INTRODUÇÃO
Os transtornos mentais e de comportamento são um problema importante de saúde pública. Esses transtornos são freqüentes em sociedades e culturas, causam enorme incapacidade e sofrimento entre as pessoas afetadas, bem como considerável sofrimento entre os amigos e familiares. Apesar de todas as sociedades oferecerem solidariedade e algum grau de assistência às pessoas fisicamente doentes, as atitudes em relação ao portador de sofrimento psíquico, freqüentemente incluem rejeição e estigma.
O papel do enfermeiro frente a estes pacientes, não se restringe a executar técnicas ou procedimentos e sim propor uma ação de cuidados, que implica, entre outros aspectos, desenvolver a habilidade de comunicação. Deste modo, o uso da comunicação como instrumento básico do enfermeiro é um meio utilizado para atender as necessidades do paciente. Pensando neste aspecto, Hays e Larson (1963) identificaram e reuniram várias técnicas para ajudar a enfermagem a interagir de modo mais terapêutico com o seu cliente, que foram classificadas como Técnicas de Comunicação Terapêutica.
Um método de comunicação classificado como feedback (retorno), surge também para ajudar o cliente a considerar uma mudança em seu comportamento. E tem como critérios, ser descritivo e não avaliativo, focaliza o comportamento e não a pessoa, é específico e não geral, é dirigido a um comportamento que o cliente pode modificar, transmite informações em vez de da conselhos e é oportuno.
O presente estudo, traz um resumo dos conhecimentos que foram adquiridos em sala de aula sobre comunicação terapêutica, bem como a aplicação desta ferramenta na pratica de trabalho e algumas observações sobre as técnicas de feedback.
CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS EM SALA DE AULA SOBRE COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA
Com base nas aulas que foram ministradas envolvendo Comunicação Terapêutica, pude entender que esta, é uma ferramenta muito válida para a enfermagem em sua prática de trabalho, porém, não é tão fácil de ser trabalhada. A maior parte das aulas que envolveram esta temática foram bem práticas, na intenção de realmente conseguirmos entender e vencer esta complexidade.
Eu contracenei por duas vezes com outros colegas para entender melhor a comunicação terapêutica entre enfermeiro e paciente, onde entendi a utilizar algumas técnicas como: usar o silêncio, fazer aberturas amplas, refletir, explorar, apresentar a realidade, expressar dúvidas e formular um plano de ação, que para mim foi a técnica mais complicada na aplicação, pois conseguir levar o cliente a aceitar um tratamento é um grande desafio para a enfermagem. Também associados a essas técnicas, aprendemos a utilizar as habilidades facilitadoras para auxiliar o enfermeiro a ouvir atentamente o cliente que foram identificadas pelo acrônimo SOLER: Sentar-se bem de frente ao cliente, Observar uma postura aberta, Lançar o corpo para diante em direção ao paciente, Estabelecer contato ocular, Relaxar.
Com relação ao feedback, que é o momento da comunicação onde o enfermeiro faz do cliente o autor do seu tratamento, dando a ele possibilidades de mudar alguns padrões de comportamento, pude entender nas três interpretações que fiz com os colegas, que é uma metodologia muito válida na comunicação terapêutica, mas que também apresenta alguns graus de dificuldade na prática. Para mim o mais difícil foi levar o cliente a entender que o seu comportamento ou sua atitude estava errada diante dos padrões de normalidade, e ajudá-lo a perceber que é capaz de mudar tais comportamentos.
As técnicas de comunicação terapêutica e a metodologia do feedback, foram muito bem trabalhadas durante este bimestre, com uma compreensão facilitada, acredito que para turma de modo geral graças a metodologia de ensino a qual o professor escolheu para melhor assimilação do conteúdo, que foram as práticas teatrais, onde ora éramos clientes e ora éramos enfermeiros entendendo a real necessidade das técnicas na prática de trabalho, que será muito válida quando nos deparamos com o estágio e também em nossa futura atuação profissional.
CONCLUSÃO
Com base no relato apresentado, conclui-se então que as técnicas de comunicação terapêutica foram identificadas como ferramentas facilitadoras da interação entre enfermeiro e paciente, levando a enfermagem a conquistar um grau elevado de confiança do seu paciente que poderão ambos alcançar de forma mais fácil os objetivos do tratamento
Percebemos também a importância desse estudo para nossa vida acadêmica, servindo, não apenas como mais um conteúdo ministrado em saúde mental, mais sim como o meio pelo qual adquirimos mais uma ferramenta de atuação na prática com o cliente e também como meio pelo qual nos permite possível identificação com a área que pode ou não ser a escolha de uma futura especialização.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, J. C.; GUIMARÂES, L. A. M.; BALLONE, G. J. Psicopatologia e Psiquiatria Básicas. São Paulo: Vetor, 2004.
HAYS; LARSON. Comunicação Terapêutica. Cap. 06: 1963.
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