não pode ser feito em hospitais gerais. Não há condições para isso, nem segurança", completou Pollara.

O que Pollara não é capaz de dizer é como trancar pacientes dentro de hospitais psiquiátricos permitirá que eles "circulem" mais do que com o atendimento dia feito em ambulatórios e CAPS. Por trás de sua demagogia esconde-se a concepção manicomial retrógrada de que pacientes com enfermidades mentais devem ser trancados isolados socialmente.

Outro argumento apresentado pelos defensores da mudança é o de que, enquanto em hospitais gerais as vagas para pacientes com problemas mentais não são usadas, em 44 hospitais psiquiátricos atuam com toda a sua capacidade. Ou seja, seu argumento é de que se a lógica de trancafiar enche as celas psiquiátricas, o melhor é aumentar esses presídios.

Cordeiro observa, no entanto, ser necessário levar em consideração a lógica de pagamento, que é diferente. Hospitais psiquiátricos recebem por atendimentos realizados. Portanto, quanto maior a "produção", maior o rendimento. Já hospitais gerais que reservam leitos para atendimento de pacientes com distúrbios mentais, o pagamento é feito por contrato: eles recebem uma quantia fixa, independentemente de os leitos estarem ocupados. "Talvez seja importante fazer uma análise desses sistemas. Isso poderá ser também ser discutido no grupo de trabalho", disse o coordenador. Percebe-se que os cálculos são bem ao modelo "gestor", e não tem absolutamente nada a ver com a eficácia da abordagem ou os direitos dos pacientes.

Mal foi apresentada, a ideia de expansão de leitos em hospitais psiquiátricos foi duramente criticada por especialistas na área de saúde mental. Roberto Tikanory, ex-coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, afirma que a medida seria um retrocesso. Ele observa que o atendimento que dá prioridade aos hospitais tem alcance limitado. E como exemplo ele cita as estatísticas do próprio ministério. Em 2002, conta, foram feitos 400 mil atendimentos. Em 2010, foram 20 milhões. "Em oito anos, a assistência cresceu 50 vezes."

Para Tikanory, os argumentos apresentados pelos gestores desrespeitam a lógica. "Se há vagas ociosas em um hospital, por que aumentar as vagas em outro? Talvez o leito não esteja ocupado não por problemas de fluxo, por redução da demanda ou até mesmo de referenciamento". Ou talvez os médicos e profissionais de saúde ainda tenham formações inadequadas para que o atendimento seja feito corretamente.

"A mudança traria um enorme prejuízo", afirma Pedro Henrique Marinho Carneiro, que também atuou na coordenação de saúde mental do ministério. Ele observa que a redução do uso de leitos de hospitais psiquiátricos não ocorreu à toa. "Há um acúmulo de relatos de histórias de violação de direitos humanos nessas instituições. Isso trouxe para o Brasil até mesmo condenação em cortes internacionais", completou.

A luta antimanicomial no Brasil e no mundo é uma luta travada há décadas por pacientes, profissionais de saúde, familiares. A implementação do atual modelo, com o fim dos manicômios e a sua substituição por hospitais-dia e CAPS é uma conquista imensa.

Voltando...

"Já estou voltando. Só tenho 45 anos e já estou fazendo o caminho de volta. Até o ano passado eu ainda estava indo... Indo morar no apartamento mais alto, do prédio mais alto, do bairro mais nobre.  Indo comprar o carro do ano, a bolsa de marca, a roupa da moda. Claro que para isso, durante o caminho de ida, eu fazia hora extra, fazia serão, fazia dos fins de semana eternas segundas-feiras.  Até que um dia, meu filho quase chamou a babá de mãe!  Mas, com quase cinquenta, eu estava chegando lá. Onde mesmo?  No que ninguém conseguiu responder. Eu imaginei que quando chegasse lá, ia ter uma placa com a palavra "fim".  Antes dela, avistei a placa de "retorno" e, nela mesmo, dei meia volta.  Comprei uma casa no campo (maneira chique de falar, mas ela é no meio do mato mesmo).  É longe que só a gota serena! Longe do prédio mais alto, do bairro mais chique, do carro mais novo, da hora extra, da babá quase mãe. Agora tenho menos dinheiro e mais filho. Menos marca e mais tempo.  E não é que meus pais (que quando eu morava no bairro nobre me visitaram quatro vezes em quatro anos), agora vêm pra cá todo fim de semana?  E meu filho anda de bicicleta, eu rego as plantas e meu marido descobriu que gosta de cozinhar (principalmente quando os ingredientes vêm da horta que ele mesmo plantou). Por aqui, quando chove, a Internet não chega. Fico torcendo que chova, porque é quando meu filho, espontaneamente (por falta do que fazer mesmo), abre um livro e, pasmem, lê.  E no que alguém diz: "a internet voltou!", já é tarde demais, porque o livro já está melhor que o Facebook, o Instagram e o Snapchat juntos. Aqui se chama "aldeia" e tal qual uma aldeia indígena, vira e mexe eu faço a dança da chuva, o chá com a planta, a rede de cama.  No São João, assamos milho na fogueira. Aos domingos, converso com os vizinhos. Nas segundas, vou trabalhar, contando as horas para voltar... Aí eu me lembro da placa "retorno", e acho que nela deveria ter um subtítulo que diz assim: "retorno – última chance de você salvar sua vida!"  Você, provavelmente, ainda está indo. Não é culpa sua. É culpa do comercial que disse: "Compre um e leve dois".  Nós, da banda de cá, esperamos sua visita.  Porque sim, mais dia menos dia, você também vai querer fazer o caminho de volta..."
CUIDE DO SEU TEMPO, CUIDE DA SUA FAMÍLIA. 👏
*Texto publicado pela Coord. Carla Queiroz - Desperta Débora João Pessoa"*

BOM DIA!

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