Introdução
A comunicação terapêutica é uma ação dos profissionais de saúde em saúde mental que auxilia na relação de ajuda e indicador na avaliação dos cuidados prestados nas consultas de pacientes com distúrbios psiquiátricos.
Por meio dessa comunicação, como instrumento para humanizar o cuidado, dialogando com o paciente para esclarecer dúvidas quanto ao seu tratamento, exames, diagnósticos ou procedimentos clínicos, ajudando a minimizar sua ansiedade e auxiliando o paciente a viver da forma mais saudável possível.
Sentar de frente para o paciente, observar um postura aberta, lançar o corpo para diante dele, estabelecer contato ocular e estar tranqüilo, facilitando a interação da comunicação terapêutica, são técnicas essenciais que demonstra um profissional envolvido na interação e contato enfermeiro – paciente, demonstrando com isso interesse, e que está disposto a escutar prontamente e ajudá-lo no que for possível.
A interação entre o cuidador e o ser cuidado se apresenta como possibilidade de construção de práticas assistenciais humanizadas, impulsionando e ajudando à humanização no cuidado em enfermagem, a superar os bloqueios para enfrentar seus problemas.
COMUNICAÇÃO TERAPEUTICA – UM RESUMO DE SEU ATENDIMENTO
A comunicação terapêutica é a habilidade de um profissional em ajudar as pessoas a enfrentarem seus problemas, relacionarem-se com os demais, ajustarem o que não pode ser mudado e enfrentarem os bloqueios à auto-realização (SILVA, 1996).
Nela, obtivemos uma interação entre o enfermeiro e paciente, proporcionando a oportunidade de um relacionamento sincero e humano que atinja os objetivos que a assistência busca.
No decorrer das praticas da comunicação terapêutica em sala, aprendemos que para se ter uma boa comunicação, é necessário o profissional de saúde reconhecer, averiguar, reformular, ter empatia, crenças comuns, supor e dar importância para tudo o que o cliente estar dizendo, com isso seja possível criar um plano de ação para esse cliente adequado para atender as suas necessidades.
Para STEFANELLI (1993), é através de um relacionamento efetivo com o paciente, que o enfermeiro oferece-lhe apoio, conforto, informação e desperta seu sentimento de confiança e auto-estima. Para um atendimento eficaz, é necessário que o profissional estabeleça um relacionamento empático com o cliente, ou seja, que tente se colocar no lugar do outro. Com isso, cria-se uma interação de honestidade e sensibilidade para ajudar e conseguir identificar as necessidades de seus clientes.
A comunicação não é simplesmente uma troca de mensagens entre a enfermeira e o paciente, mas é uma ação que deve ser planejada e individualizada. Algumas técnicas são básicas para esse atendimento humanizado, como: Sentar de frente para o cliente, observar um postura aberta para, lançar o corpo para diante do cliente, estar disposto a ouvir, orientar é melhor que elogiar; isto comunica ao paciente que o profissional está envolvido na interação.
A comunicação enfermeiro-paciente é denominada comunicação terapêutica, porque tem a finalidade de identificar e atender as necessidades de saúde do paciente e contribuir para melhorar a prática de enfermagem, ao criar oportunidades de aprendizagem e despertar nos pacientes sentimentos de confiança, permitindo que eles se sintam satisfeitos e seguro. Com o plano de ação traçado pelo enfermeiro após cada consulta, atendendo a necessidade demonstrada por cada paciente, faz com que o processo beneficie o paciente. Sendo um ato criativo, onda há um troca sincera entre pessoas formando uma interação recíproca que ajuda provocar mudanças na forma de sentir, pensar e atuar do paciente, com técnicas e conhecimentos adequados da comunicação terapêutica.
ATENDIMENTO
Na minha última pratica terapêutica em sala de aula atendi uma cliente com alucinações e depressiva. Em nosso atendimento, ela dizia que ouvia vozes, via pessoas que já morreram a todo tempo, dizia que ninguém a amava, que seu marido a traia porque não a amava e que pensava em tirar sua própria vida. De inicio recusou atendimento, porém com algum tempo de conversa, a todo tempo o enfermeiro dizia que estava ali para ajudá-la, tentando criar uma situação de troca, ouvindo atentamente.
Com o passar do tempo na consulta terapêutica, cliente se mostrou mais maleável, mostrou que sentia confiança no enfermeiro e que viu que ele sim a entendia e que podia ajudá-la a sair da situação em que se encontrava, pois ela se sentia muito angustiada com a situação em que se encontrava. Como enfermeiro, orientei a voltar sempre que precisar, tentando demonstrar o quanto ela seria importante para todos que a cercava. Disse que temos palestras a disposição da comunidade, que seria legal ela conhecer pessoas novas que estavam dispostas a ajudá-la. A paciente concordou e decidiu voltar sempre que puder.
CONCLUSÂO
Observa-se que a comunicação terapêutica serve como uma oportunidade que o profissional de saúde tem para conhecer o paciente, identificando seus problemas e o nível de assistência necessária ao seu cuidado. Baseado em técnicas, com a identificação do estado de saúde do paciente passado por ele mesmo, observando seus medos e anseios, o enfermeiro tem compromisso de prestar os cuidados necessários, fornecer uma assistência de enfermagem visando à qualidade de vida.
É preciso que o enfermeiro tenha o desejo de envolver-se e acredite que sua presença é tão importante quanto a realização de procedimentos técnicos, para que com isso crie um laço de confiança com seu cliente, ajudando apagar seus pensamentos e tristezas mais intensos e criando ações que visem trazer paz e tranqüilidade a um problema, que nem sempre resumi em uma assistência técnica, mas também, a uma atenção especialidade de honestidade e companheirismo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, M. J. P. Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em saúde. São Paulo: Editora Gente, 1996. Disponível em: <http://www.fen.ufg.br/revista/revista7_1/original_05.htm>. Acesso em: 03 dezembro 2011.
STEFANELLI, M. C. Comunicação com paciente teoria e ensino. São Paulo: Robe editorial, 1993.
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